"É quase impossível achar um, em meio a tantos homens e mulheres residentes da cidade e de nossa equipe, que tenham tido uma reviravolta tão inesperada e ainda atuado em total prudência, ordem e competência durante o serviço, mesmo com tantas limitações, como este homem que vamos premiar hoje.
Em anos trabalhando como general deste lugar, antes tão problemático, que é Seul, tendo visto milhões de situações ocorrendo com minha equipe, tudo fugindo do meu controle e com casos sem solução em mãos que até hoje busco respostas concretas mesmo tendo se passado tanto tempo...
Eu nunca havia visto imensa coragem, determinação e astúcia de um primo de trabalho meu, nessa jornada onde todos os olhos estavam quase que totalmente fechados para si.
Os da vida, os do destino...
Sem dúvida, Kim Jonghyun, você andou no escuro durante anos, trabalhou com ele por alguns meses e o iluminou com respostas onde ninguém mais tinha qualquer esperança.
E é por isso que este prêmio pertence a você, palmas ao nosso detetive destemido!"
Palmas fortes e bem sincronizadas são ouvidas vindas da enorme reunião de pessoas de todos os lugares e bairros organizada em frente a sede da Polícia de Seul após a fala do general Min, este localizado próximo ao pódio do palco enquanto acompanhava os outros no barulho; fazendo-o sorrir mínimo e caloroso conforme Minhyun aproximou-se de si para prender o pequeno e brilhoso objeto feito com ouro puro delicadamente em sua farda de gala azul marinho com uma expressão orgulhosa no rosto enquanto afastava-se lento, voltando para perto de seus outros amigos enquanto todos agitavam-se com aquele maravilhoso evento mais que especial. Youngmin parecia prestes a emocionar-se com a situação, Dongho fitava-o com um carinho imenso enquanto Seungcheol e os outros apenas dançavam e gritavam alegremente seu nome em meio a multidão fazendo a maior bagunça possível.
Ele podia sentir suas bochechas doloridas e seus olhos diminuindo ao extremo de tanto sorrir.
— Detetive Jonghyun, gostaríamos de fazer algumas perguntas sobre o caso que você solucionou, será que podemos? — Uma mulher aproximou-se com sua equipe enquanto o moreno encaminha-se para perto do pódio com microfone a fim de responder questões básicas à imprensa.
— Claro... claro que podem — Confirmou rapidamente.
— Primeiramente, gostaríamos de parabenizá-lo pelo ótimo trabalho na polícia, acompanhamos uma boa parte dos seus passos por fora sem publicar muitas notícias já que tudo foi privado e esperamos fielmente informações firmes e verídicas sobre o caso, você surpreendeu a todos nós quando deu este como resolvido — Sorriu.
"Agora, soubemos que o caso em questão iria ser arquivado se você não tivesse apresentado uma solução para o mistério! O que, basicamente, você fez para descobrir?"
Engoliu um pouco a seco conforme o nervosismo tomou conta de si de repente com o tanto de questões direcionadas a sua pessoa após aquela primeira, umas mais atropeladas que as outras conforme muitos queriam sua posição de fala; mas ficou levemente surpreso ao notar que não era algo como suas crises, e sim o típico frio na barriga qual sentia sempre que precisava apresentar algum trabalho da sua antiga faculdade ou explicar coisas nos slides da sede.
Tudo provocado graças a sua timidez, e aquilo era um tanto novo depois de tempos com medo da própria sombra.
Levou seus olhos para os amigos ali perto, estes encorajando-o silenciosamente da forma que precisava para responder aquilo:
— Obrigado por todos os elogios e paciência... - Jonghyun começou, um tanto nervoso de início por ter perdido o jeito de falar bem em público. Céus, foram anos longe dali lidando com seus próprios problemas, ainda não havia caído a ficha de que finalmente estava retornando ao seu tão amado cargo... aquilo era um misto de emoções sem fim. — E, em resposta a primeira pergunta da mídia sobre os acontecimentos do caso 'No Angels' encerrado hoje as 15hrs... Ele realmente, de início, era sem solução alguma... as pistas estavam confusas, a vítima não tinha recordações do que aconteceu consigo mesmo nesse meio tempo e também não lembrava do passado, tudo conspirou contra a polícia de Seul, mas ao mesmo tempo, descobrimos que para esse tudo existe uma explicação concreta dos fatos por trás...
"O acidente na ponte foi causado por uma explosão natural devido a falhas de sistema, não houve sabotagem, tentativa de assassinato ou qualquer outro tipo de ataque algum; o de siglas CM chegava em Seul para começar uma vida nova, ele sempre morou no interior e pretendia mudar de vida vindo para cá atrás de novas oportunidades, não tinha inimigos e também não era herdeiro de nenhuma herança ou portador de fundos milionários para ser alvo de um ataque" Explicou. "Levamos as sobras do carro para análise, entramos em contato com a concessionária e eles já acertaram todas as indenizações conosco, alegando que tudo foi um erro de cálculo e também aconselhando aos motoristas dos veículos semelhantes a fazerem uma revisão completa gratuitamente em Busan, como uma priorização e garantia da segurança"
"Sobre as memórias perdidas, após exames, descobrimos que a explosão pode ter causado uma amnésia intensa na vítima, porém graças a sua força e resistência com as terapias, está com chances máximas de recuperação, ele continuará sendo tratado pela polícia e hospital central de Seul com total privacidade da sua identidade a pedido do próprio e em breve não precisará mais de cuidados, porém, como nossa responsabilidade, continuaremos mantendo contato e ajudando até que esta esteja totalmente instável financeiramente e mentalmente para andar com suas próprias pernas"
— Uma atitude nobre da polícia, Detetive Kim! — Um outro jornalista elogiou praticamente aos berros, fazendo alguns presentes rirem em conjunto ao próprio citado.
— Detetive, com o seu retorno à polícia, algumas coisas mudarão a partir de agora?
— Algo sempre muda, de qualquer forma— Confirmou pacientemente. — Em uma conversa com o comandante Hwang Minhyun após a finalização do caso, concluímos que a psicologia ajudou muito para que pudéssemos ter pistas concretas sobre o caso, fizemos séries de terapias intensiva com a vítima e todas elas nos ajudaram quase que totalmente nesse processo de descobrimento
"Então, estaremos abrindo vagas para a área de psicologia na polícia a fim de deixar conosco o maior número de psicólogos formados para casos idênticos a este serem resolvidos com tranquilidade e rapidez" Ditou, deixando os jornalistas a sua frente impressionados com tal revelação. "Assim, teremos o maior cuidado possível para que tudo corra bem durante a investigação por parte da vítima e mais quebra-cabeças concluídos"
— Isso é brilhante! — A jornalista exclamou, animando-se e interagindo com outros sobre o que foi dito e qual seria a próxima pergunta.
— Viva a polícia de Seul!~
— VIVA!
Jonghyun passeou seus olhos novamente para os amigos ali perto notando o quanto eles pareciam animados conversando entre si, então, caminhou com o olhar mais um pouco ao lado e pausou-os na figura loira ali próximo o encarando com orgulho; Minki sorria feito um bobo em sua direção, agasalhado com um de seus sobretudos um tanto grandes no garoto de orbes cor do mar e os cabelos um presos para trás. Sorriu-lhe, verdadeiramente, sentindo seu corpo inteiro esquentar-se graças aos sentimentos profundos que sentia por aquele ser totalmente angelical lhe encarando... Ele estava perdidamente apaixonado, e por mais que ainda estivesse trabalhando para conseguir dizer aquilo em voz alta, sabia que não precisaria abrir a boca para que o outro lhe entendesse.
— Eu estou orgulhoso de você, amor... — Falou mudo, para que apenas ele entendesse.
— Eu te amo
O Choi piscou surpreso, seu rosto avermelhando-se suavemente pela declaração repentina e seu sorriso tornou-se mais derretido com aquilo; o moreno aproveitou a distração da imprensa para escapulir rumo ao outro, envolvendo seus braços fortes ao redor do homem poucos centímetros mais baixo e já sendo recebido por um selinho singelo desde. — O detetive mais destemido de Seul está de volta
— Graças a você — Jonghyun visou-o. — Obrigado
— Não se deve agradecer um anjo antes de tudo estar devidamente certo
— Não estou agradecendo a um anjo — Sorriu lento, acariciando as bochechas vermelhas de Minki enquanto este fitava-o confuso. — Estou agradecendo a você, loirinho
— Eu me lembro dessa conversa de algum lugar... — Riu soprado junto a Jonghyun, encostando no ombro alheio. — Eu também te amo, meu amor...
Obrigado por me aceitar como eu sou...
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No Angels • jren [Em revisão]
Fiksi PenggemarKim Jonghyun é um detetive policial, membro da área de operações especiais, que viu sua vida mudar drasticamente após um trágico - e quase fatal - acidente; este que acabou custando seu desligamento total das atividades do cargo durante dois longos...