CAPÍTULO 14 - DEPOIS

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A primeira coisa que Hanna viu após abrir os olhos, foi um sorriso fofo vindo do Garcia.

Ela se levantou em um pulo mas quando tentou correr, percebeu que estava presa com algumas correntes de metal. Renato achou patético ela estar se debatendo para tentar sair então apenas observou, esperando pelo momento em que ela perceberia que tudo aquilo era em vão.

- Terminou?

- Você é um doente.

- Você não é a primeira a me dizer isso. - o mais alto deu de ombros, não se importando com as ofensas. - Tenho uma surpresa para você, Hanna.

Hanna continuava achando incrível como ele conseguia manter o sorriso no rosto, enquanto seus olhos continuavam vazios e sombrios.

O garoto saiu do quarto por alguns minutos e então Hanna enxergou a arma em cima de uma escrivaninha, não demorou para perceber que a arma era do seu pai.

Hanna esticou o seu corpo, enquanto levava a sua perna até a ponta do móvel e o chutava, com esperanças de que a arma cairia ao alcance dela.

Antes que ela tentasse pela terceira vez, o garoto algo finalmente entrou no quarto. Ele havia percebido o que ela estava tentando fazer e então pegou a arma, a guardando em um dos bolsos do casaco enquanto encarava Hanna com raiva.

Hanna só reparou na presença de uma terceira pessoa, uma garota, minutos depois. Havia uma corda amarrando a sua boca e mãos, enquanto seu rosto estava vermelho por tanto chorar. Renato a chutou e a garota deitou no chão, Hanna a olhou nos olhos por alguns segundos, ela parecia implorar pela sua própria vida.

- Você é a garota mais curiosa que eu já conheci, Hanna. Você queria saber o que eu sinto quando mato alguém, certo? Bem, te darei algo melhor, você vai observar e tirar suas próprias conclusões.

Renato virou a garota de barriga para cima e então tirou o que a impedia de gritar. A garota gritou por socorro no mesmo momento mas ele rapidamente subiu em cima dela, levando suas mãos até o pescoço da mesma e descontando toda a sua raiva.

A garota se debatia no chão enquanto Hanna gritava para que ele parasse. Algumas veias começaram a aparecer na testa da garota loira e então Hanna fechou os olhos, escutando os gritos se cessarem aos poucos.

Renato gargalhou, enquanto Hanna sentia diversas lágrimas escorrerem pelo seu rosto. Ele era um monstro, assim como todos haviam dito para ela, eles estavam certos.

- Você precisa assistir a melhor parte, Hanna. Olhe para eles. - Renato segurou uma mecha do longo cabelo pretos. - São idênticos ao da Daniela.

Ele encarou Hanna uma última vez e então puxou a mecha com força, a arrancando quase que por completo. Ele puxou mais alguns tufos, enquanto Hanna evitava olhar para o corpo sem vida, a poucos metros dela.

- Você é doente, seu monstro! - Hanna gritou, mesmo que ainda estivesse em estado de choque.

- Só mais uma e então, a próxima será você. - Renato sorriu maquiavélico, deixando um beijinho na testa da garota em seguida.

Hanna sentiu o pânico invadir, enquanto se imaginava no lugar daquela garota. Pela primeira vez, ela estava vendo sua vida passar diante de seus olhos e sentia, que estava mesmo vivendo os seus últimos momentos.

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Kill Game | Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora