Seis da manhã

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Ponto de visão: Choi Minki / REN

Abri lentamente meus olhos assim que juntei um pouco da coragem que tinha guardada a sete chaves, no fundo do baú de minha plena consciência, para fazê-lo após um curto tempo depois de despertar totalmente do que parecia ter sido um longo sono, diminuindo meu campo de visão em um curto momento ao sentir-me incomodado pelos raios - mesmo que ainda fracos, o que indicava ser, provavelmente, início do dia- de sol qual invadiam o quarto pela grande janela localizada próximo dali, coberta apenas por uma cortina fina onde filetes de luz ainda podiam atravessar delicadamente o tecido; Demorei muito para raciocinar onde eu estava de início, apenas encarando as paredes esbranquiçadas sem nenhum detalhe com atenção em conjunto a alguns vasos de planta espalhados pelo local arrumado e um cheiro de álcool e produtos de limpezas não tão enjoativos usados por ali. Minha cabeça latejava, meu corpo inteiro parecia dolorido como se eu tivesse lutado em uma guerra civil...

E... minhas memórias...

Elas estavam todas lá, incluindo as da noite anterior em conjunto com diversas outras novas e estranhamente frescas.

Então foi real?, pensei comigo mesmo enquanto fitava um canto vazio próximo a mesa com um pequeno e adorável cacto perto dali acima desta, Eu realmente... sou um anjo? E era por isso que todos aqueles flashes de memória estranhos e confusos me vinham à mente sempre?

Eu tive medo de mim mesmo durante todos esses meses difíceis qual possui diversas distorções da minha própria imagem?

Ou pior... eu era o culpado de tudo o que ocorreu comigo e com...

Encolhi-me quando mais uma pontada forte atingiu-me na cabeça, e quase gritei novamente como ontem quando esta tornou-se mais intensa conforme parecia ter forçado demais as memórias por ora, podendo sentir agora, além do meu próprio peso qual, mesmo deitado, ainda cansava-me ao extremo, um alheio em meu ombro esquerdo qual não havia notado anteriormente graças a minha forma avoada. E foi olhando em direção a este para pedir algum tipo de ajuda com a minha situação atual que pisquei levemente meus olhos, sentindo tudo em mim aliviar-se repentinamente conforme encarei o rosto adormecido de Jonghyun ao meu lado.

Aquele anjo, ou seja lá o que fosse o ser qual me ditou palavras horríveis durante meu colapso... Ela estava novamente errado...

Jonghyun continuava ali comigo, como nas diversas outras vezes que pensei que nunca mais estaria...

- Jjong?... - Mal reconheci minha própria voz quando aproximei-me quase que instantaneamente do homem que eu amava para chamá-lo, ela estava arrastada, rouca e quebrada conforme senti minha garganta doer ao extremo apenas com aquela simples palavra sendo proferida por mim. Levei minha mão ao seu rosto quente e acariciei suas maçãs tão lentamente parecendo, até mesmo, que este poderia quebrar-se a qualquer momento, vendo seus ralos pelos do braço ouriçarem de leve com o choque térmico de ambas temperaturas; Aos meus olhos, Jonghyun sempre parecia completamente tranquilo quando estava adormecido daquela forma tão intensa, aquele sendo um dos poucos momentos onde sua guarda estava totalmente baixa e eu conseguia parar para analisar cada traço maduro real do seu rosto.

Mas, pela primeira vez, não obtive respostas com meu chamado.

- Jonghyun?... - Chamei novamente, aproximando-me mais do corpo totalmente parado ao meu lado, dando leves tapinhas em seu ombro desprotegido para que algo acontecesse. Porém nada, o mesmo continuava a ficar parado com os olhos totalmente fechados, parecendo adormecido. - Jonghyun... - Lhe dei um leve selinho sabendo que aquilo poderia chamar sua atenção de alguma forma como um sinal de emergência que nós havíamos criado anteriormente, começando a respirar pesado conforme a preocupação tomou meu corpo inteiro com aquela situação. Por que ele não me respondia? O que estava acontecendo?

No Angels • jren [Em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora