CAPÍTULO 05 - DEPOIS

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- Você tinha razão, essa ideia foi um sucesso! Obrigada por ter insistido. - Jessica sorriu, enquanto imprimiam mais cem cópias.

A escola toda estava comentando sobre a entrevista e sobre o quão corajosa Hanna havia sido. Até mesmo as críticas, estavam fazendo com que a popularidade da matéria aumentasse cada vez mais.

- Isso é baboseira Hanna, um assassino jamais deixa de ser um! - uma garota de cabelos platinados invadiu a sala, enquanto estava com um exemplar em mãos. - O que eu fiz com a Dani e as outras garotas foi na hora da raiva, todos esses anos fizeram com que eu me arrependesse amargamente. Sério? Quem em sã consciência acreditaria nisso?

- Se não te agrada, é só não ler. - Jessica saiu em defesa da melhor amiga, mas a garota ainda não parecia convencida.

- Você está tentando fazer com que a gente esqueça de quem ele realmente é, um assassino filha da puta!

- Eu apenas escrevi o que ele disse, nada mais.

- Então me diga que você não concorda, me diga que você o acha um mentiroso!

- Eu acredito que pessoas mudam.

- Não acredito no que eu estou ouvindo! - a garota parecia revoltada, até mesmo Jessica estava chocada com as palavras da amiga.

- Eu estive com ele durante muito tempo, sei quando ele mente e quando fala a verdade. Sei que o que ele fez foi uma merda mas todo mundo merece recomeçar.

- Você é tão louca quanto ele. Quando voltar ao hospício, se interne também!

A garota jogou o jornal no rosto de Hanna e então saiu batendo o pé. Jessica rapidamente pegou o papel do chão e então continuou encarando a amiga com os braços cruzados.

- Acredito que duas visitas não seja muito tempo, a não ser que você tenha voltado lá mais vezes.

- Você deveria conhecê-lo, você iria ver que ele também pode ser bom.

- Não acredito que você está mesmo dizendo isso! Eu sabia que não deveria ter permitido, ele enganou você e agora você está atraída por ele.

- Para de falar merda, Jessica. Temos a porra da popularidade que queríamos e isso é tudo graças à ele, preciso achar um jeito de compensar.

- Está dizendo como se devesse um favor mas você sabe que não, você não deve nada a ele!

- Sou eu quem decido isso.

Hanna então colocou as mãos no bolso da jaqueta e saiu apressada da sala. Ela não queria mais escutar comentários, aquele um mês havia criado certa intimidade entre eles, Hanna sabia que ainda havia bondade nele. O homem nasce bom, é a sociedade quem o corrompe. E talvez ter ficado isolado da sociedade, havia feito com que sua sanidade voltasse, com certeza sim.

Hanna tirou o metal do bolso, encarando fixamente as chaves que havia roubado. Ela iria ajudá-lo e então, mostraria para o mundo que sempre estivera certa.

Kill Game | Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora