SOMIN
Eu estou tão puta com Ian por estar me fazendo passar por toda essa situação constrangedora. Eu nunca conheci nenhum pai de nenhum namorado meu, exceto quando por acidente eles chegavam cedo demais e eu estava ocupada demais no quarto. E agora aqui estou, esperando pela mãe de Ian, no aeroporto de Austin, no Texas. Eu não gosto de Texas, uma vez vim pra cá com Julie e Lucas, eu odiei cada segundo. É quente demais, caipira demais. Odiei demais. E provavelmente vou ter que fingir que amo o Texas pra agradar minha futura sogra.
— Você não vai falar nada? – Ian perguntou, rindo. Esse corno está rindo de mim e de todo meu nervosismo desde que eu dei um chute sem querer nas bolas deles. — Vai continuar me ignorando? – e continuo ignorando esse corno. — Ah, você vai amar Texas – vou sim, com certeza vou. Uhu, eu amo o Texas.
— Eu odeio o Texas – enchi a boca pra falar odeio. — Ian, você sabe a vontade que eu tive de te matar quando aquela garçonete se esfregava em você? Pois bem, multiplique por milhões.
— Que fofa – ele beijou minha bochecha e recebeu um tapa. Ian sorriu, malicioso. — Vou amar isso mais tarde – ele colocou a mão no meu pescoço e mordeu o lóbulo da minha orelha.
Sabe a pior parte de estar com raiva de Ian Webohn? É poder não transar com ele, porque se não desmancha todo o personagem que você demorou horrores pra construir. Especialmente, quando Ian é o cara mais sexy de todos, me lembro muito bem de todas noites que tive que lutar contra mim mesma e não rasgar a camisa dele. Primeiro, Ian começou a usar camisetas brancas no nosso dormitório – camisetas brancas apertadas que deixam o peitoral e os bíceps dele bastante evidentes. Segundo, Ian simplesmente desistiu de usar cuecas e passou a usar apenas short moletons bastante folgados, que marcam pra caralho o volume dele.
Ian também começou a sorrir muito e a rir também – esse demônio sabe que a risada dele me arrepia por completo. Ian passou a sussurrar bastante coisas com duplo sentido no meu ouvido, e em qualquer lugar, qualquer lugar mesmo. Há dois dias atrás, estávamos na aula de gastronomia francesa, ele era pra ser meu instrutor, mas Ian simplesmente resolveu flertar comigo a aula toda. Roçar o pau na minha bunda, passar o queixo pelo meu pescoço, as mãos deslizarem pela minha bunda e pelas minhas pernas, rir contra o meu pescoço, encostar os lábios na minha orelha, sussurrar muita putaria. Eu não podia pegar um objeto que fosse no formato de uma banana que ele já sorria malicioso e pegava no volume dele, e ainda dizia: "Tá com saudades, gata?" Eu por dentro, eu gritava vários estridentes "sim", mas por fora era dura como gelo – e o pau dele roçando na minha bunda na aula de química alimentar.
— Ian, eu tô com raiva de você – falei, furiosa, tentando disfarçar que a mão dele no meu quadril estava fazendo borboletas gritarem na minha barriga.
— Tá nada – ele beija meu queixo. Céus, cada vez mais perto. — Você não vai ceder mesmo?
— Ian, você tá me fazendo conhecer sua mãe! Eu não quero que ela me odeie – Ian riu e me roubou um beijo. Um beijo intenso e apaixonado, não há melhor beijo que possa definir nosso relacionamento. Ai que ódio. Eu amo demais esse garoto.
— Ela não vai te odiar – ele me dá um selinho. — Quem precisa te amar, já te ama demais.
— Quem?
— Eu, ué – ele sorri, me puxa pra perto dele, entrelaça os braços na minha cintura e me beija de novo. — Nunca mais faça isso… essa greve de beijo e sexo.
— Não me estresse que eu não faço – ele beijou a ponta do meu nariz.
Ok, sei que é importante sempre estarmos abertos pra todos os tipos de garotos, mas não dá. Garotos altos são muito superiores, muito superiores mesmo.
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O Roommate - Livro 3 | Off Campus | Completo
Romance[COMPLETO] Somin está cada vez se sentindo mais sozinha no seu dormitório, desde que Lucas viajou para Inglaterra, e esse sentimento se intensifica quando Julie recebe uma proposta imperdível para estudar em Harvard com um estágio excelente garantid...