〈 S E I S 〉

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3 MESES DEPOIS

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3 MESES DEPOIS

          Por estarmos em altura de campeonato europeu de futebol, Olivier está há pouco mais de um mês em terras francesas. Hoje disputa-se a final do campeonato, aquela que com muito suor, dedicação e trabalho, a seleção que o meu namorado – se é isso que lhe posso chamar – representa, conseguiu atingir. É em Paris, pelas 20h no Stade de France, contra a seleção portuguesa, a seleção que surpreendeu todos ao chegar até ali. Embora eu não perceba muito de futebol, a Emily e o Oli fizeram questão de me explicar tudo ou quase tudo. Durante estas semanas, o francês pediu que eu ficasse em casa dele pois ele iria receber algumas coisas e precisava que eu as recebesse, além de que deixou claro que nós teríamos mais conforto e dessa forma a minha mãe também veio.

          — Meu Deus, vocês não se despacham? Nós temos um avião para apanhar. — Aviso pela décima vez a minha mãe e Emily, que ao invés de se colocarem prontas, continuam a falar na porta da sala. — VOCÊS ESTÃO A OUVIR? — Aurora, sentada na minha frente enquanto lhe aperto os sapatinhos, leva as mãos aos ouvidos, algo que faz a minha melhor amiga a rir. — Não te rias, Emms, nós temos de sair de casa e vocês ainda não estão prontas.

          — Calma coração, o avião não vai fugir, nós já temos o check-in feito, é só lá chegar e entrar. — Emily argumenta num tom de voz doce, mostrando-me o telemóvel com as passagens tratadas e aproxima-se mim. — Isso é tudo saudades dele, nervosismo pelo jogo ou simplesmente falta de sexo? — Sussurra ao meu ouvido para que mais ninguém ouça, rindo ao afastar-se e logo acerto um murro no seu braço. — Ai Bella Bella, em breve verás o teu Maître. — Provoca-me com o seu maior sorriso malicioso e tom de voz nessa exata mesma forma.

          — Vá amor, estás pronta, vai buscar o teu ursinho que o tio Grizzie te deu para irmos. — Bato com carinho no rabo da menina que apenas gargalha e vai a correr até ao quarto que Oli renovou propositadamente para ela. — E tu não voltas a falar disso ou eu não te conto nada. — Aponto o dedo em riste para a inglesa que continua a rir, porém revira os olhos ao ver que não desfaço a minha expressão séria. — Estou a falar a sério Emily, isso é algo meu e dele, contei-te e tu estás sempre a fazer piadas.

          — O que é que é teu e dele, filha? — A minha mãe intervém na conversa e balança o olhar entre nós as duas. Enquanto eu me mantenho neutra e apenas engulo em seco, a loira ao meu lado solta uma pequena gargalhada e dá ombros. — Ok, já percebi que é algo sexual, nem vou perguntar porque não te quero tímida. — Agradeço à minha progenitora com um sorriso amável, batendo com o cotovelo no da engenheira, como dizendo para ela ter a minha mãe como exemplo. — Mas diz-me uma coisa, tu andas há três meses com ele, é óbvio que já estão mais que nesses termos porque são adultos e até aposto que foi nas primeiras semanas! Tu nunca me disseste nada sobre isso, estou curiosa. Ele faz jus à aparência dele? Desempenha bem a função dele?

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