CAPÍTULO 11 - DEPOIS

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- Hanna você precisou descer, agora. - o mais velho apareceu no quarto, fazendo com que Hanna tirasse os fones de ouvido.

- O que houve?

- Voce está muito fodida. - Hero riu, como sempre não levando nada a sério.

- Não fale assim com a sua irmã. - a mãe dos dois o repreendeu, enquanto ajudava Hanna a sair do quarto. - Você só precisa responder algumas perguntas, só fale a verdade e tudo vai ficar bem.

- E se a verdade não for boa, mãe? - Hero encarou a irmã, como se já soubesse de tudo.

- Vamos esperar aqui, boa sorte filha.

Hanna ainda estava bem nervosa com todo aquele suspense então desceu as escadas rapidamente. Ainda no topo, conseguiu enxergar os policiais sentados no sofá.

Seu corpo congelou no mesmo segundo e sua respiração se tornou pesada. A primeira coisa que veio em sua mente foi que eles já haviam descoberto tudo mas ao mesmo tempo, ela tentava ser positiva, pensando que talvez fosse só uma suspeita.

Respirou profundamente algumas vezes para tentar não deixar seu nervosismo transparecer e então caminhou até eles, sorrindo simpática em seguida.

- Olá, posso ajudar em algo?

- Olá, senhorita Hanna. - o maior deles pronunciou, mantendo a expressão séria. - Temos algumas perguntas para você, tudo bem?

- Oh, é claro. - Hanna se sentou em frente à eles, fazendo o possível para se manter calma.

- Onde esteve na madrugada de quarta-feira?

- Em casa, eu vi algumas séries e dormi um pouco antes das duas da manhã, como sempre faço.

O outro policial, o mais baixo, apenas anotou no bloquinho que ele carregava consigo, enquanto Hanna pedia aos céus para que estivesse sendo convincente.

- Bem, soubemos que você visitou Renato Nóbrega Garcia no hospital algumas vezes, estou certo? - Hanna assentiu. - Sobre o que vocês conversaram?

- Sobre ele e alguns crimes, se quiser, posso te dar um exemplar do jornal e as gravações que eu fiz.

- Seria ótimo.

- Tudo bem, eu te envio amanhã, quando eu for até a escola.

- Bem senhorita, tivemos acesso às câmeras de segurança e sabemos que uma garota o ajudou a fugir. Você esteve com ele por muito tempo e se estiver mesmo dizendo a verdade, você ainda pode ter informações para nós.

Hanna tentou controlar a respiração, aqueles caras eram profissionais e poderiam facilmente perceber que ela estava mentindo.

- Acho que não tenho nada, como eu já disse, ele apenas respondeu as minhas perguntas para o jornal.

Eles não pareciam cem por cento convencidos e aquilo poderia vir a ser um problema. Hanna precisava encontrar Renato e então levá-lo de volta para o manicômio.

Era um jogo de azar. Hanna poderia acabar presa ou até mesmo morta, a não ser que ela fosse muito esperta e finalmente acabasse com o seu maior inimigo.

Kill Game | Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora