— Desculpa por termos que vir para cá de ônibus e por não poder te levar para algum lugar mais chique. É que o carro do Paul foi esmagado por um ciclope que tentou me matar semana passada e ele me fez pagar pelo reparo. — Percy disse, se desculpando com Annabeth pela terceira vez desde que a encontrara na estação.
Ela riu e entrelaçou seu braço no dele.
— Já mandei deixar isso para lá, cabeça de alga. Estamos juntos e, pelo menos por enquanto, nenhum monstro veio estragar nossa noite. Isso é só o que me importa.
Os dois entraram na pizzaria do Toni, um restaurante pequeno e novo no bairro onde Percy morava com a mãe e com Paul. O clima ali era intimista e bem aconchegante e o sorriso no rosto de Annabeth fez Percy sentir orgulho. Pelo menos na escolha do local de encontro ele havia acertado em cheio.
— Nossa, eles tem mais de duzentos sabores de pizza aqui! — Annabeth se surpreendeu com o cardápio.
— Acho que vou pedir uma... — Percy começou a dizer, mas ela o cortou.
— Não vamos pedir uma pizza de calabresa. Com tantas escolhas interessantes, me recuso a pedir uma pizza de calabresa.
Percy riu e estava para responder quando o garçom se aproximou com uma sugestão.
— Posso sugerir a escolha da casa? A opção de hoje é o desafio de Afrodite. Um especial que a Deusa do amor preparou para seu casal de semideuses favorito.
Olhando para o garçom, Percy e Annabeth ficaram de pé em um salto. Ela desembainhando a adaga que sempre trazia no cinto e ele retirando sua caneta e fiel companheira de batalhas, contra corrente. A espada mágica ganhou forma em sua mão e ele encarou o garçom com fúria.
Só que aquele não era um garçom e sim o Deus Ares em pessoa. Rindo da expressão no rosto deles, o olimpiano apenas puxou uma cadeira e sentou perto deles.
— Não vim para brigar com vocês, apenas trouxe um convite de Afrodite para que possam participar do jogo de amor dela. — Ares disse, sem nem dar atenção as duas armas apontadas na sua direção.
— E por que iriamos abandonar nosso encontro de dia dos namorados para ir participar de algum jogo divino? — Annabeth exigiu saber.
— Um jogo que posso apostar que vai ser extremamente mortal. — Percy disse.
Ares levou a mão ao bolso de sua jaqueta de couro e retirou dali uma pequena bola de cristal. Uma imagem ganhou forma ali e Percy e Annabeth puderam ver o interior de uma floresta onde um garoto corria de monstros horripilantes. O garoto era um velho conhecido deles.
— O que você está fazendo com o Grover? — Percy sentiu o sangue esquentar.
— Eu? Nada. Foi seu amigo que resolveu comprar uma briga com deuses que vivem na américa central. Conheço essa galera e sei que eles vão proporcionar uma morte lenta e dolorosa para esse sátiro. — Ares respondeu e então sorriu, olhando de Percy para Annabeth. — Claro, eu sempre poderia conversar com um velho amigo que tenho por lá e pedir por um favor.
Annabeth abaixou sua arma e quando Percy não fez o mesmo ela o repreendeu com um olhar fulminante. Suspirando e deixando os ombros caírem, ele disse.
— Deixa eu adivinhar, você quer que nós participemos do jogo de Afrodite em troca da sua ajuda.
Rindo e ficando de pé, Ares respondeu.
— Eu sabia que poderíamos chegar a um consenso.
Então, estalando os dedos, tudo ao redor dos semideuses ficou muito escuro. Quando a iluminação retornou, eles não estavam no restaurante e nem estavam mais na companhia um do outro.
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Contos de semideuses
FanfictionSAUDADES DE PERCY JACKSON E SEUS AMIGOS? ENTÃO VOCÊ ESTÁ NO LUGAR CERTO! Este livro é uma coleção de mini contos sobre os personagens do Riordanverso! Encontros, eventos, batalhas, comédia... aqui você vai encontrar de tudo um pouco. É fã dos person...