CAPÍTULO 15 - DEPOIS

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Renato arremessou um papel na garota, que não tinha forças para sequer se concentrar em algo.

Ela não comia há quase uma semana, Renato estava focado em achar a próxima vítima e então deixava Hanna na casa, se esquecendo completamente da sua existência.

- Você está famosa. - ele riu, pegando o papel e abrindo para ela.

Era o jornal da cidade, Hanna estava na sessão dos desaparecidos e a maioria das pessoas estavam associados ao Renato. As pessoas procuravam pelo corpo de Hanna afinal àquela altura, todos já começavam a acreditar no fato de que ela estava morta.

- Acho que sua mãe já desistiu de você Hanna, pensam que você está morta e de fato estão quase certos, você em breve estará.

- Renato...eu estou com fome.

- Eu não me importo. - ele deu de ombros, aquilo não era da conta dele.

- Não vai conseguir me matar do seu jeito...se me deixar morrer de fome.

Renato deixou um sorrisinho escapar, ela estava se tornando boa com argumentos e ele achava aquilo incrível. Renato não sabia o motivo de já não ter acabado com ela mas era muito específico com os detalhes, ele exigia que Hanna fosse a décima quarta vítima e estava extremamente próximo de conseguir realizar aquele desejo.

- Você é esperta, Hanna.

- Por favor...

Hanna sentia que ia desligar a qualquer momento. Ela se sentia fraca, nem mesmo conseguia levantar a própria mão e falar estava se tornando difícil.

Ela estava desidratada, sentindo que iria desmaiar a qualquer segundo. Se fosse para ser torturada daquela forma, ela realmente preferia a morte.

Renato deixou o quarto e depois de alguns segundos, enquanto Hanna tentava pensar em um jeito de escapar. Seu fim estava muito próximo, se ela não conseguisse encontrar aquela droga de arma.

- Só estou fazendo isso porque preciso de você viva por mais tempo. Ainda nem cheguei perto de encontrar a próxima garota.

Renato deixou algumas frutas do lado de Hanna, que imediatamente pegou uma banana e a comeu como se fosse seu último dia de vida. Também conseguiu água, virando a garrafa em questão de segundos.

Ela estava em uma situação crítica mas o Garcia não conseguia sentir pena. Ela não conseguia sentir nada.

- Prefiro morrer a continuar vivendo dessa forma, acabe com isso logo. - Hanna implorou, após uma forte dor de estômago a atingir. Ficar dias sem comer, possuía duras consequências.

- O que eu mais quero é matar você Hanna, mas não agora, não posso.

- Se não fizer, eu farei.

- Você não vai e sabe por que? Por que você nem mesmo pode se mover. - Renato sorriu maquiavélico, Hanna odiava olhar naqueles olhos vazios. - Você é a minha, Hanna, e eu decido quanto tempo você ainda tem.

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Kill Game | Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora