SOMIN
Tive uma rapidinha, uma incrível e perfeita rapidinha devo dizer, que deveria ter me feito dormir relaxada e contando carneirinhos, mas não foi isso que aconteceu. Eu dormi, não sou de perder sono por ninguém – mesmo sendo extremamente fodida psicologicamente, ninguém nunca tirou meu sono –, só não foi tão bom quanto eu pensei que seria, especialmente porque eu sempre começava a pensar em coisas totalmente sem sentido, como agora.
Minhas pernas ficam batucando na cama e meus pensamentos focados em uma pergunta: "O que diabos Ian Webohn vê em você? Ele pode ter qualquer garota. Ele pode ter qualquer garota. O que diabos você tem que te faz especial nessa multidão de mulheres?". E a verdade? Eu não faço ideia. Não posso citar uma característica minha que me faça destacar tanto, além de minhas diversas perucas coloridas e roupas extravagantes e extremamente fashions. Será que é meu quarto? Afinal, ele já veio aqui duas vezes, na verdade, mais do que eu imagino, e eu tenho um quarto bastante bonito.
— Ótimo, você tirou meu sono – escuto a voz de Alexander vindo do chão do meu quarto. — E são apenas cinco da manhã – ele bufa, depois ri. — O que tá passando na tua cabeça?
— Nada – digo, tentando parecer casual, mas meus pés não passam batido, eles parecem uma broca em construção.
— Somin, tua perna parece que tá passando por um terremoto – Alex se levanta, estica os braços enormes e murmura várias coisas que eu não entendo nada. — Teu chão é bastante confortável.
— Claro, você dormiu no tapete mais caro de toda a Índia – repito o que Lucas disse quando me deu esse tapete vermelho, marrom, amarelo e laranja com um palácio enorme. — Parece que o tecido é da época das grandes navegações.
— Caralho, eu dormi na história. Literalmente – Alex joga o corpo enorme na minha cama. — Sua cama é definitivamente melhor.
— O colchão mais caro de toda a Suíça – repito o que Lucas me disse. — Julie tem um igual. É ótimo mesmo – me ajeito na cabeceira da cama, Alex deita a cabeça nas minhas pernas como um gato pedindo por carinho. — Sério?
— Sim. Você me acordou, agora é sua obrigação me mimar – ele esfrega a cabeça nas minhas pernas. Reviro os olhos e começo a acariciar a cabeça dele. — Agora senhorita me diga o que lhe aflinge tanto.
— Nada – repito.
— Você sabe que você teve esse mesmo toque nas pernas na nossa primeira vez?
— Como assim?! Claro que não tive.
— Ah, teve sim – Alex ri. — Eu precisei colocar 4 mantas pesadas pra fazer suas pernas baterem menos.
— Por isso você deixou o ar condicionado no mais frio – digo. Agora entendo porque o ar condicionado dele estava no 16° e ainda no modo de resfriamento extremo.
— Vai logo, me diz o que tá acontecendo.
— Transei com Ian. Ontem.
— Pensei que o barulho na cozinha eram esquilos. Mas pelo visto, eram dois coelhos.
— Cala a boca – rio e dou um tapa na testa grande dele. — Nunca percebi que tua testa era tão grande.
— Cala a boca você – ele dá um tapa fraco na minha testa. — Ok, você e Ian transaram, não era isso que você queria? Ou eu fiquei escutando você falar mal de Ian e acrescentar que ele era um "incrível gostoso do pau grande" por quinze minutos sem necessidade?
— Não foram quinze minutos – me defendo, mas eu me lembro que foram mais de quinze minutos. — E sim, era o que eu queria. É o que eu quero.
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O Roommate - Livro 3 | Off Campus | Completo
Romance[COMPLETO] Somin está cada vez se sentindo mais sozinha no seu dormitório, desde que Lucas viajou para Inglaterra, e esse sentimento se intensifica quando Julie recebe uma proposta imperdível para estudar em Harvard com um estágio excelente garantid...