No Angels • jren [Em revisão]

Um ambiente novo

— Você tem certeza de que realmente quer fazer isso? — questionou Youngmin, pela terceira vez ao dia; observando o homem mais novo retirar sua atenção do volante, agora com o carro, estacionado em frente à porta principal do Hospital Central de Seul, para olhar em sua direção — Você sabe que não precisa se envolver tanto nesse caso, Jonghyun...

— Vamos ter que iniciar este assunto novamente? — suspirou em resposta. Estava entediado, porém, ciente da preocupação alheia.

— Eu só estou preocupado — retrucou, como imaginava que seria a justificativa alheia — Como mais velho, eu posso fazer isso, sabia? Você está tomando uma decisão arriscada em levar um garoto que nem conhece para sua casa, principalmente ele estando "envolvido" em algo assim

— São só alguns meses

— Meses que não sabemos nem a metade do que vai acontecer ao decorrer — negou, total incrédulo com a resposta recebida; suspirando como o outro mais cedo assim que notou os olhares, agora duros e sugestivos, em sua direção — Não ouse dizer isso...

— Eu sinto que preciso ajudá-lo de alguma forma — disse exatamente o que o homem à sua frente já esperava que diria (Porém, não queria ouvir realmente). O mais velho sabia muito bem o quanto o outro era teimoso ao ponto de seguir sua intuição até o fim, mesmo aquilo sendo arriscado demais.

Já se passava um mês desde que toda a investigação sobre o ocorrido da ponte havia finalmente começado, e as informações sobre o Choi pareciam cada vez mais escassas enquanto sua recuperação a domicílio não era autorizada pelo hospital — este que, mesmo estranhando a atitude do policial e com Minghao totalmente pé atrás sobre a liberação da permissão de responsabilidade para si (mesmo conhecendo-o muito bem por anos), lhe deu um voto de confiança sobre a guarda de cuidado do loiro —; junto a elas, os resultados sobre a perícia feita no carro deste também parceria longe demais para se obter alguma resposta imediata, já que nenhum detalhe podia passar despercebido.

Jonghyun não mudou de ideia em relação a Minki, até mesmo com o passar dos dias e semanas em conjunto com intimações feitas por Minhyun — este que foi totalmente cruel com as palavras como sempre costumava ser, porém, que acabou cedendo totalmente aos pedidos do hyung.

Minhyun poderia ser um líder, mas Jonghyun batia-o de frente facilmente se quisesse. Levaria o garoto para sua casa a qualquer custo.

— São os meus instintos como um homem da lei, hyung, eu sei que tem algo de errado e eu preciso descobrir o que é — prosseguiu, totalmente sincero e tranquilo — Ele precisa de ajuda... sinto que posso ajudá-lo

Aron fitou-lhe por alguns segundos em silêncio, perplexo com a perseverança de sua fala; sabia que seu dongsaeng tinha instintos totalmente incríveis, pressentir o perigo e sentir o famoso 'caroço no angu' onde ninguém mais parecia fazê-lo — e ainda estar certo —  era, sem dúvida alguma, uma das coisas mais fortes em sua personalidade profissional. Então, sem mais nenhuma delonga, respirou fundo, confirmando diante os olhares alheios e abrindo a porta do carro:

— E lá vamos nós entrando nessas suas ondas — rendeu-se com um comentário divertido, atraindo risadas baixas e sopradas do homem ao volante.

Observou o americano ajustar o crachá no bolso direito da roupa e ir em direção ao prédio, mostrando seu distintivo e cartão respectivo do quarto na entrada aos seguranças e já encontrando Minghao próximo dali para recebê-lo junto a Junhui. O primeiro citado ficou surpreso por alguns bons minutos com sua presença, talvez, não esperando que a Polícia de Seul realmente cumprisse sua promessa de ficar com Choi até que tudo fosse resolvido — mesmo que aquilo acontecesse sempre na medida do possível — , até mesmo olhou para o lado de fora a sua procura, o que fez o fardado abaixar cuidadosamente o vidro do carro para que este pudesse lhe ver com mais clareza.