Hospital

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— Boa noite, Com. Minhyun

— Boa noite, Dr. Minghao — respondeu o cumprimento de forma direta, porém, sem deixar de soar calmo e gentil enquanto dirigia-se até seu dongsaeng. O garoto de cabelos negros e mullet formado sorriu-lhe totalmente adorável, ajeitando os óculos ao rosto de maneira delicada enquanto tratava de procurar alguma coisa sobre os balcões, estes cheios de registros que pareciam ser recentes.

Suas mãos pararam em um envelope amarronzado específico, e o mesmo foi puxado para fora do pequeno entulho de fichas médicas no qual se encontrava, sendo entregue ao fardado para que pudesse dar uma olhada nas informações encontradas sobre o garoto acidentado mais cedo. Porém, Minhyun negou:

— Não entregue a mim, e sim a ele

— Desculpe... eu não compreendi o que-

Pode entregar a mim, Xu — uma terceira voz adentrou ao assunto sutilmente, esta que fez com que os olhos de Minghao crescessem de tamanho, surpreso enquanto observava o moreno mais velho que acabara de adentrar ao hall principal do Hospital Central de Seul, acompanhado de outros oficiais.

Não podia ser, era impossível...

J-Jonghyun? — exclamou perplexo, seus olhares indo do citado para o comandante da tropa a sua frente — Desculpe-me mas... o que faz aqui? Você não deveria estar...

— Sim, eu deveria — cortou-o diretamente, porém, sem soar tão indelicado. Viu os olhares do garoto mais novo abaixarem um pouco para seu peito e logo estes posam preocupadamente em si; sabia muito bem o que estava se passando na cabeça de Minghao ao revê-lo ali, fardado, e novamente com o tão conhecido distintivo de detetive cravado no tecido escuro justo em seu corpo... — Mas acho que não precisamos de mais rodeios, certo? Já sabe porque estou aqui, então vamos logo ao assunto antes que isso atrase cada vez mais nossa investigação

— C-certo... certo — confirmou rápido e um tanto embaraçado por tal situação, saindo de trás do balcão enquanto dava um sinal para Wen Junhui, seu namorado e parceiro de trabalho, de que voltaria logo em breve e não precisava se preocupar; o outro chinês apenas confirmando com a cabeça e observando-o seguir para o corredor mais próximo, acompanhado da equipe de polícia.

— O que conseguiu descobrir sobre ele? — Jonghyun perguntou prontamente, o tom sério presente e ainda total sutil para dirigir-se ao garoto ao seu lado.

O nome dele é Choi Minki — franziu o cenho, em todo esse tempo qual mexia com arquivos de pessoas aleatórias no período da noite, nunca havia sequer ouvido um nome parecido com aquele. Existiam muitos Choi's no mundo e aquilo era um fato óbvio até demais da conta, já que, desde que se entendia por gente, sabia que os sobrenomes dos habitantes do país onde nasceu e cresceu sempre se encontravam à frente do nome real; possuía um amigo policial com este, inclusive. Porém, Minki era novo e inusitado como sua própria identidade americana em um país como a Coreia do Sul... não parecia um nome tão comum como outros nomes próprios existentes. E aquilo intrigava — Nós só conseguimos achá-lo no sistema central com uma amostra de DNA retirada enquanto cuidávamos de seus machucados, não havia documentos nos bolsos ou no sistema, registros de contas em redes sociais, absolutamente nada...

"Ele também não possui familiares vivos" prosseguiu, ajeitando os óculos sobre o rosto como mais cedo, agora sob os olhares curiosos do detetive ao seu lado e policiais que os acompanhavam "Foi uma das pesquisas mais estranhas que já fiz, em minha humilde opinião, não se tem absolutamente registro complexo algum dele aqui, é totalmente surreal, nem mesmo uma ficha de hospital este possui."

No Angels • jren [Em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora