* Este capítulo pode conter -sutis- gatilhos sobre assuntos como depressão, ansiedade crônica e fobia social. Leitura a critério dos acompanhantes deste plot, caso sentir-se desconfortável, espere a próxima atualização.
Eu não consigo me mover. Não consigo respirar.
E abrir os olhos nunca foi uma tarefa tão difícil quanto agora.
Sinto toques sobre mim a todo curto intervalo de tempo qual consigo manter-me consciente, minha mão agora é acariciada por dedos largos, e diferente do que eu esperava, meu corpo não estava com capacidade alguma de reconhecer o autor do contato como facilmente ocorreria antes. Eu sentia um medo total incomum tomar conta do meu interior conforme podia sentir presenças fantasmas ao meu redor próximo a mim, algo que nunca em toda a minha vida havia acontecido anteriormente; Mas eu não conseguia reagir com nenhum gesto ou abrir a boca para falar algo...
Tudo em mim simplesmente não funcionava.
Não havia nenhum flash de lembrança que pudesse me ajudar a saber o que estava de errado comigo, tudo parecia travado e em estágio de boot como um sistema operacional, nem mesmo minha voz parecia poder ser usada para questionar as pessoas que supostamente estavam ao meu redor. Meu corpo assemelhava-se a uma pedra pesada demais para carregar no momento, e o fato do mesmo não reagir aos meus comandos mais simples como inspirar e respirar só me deixava cada vez mais agoniado.
Eu precisava sair dali e reagir a qualquer coisa que estivesse desligada em mim.
Mas... por que era tão complicado?
- Minhyun?...
Após aquela fala cujo a voz era totalmente desconhecida por mim graças aos meus sentidos zonzos do momento, tudo no lugar onde eu estava tornou-se um puro silêncio; A mão sobre a minha cessou seus toques calmamente seguido de um movimento barulhento do que parecia ser um casaco grande e felpudo, e ouvir o nome do meu melhor amigo ser chamado como se este estivesse próximo de mim deu-me uma pontada de esperança. Eu tinha tantas perguntas sobre aquela situação que estava passando no momento, e desejava de imediato que meu corpo pudesse voltar ao normal para que eu as fizesse para o mesmo.
- Como Dongho está? - Foi a única coisa que ouvi-lo questionar de volta, parecendo virar-se novamente para a direção que estava. Então, logo senti sua mão retornar com o toque tranquilo e sutil sobre as minhas. Seu tom de preocupação ativou o meu, junto aos questionamentos quais floresceram em minha mente do que poderia ter acontecido com nosso amigo de fios claros.
- Jason levou-o para casa...
"Minghao disse que no estado de desespero que ele estava, não poderia adentrar na sala... você sabe o que Dongho sente em relação ao Jjong, provavelmente teria uma crise de ansiedade mais pesada ainda se o visse assim" Quando a voz aproximou-se mais, passei a conhecê-la melhor como a do Youngmin-hyung... Mas... Do que eles estavam falando? O que queriam dizer com 'Vê-lo assim'?
- Ele fez bem...
O silêncio tornou-se agora angustiante demais para que eu suportasse, queria falar e questionar sobre o que caralhos estava acontecendo ali, o que tinha de errado comigo e porque Dongho iria sentir-se mal ao me ver?
Em que estado eu estou? Eles ao menos sabem que eu estou consciente?...
- O que Minghao disse sobre ele?
- Que terá duras sequelas...
"Junhui disse que a bala afetou lugares que não deveriam, e mexeu com nervos importantes do corpo... ele não vai poder mais ser facilmente irritado ou ficar nervoso com algo sem que as consequências venham em forma de dores fortes no peito ou de desmaios constantes, enjoos pesados e... a pior delas em uma crise, uma segunda cirurgia de risco que pode matá-lo se não realizada corretamente"
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No Angels • jren [Em revisão]
FanfictionKim Jonghyun é um detetive policial, membro da área de operações especiais, que viu sua vida mudar drasticamente após um trágico - e quase fatal - acidente; este que acabou custando seu desligamento total das atividades do cargo durante dois longos...