Capítulo 21

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IAN

Estou tentando disfarçar toda minha tensão nesse momento, mas não consigo, quero muito beijar o pescoço, os lábios, o corpo, os seios de Somin, mas falei que deveríamos ser amigos, somente amigos, o que é parte do meu plano pra fazer ela implorar por mim, porém acho que vai ter efeito reverso, no fim do dia, eu quem vou estar implorando por ela. Céus, hoje ela está extremamente mais gostosa do que nunca – não sei se é a saudades dos beijos dela, dela por completa –, mas puta que pariu que mulher maravilhosa é essa.

Tento me concentrar na minha questão de química alimentar avançada, literalmente questão, desde o começo da aula, há uns trinta minutos atrás, não consegui fazer nenhuma questão, encalhei nessa única questão. A culpa é de Somin, que é tão gostosa e está usando um perfume tão bom. E o pior, ela ainda decidiu usar o cabelo platinado meio lilás amarrado em um rabo de cavalo perfeito, que me dar uma visão perfeita do pescoço dela. Meus chupões e minhas mordidas não estão mais marcados no pescoço alvo, e estou pensando seriamente em sugerir que façamos novas marcas. E a pior parte de tentar me concentrar, é que me lembro da noite que escutei os gemidos dela enquanto ela se tocava, eu sei que deveria ter saído do dormitório na mesma hora, mas fiquei meio que hipnotizado pelos gemidos dela.

Preciso me conter. Respiro fundo, tentando não pensar em quão o meu pau está duro e o quanto ela fica gostosa com essa saia rodada bege curta, as pernas dela estão incrivelmente longas e lindas. Ótimo, agora estou fantasiando as pernas dela envolvendo minha cintura enquanto eu entro forte e fundo nela. Oh, pode ter certeza que dá próxima vez Somin só vai escapar depois de, pelo menos, quinze rodadas. Talvez comecem até procurar por ela.

Faz uma semana e três dias desde que Lucas e Nicholas voltaram pra Inglaterra e Julie voltou pra Harvard – voltou casada até –, sei disso porque eles foram no dia seguinte que eu contei pra Somin que deveríamos ser apenas amigos, mesmo eu querendo ser muito mais que amigos e colegas de quarto. Quero ser uma coisa que começa com: namo e termina com: rado. Espero que quando eu dizer isso pra ela, de novo, ela não me rejeite. Espero mesmo. Estou pensando até em virar um cara mais religioso e fazer algum tipo de promessa pra Deus.

— Ok – Somin solta a panela com cogumelos refogados e me fita, — você sabia que o propósito dessa aula é me ajudar? Você tem sorte de eu ser a melhor cozinheira dessa sala e não precisar de ajuda.

— A melhor dessa sala? – ela confirma, séria. — Ainda acho que sou melhor nisso. Na verdade, sou melhor que você em muitas coisas.

— Posso citar duas coisas que sou melhor que você. Cozinhar e patinar.

— E eu… – me levanto, chegando perto do ouvido dela. Inalo o cheiro doce da pele dela e do shampoo. — Posso te fazer gozar mais rápido, você não precisa de vibrador nenhum – digo, mordendo o lóbulo da orelha dela. Sinto o corpo de Somin tremer com meu toque.

É isso que não entendo. Eu sei que ela gosta de mim, chego a dizer que o que ela sente por mim é mais que gostar, bem mais que gostar, mas mesmo assim ela vive me empurrando pra longe, bem longe da vida dela. Pra bem longe dela. Com uma desculpa esfarrapada de que não quer se machucar e não quer me machucar. Oh céus, e ainda tem todo esse papo de não ser suficiente pra mim. Mal sabe que ela excede todas minhas expectativas. Ela mais do que suficiente. Se um dia, eu descobrir uma palavra que signifique "mais do que suficiente" usarei pra definir o que Somin é pra mim.

— Oi? – ela diz, nervosa. Levemente ela usa a mão direita pra me afastar, mas estou começando a desconfiar que foi apenas uma desculpa pra tocar no meu peitoral. — O que você tá dizendo?

— Eu meio que te ouvi… – tentei pensar no gesto perfeito pra masturbação. Quando Somin entende o que eu quero dizer, ela fica mais pálida ainda, se é que é possível. — Você sabe?

O Roommate - Livro 3 | Off Campus | CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora