Capítulo 11

1.5K 133 22
                                    

SOMIN

A noite está difícil, tanto pra mim, quanto pra Elizabeth, que está morrendo de raiva e bufando ao meu lado. O motivo de toda a raiva? Ian Webohn. Nunca imaginei que seria capaz de sentir raiva de Ian, mas é bem capaz.

Todo cara que chega a um metro de distância da nossa mesa, Ian lhe lança apenas um olhar e ele dá meia volta. Na verdade, não precisa nem de muito. Basta o cara cogitar a ideia de se aproximar de nós duas, que Ian já olha com a cara fechada.

O que está acontecendo com os homens modernos? Eles são todos uns fracotes que não aguentam um olhar duro de um dos maiores artilheiros do time de hóquei? Frangotes. Isso que eles são. Não são homens suficiente pra mim e pra Elizabeth.

Elizabeth está quase tacando o copo com martini no rosto de Ian e implorando pra ele ir no banheiro se lavar, mas Ian simplesmente não se move. A única parte do corpo que ele mexeu foi a cabeça e foi pra averiguar todos os caras do bar e ver se algum estava vindo em nossa direção. Se eu tivesse que descrever o animal que é, pelo menos agora, seria um falcão com olhos atentos e cabeça que gira 360°.

Elizabeth bufa e sai para o banheiro. Entendo a frustração de Elizabeth, estou no mesmo barco. Estou aqui por um simples motivo: esquecer que gostei tanto de transar com Ian e que agora só consigo desejá-lo enfiando a língua na minha boceta e a boca nos meus peitos. Céus, porque fui pensar nisso? Agora, estou excitada. Que ódio.

Isso é culpa do inglês com um incrível par de olhos verdes, que passam de angelical pra demoníaco e sensual, quando está transando. Os olhos de Ian me levam a perdição, tanto no sexo quanto fora do sexo. É o jeito que ele me olha. Me desejando todos os minutos, todos os segundos, todos os milésimos. Ele simplesmente me deseja. E somente a mim

E isso não pode acontecer, até porque não sou boa o suficiente pra Ian – não há discurso de autoajuda que me fará mudar de opinião –, ele merece uma mulher muito melhor que eu e me incomoda que ele não está procurando por nenhuma. Há milhares, umas vinte, garotas querendo sentar no pau dele, mas ele está ocupado demais intimidando todos caras que ameaçam chegar perto de mim e Elizabeth.

Ok, talvez uma parte de mim – uma grande parte – goste disso, porque me sinto gostosa e especial pra caralho, mas é errado. Não gosto de admitir que o olhar duro dele me excita, porque meus pensamentos me levam a acreditar que ele não quer mais nenhum homem, além dele, me toque. Amo isso, porque também não quero nenhuma outra garota tocando ele, não gosto mesmo. Consigo me ver pulando no pescoço dele e arrastando ele pra fora do bar se alguma garota chegar perto dele.

Mas não posso fazer isso. Não posso mesmo, porque, mais uma vez, não sou boa o suficiente pra ele. E também não posso sugerir sexo casual, porque muito diferente do que todos romantizam, eu já sei bem onde sexo casual vai dar. É só olhar pra Nicholas e Lucas. Não me preocupo comigo, quando o assunto é sexo casual, e sim com Ian. Não me apaixono tão fácil, pelo menos é isso que eu acho. 

Ai senhor, eu sou uma maluca paranóica que está tendo pensamentos totalmente perturbados sobre o inglês gostoso na minha frente, que está me devorando com os olhos verdes intensos. Ian umedece os lábios com a língua. Me fazendo imaginar essa língua dentro de mim. Dentro da minha boceta, me fazendo gozar. Depois me beijando. Depois lambendo meu mamilo. Depois me chupando de novo. Ai céus, preciso parar de pensa em Ian desse jeito.

Ian dá um longo gole na long neck dele, com os olhos atento em mim. Faço o mesmo, engolindo o líquido imagino se ele está pensando no mesmo que eu, se ele também está querendo o mesmo que eu. Se ele está me imaginando pelada, com ele rasgando minha calcinha – vou às nuvens quando ele faz isso – e devorando meus seios, com os dedos pressionando meu clitóris e entrando e saindo de mim, porque eu sei que estou imaginando-o pelado, com o pau duro pincelando meu rosto.

O Roommate - Livro 3 | Off Campus | CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora