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Mia

"É complicado." começa por dizer. "A avó do Harry morreu.", finaliza.

E agora percebo. Percebo a sua reacção insana do outro dia, o seu pesadelo e da sua confissão de ontem de quando me abraçava no meio do centro comercial. Eu sentia pena dele. Harry sentia medo de ficar sozinho e com esta sua perda veio intensificar este sentimento, eu acho.

"Oh.". Não sei o que deva dizer no meio desta confidência. Eu apenas pensava no rapaz de como ele se deve estar a sentir. Eu sei o que é perder alguém assim tão próximo. Infelizmente, eu sei.

"O que o revolta mais, é que ele não se pôde despedir dela."

"Porque não?"

Não sei porque sou tão curiosa, e ainda pior sobre tudo que tenha ligação com o Harry. Eu queria correr para ele e abraçá-lo, sei que precisa de alguém, de um ombro amigo, até ele, porque afinal toda a gente precisa.

"É complicado. Eles não se viam há anos, Mia."

Eu não me quero tornar intrometida ao questionar mais, mas a verdade é que a minha curiosa está a mil, neste preciso momento. No entanto, terei de me conter, pois elas não querem alongar mais esta conversa por muito mais tempo, pelo uso de «É complicado.». Eu também uso essa expressão e elas respeitam-me, por conseguinte, eu irei fazer o mesmo, respeitar.

Porque é que não falavam por anos? Se o Harry está mal pela sua morte provavelmente seriam chegados, certo? 
Estas eram exemplos de perguntas que navegavam pelo meu cérebro.

"Eu lamento pelo Harry!", acabo por dizer, no entanto eu bato-me mentalmente. Eu não deveria dizer isto a elas, mas sim ao próprio Harry, contudo eu nunca terei uma conversa civilizada com ele sobre tais assuntos. Já com assuntos menos importante é difícil teres, Mia!, declara o meu consciente.

Elas nada dizem como era de esperar é um silêncio paira no ar. Era estranho estarmos todas caladas, pois com a energia daquelas duas isso nunca acontecia. Mas eu percebo, é um assunto delicado.

"Vamos para as aulas? Já faltei ontem, mais não.", acabo por quebrar a ausência de som e elas acenam, pude notar que o ambiente descontraiu.

Posteriormente a encontrarmo-nos prontas seguimos até ao edifício sede da UCL, onde teríamos aulas.

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“Liza!”, murmura o James ao meu ouvido assim que entro em casa. Ele pressiona-me contra a parede, ficando entre esta e o rapaz. O meu namorado pega nos meus braços e prende-os ao lado da minha cabeça, cada um. Quando ele cola os nossos corpos, um gemido baixo foge da sua boca.

“James…”, chamo-o de forma baixa. Ele roça o seu corpo vestido em mim e volta a gemer.

“Amor.”, volta. Ele está diferente, hoje.

Ele cola os seus lábios aos meus e cria-se uma harmonia indescritível. Pela primeira vez em muito tempo era calmo e com desejo, como se fosse tudo como no início. As suas mãos largam os meus braços e agora correm todo o meu corpo.

“James…”, chamo-o entre o beijo. “Não posso…”, digo envergonhada, olhando para o chão. Eu sei quanto as minhas bochechas devem estar vermelhas, pelo calor por elas irradiado. “Doí-me a barriga.”, justifico-me ainda mais.

“Estás com…”. Eu não o deixo acabar, acenando um sim. É estranho estares a falar com alguém sobre a tua menstruação. “Oh.”, apenas diz.

Eu sinto uma saliência contra a minha intimidade, mesmo com quatro camadas de roupa a separarmo-nos. Ele queria, mas está-me a respeitar, o que é bom de ver, porque ele nem parece o James da semana passada, e eu questiono-me o porquê de estar assim a agir.

“Desculpa.”, peço. O rapaz à minha frente levanta-me a cabeça, elevando o meu queixo, fazendo que os nossos olhos azuis se cruzassem.

“Está tudo bem.”, garante-me e eu sorrio-lhe. “O que vamos fazer então, Betinha?”. Ele usa o diminutivo mais horrível do meu segundo nome, «Betinha», de «Beta» e esse é derivado de «Elizabeth». Sendo assim é um duplo diminutivo de «Elizabeth».

Eu como protesto bato-lhe no braço.                           

“Ver um filme?”, meio que pergunto ao surgir tal ideia.

“Ok, baby. Vai escolhendo o filme que eu tenho que ir à casa de banho.”. Eu rio-me sobre o seu estado e o que irá fazer à casa de banho, mas decido não comentar nada, não queria que o seu feitio mudasse.

Ele sai da minha beira e eu percorro o corredor da entrada até à sala. Nessa divisão vou até à mesa de jantar que lá existia para ocasiões mais importantes, onde se localizava o computador. Nele eu ligo-o e entro num site para assistir um filme qualquer online. Existiam milhares deles que eu poderia escolher, mas um recente me chamou a atenção era «Dei-te o Melhor de Mim».

Passado pouco tempo e após eu ter ligado o computador à televisão, volta James com o seu corpo descoberto apenas com os seus bóxeres pretos. Ele era lindo e sexy, deixaria qualquer rapariga a deseja-lo.

“Já escolheste?”, pergunta assim que se senta à minha beira e eu aceno. Eu não sei se ele irá gostar da escolha que fiz, provavelmente não. “Qual é?”. Eu não falo e passo-lhe o pc para as suas pernas o que faz ele ler o pequeno resumo disponível na página.

“Pode ser?”, pergunto a medo, quando ele pouso o computador novamente na mesa de centro.

“Pode. Eu, sinceramente, só te quero à minha beira. Por isso até podias por a pior merda do mundo que eu iria aceitar.” Eu coro e abraço-o.

Pus a dar o filme e voltei para a sua beira, onde me aconchego no seu peito, ele me puxa para si e rodeia-me com os seus braços musculados. A minha cabeça estava no seu peito e as minhas mãos espalhadas no seu corpo.

OMFG QUEM ÉS TU E O QUE FIZESTE AO JAMES? 

ESPERO QUE GOSTEM ! :3

QAUNTO AO FILME NUNCA VI, MAS JÁ LI O LIVRO E É TÃO LINDOOOOOOOO E TÃO TRISTE :$$$ , TENHO QUE VER QUALQUER DIA, AGORA PRAS FÉRIAS DO CARNAVAL ! FERIAS YEIIIIIH , MESMO QUE SEJAM POR MISEROS 3 DIAS :CCC 

MEUS AMORES, BOA NOITE ! 

nês*

Elastic Heart - h.s.Onde histórias criam vida. Descubra agora