Elastic Heart - h.s.

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Mia

Eu não sabia há quanto tempo cá estava.

Estava sentada num banco no meio do Hyde Park com as pernas contra o meu corpo. Este estava deserto tirando apenas tirando algumas pessoas que se encontravam lá a correr à chuva.

Eu sentia-me bem aqui só, apenas eu e os meus pensamentos. As minhas roupas estavam encharcadas, fazendo anotar na minha cabeça, que mal chegasse a casa necessitaria de um banho bastante reconfortante de água quente e tomaria um comprimido para evitar ficar gripada, se eu já não o tivesse.

Algumas árvores estavam sem folhas que o vento tinha levado, no entanto as de folha mais resistente lá permaneciam, mesmo sendo ínfimas. Hoje, não existiam animais, como esquilos que por aqui se viam quando eu cá passava, o que era de esperar pelo mau tempo. Os caminhos estavam alagados, mas apesar de tudo o parque continuava belo como sempre o vira. Era grande, com muita diversidade de coisas e um óptimo sítio para estar em família e conviver. Era engraçado no Verão, onde se podiam ver pessoas a fugir um pouco da vida metropolitana agitada e dar escapadinhas para aqui, fazendo piqueniques e viver de uma vida por algumas horas afastadas do stress de viver numa cidade. Acho este enorme jardim bastante engraçado e bonito por esse motivo, que no meio da grande cidade de Londres exista algo assim tão belo e gigante. Sempre fora este um sítio de eleição para mim, desde que visitávamos este país. Eu brincava muito aqui com os meus primos quando a minha tia nos trazia cá, mesmo sem que ninguém me percebesse, mas eu adorava. As brincadeiras de crianças são como o futebol, que não é preciso entender pela linguagem para chegar à finalidade, o importante é aproveitar e divertirmo-nos.

Ponho as mãos em cima do bolso e sinto algo duro. Assim que a levo ao interior entro em aflição. O meu telemóvel encontrava-se ensopado. Era impossível ele voltar a dar. Teria que comprar um, o que me custava porque eu não podia estar aí a esbanjar dinheiro, ou teria que começar a trabalhar.

Não faço a mais pequena ideia que horas sejam. Não sei que é tarde ou cedo, mas o frio está a começar a apoderar-se de mim, assim como a fome então resolvo caminhar até ao campus. O tempo já não se encontra tão ruim, agora apenas caem uns chuviscos.

Não demorei muito até chegar ao quarto. Quando o abri tudo estava fechado e escuro, o que me faz aperceber que o quarto se encontra vazio. Eu lanço o telemóvel velho para o quarto oposto do quarto, não me querendo lembrar que terei de gastar dinheiro num aparelho desses insignificante. Vou até ao armário e tiro um pijama quentinho, juntamente com um robe e umas toalhas para me secar e encaminho-me para o balneário.

O banho foi tomado com calma. Eu sentia-me realizada por sentir a água quente escorrer por todo o meu corpo. Eu adorava a sensação do choque térmico que existia, no início, nos meus pés gelados com a fluído a escaldar que caia sobre eles. Provocava uma sensação de queimadura, mas ao mesmo tempo, para mim, era bastante reconfortante.

Depois de um tempo quando considerava que estava em melhor forma, embrulho-me numa toalha e visto-me. Há muito gente que escolhe vestir-se no quarto, mas isso implicava percorrer esse caminho com toalha coisa que eu não acho de todo confortável.

Percorro o corredor de pijama e robe. Assim que chego novamente ao meu quarto que se encontrava da mesmo forma que o deixei, sinal que eu as minhas companheiras ainda não tivessem chegado. Vou até a uma bolsa da comida que tenho e saco umas bolachas, que acabo por comer umas quantas para puder tomar o comprido, que a caixa deles ainda se localizava na mesa ao lado da minha cama de quando o Harry tomou um deles.

Com muita dificuldade acabo por tomar o comprido, algo que para mim é um sacrifício. Eu não tenho muito hábito de os tomar e para os conseguir engolir é algo que me atrapalha imenso. Lembro-me quando era pequena que tinha que os partir em mil e um pedaços para os ingerir.