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Mia

Nós encarávamo-nos. Eu conseguia sentir a sua respiração contra a minha cara.

Sinceramente, eu nem sabia se o tinha desculpado ou não, mas estar assim com ele, apesar de ser bastante estranho, era reconfortante e sereno.

Um som de um carro a parar bruscamente ouve-se e eu deixo de prestar atenção ao Harry, prestando agora ao rapaz que saíra desse mesmo veículo. Ele estava irritado e eu conhecia-o tão bem.

Não pude deixar de me encolher sobre o corpo de Harry e senti lágrimas a tentarem a sair. Não, isto não pode estar a acontecer! James viu-nos assim. Os nossos corpos estavam tão juntos, enquanto, que eu nem deveria estar a falar com Harry. Depois destas duas semanas perfeitas passadas com ele, James irá voltar ao que era, eu sei que sim, se não pior.

O Harry vira o seu corpo na direcção do meu namorado e assim que o reconhece o seu corpo fica tenso.

“Brendler.”, rosna o rapaz à minha frente.

Ai que lindos!”, comenta James, com ironia presente na sua voz e começando a bater palmas.

“Não aconteceu nada…”, tento apaziguar.

“Cala-te, sua puta”. Eu fico atónita com o que me chamou, ele nunca me chamou algo tão grave como isto. Harry olha para mim e eu não pude deixar de lágrimas caíssem pelos meus olhos. “Anda embora.”, berra-me.

“Tu não sabes tratar uma mulher!”, grita-lhe Harry.

“Styles, não te metas.”, fala direccionado para Harry. “Mia, entra no carro.”, discursa num tom autoritário, desta vez para mim, mas eu permaneço parada no mesmo sítio. “Já!”, ordena agora num tom mais elevado e eu sigo a sua ordem até que sou parada com um braço estendido à minha frente que impede a minha passagem. Harry…

“Ela não vai a lado nenhum contigo.”, desta vez ouve-se a voz do rapaz que me está a proteger.

“Harry…”, chamo o seu nome de forma espantada, ele olha-me e tenta-me dar um sorriso à sua maneira.

“Styles, não te metas.”, avisa-o novamente James.

“És um caralho, James.”

O meu namorado salta para cima da pessoa à minha frente, começando a lutar.

Harry estava por baixo a ser socado, o que me fazia gritar e implorar para alguém ajudar ou que parassem. Do nada, o meu defensor toma a liderança, sendo James a estar com as costas deitadas no chão.

“Pára James!”, gritava. “Harry, por-favor.”, eu implorava.

Eu não sei como arranjei força, mas consegui puxar o Harry de forma a levantar-se. Talvez estava pronto para se levantar ou algo do género, mas eu não queria saber disso, apenas que eles se pararam. Porém, ia novamente na direcção do adversário que se tentava recompor com o tempo que podia, mas eu travei-o, posicionando-me à sua frente.

 “Por-favor, Harry, pára.”, eu chorava muito e Harry olhava-me espantado. O meu corpo estava agora agarrado ao seu braço musculado. “James, eu vou contigo.”

“Não…”, pede-me com a sua voz rouca.

Dirijo-me na direcção do jipe seguindo o dono dele, não exercendo o pedido de meu defensor. Volto-me, observando Harry e este encontrava-se parado sem reacção a olhar-me.

“Desculpa-me.”, articulo com a minha boca, na sua direcção, não saindo nenhum som.

O veículo arranca e nunca o paro de o encarar até que seja impossível fazê-lo.

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A viagem tinha sido sem feita sem o ter encarado. Eu admirava a paisagem, enquanto a pessoa ao meu lado concentrava a sua na estrada, para guiar na direcção de casa, onde eu não queria chegar por saber o que iria acontecer assim que tal acontecesse. Eu tinha medo.

Por vezes ouvia-se uma respiração mais profunda do jovem de cabelos castanhos e olhos azuis que tinha ao meu lado direito, o que dava a entender o quanto irritado estava e sabia que o volante estava a ser agarrado com uma força suprema, e para saber isso não precisava de o encarar, eu conheço-o e sei o quão raivoso pode ser em situações de irritação, stress ou pior.

“Sua cabra!”, insulta-me enquanto me encostava contra a uma parede do hall de entrada, após fechar a porta atrás de si. “A mim não me trais”. A sua mão bate muitas vezes sobre a minha cara o que me faz gritar de dor.

“James...”, chamo de uma forma quase inaudível. “Pára, por-favor.”, peço no mesmo tom de voz. Contudo ele fez exactamente o contrário, atingia-me com mais força que os restante, fazendo que eu caísse aos seus pés.

“Não... estávamos… a… fazer nada…”, argumento de uma forma baixa, fraca e com bastante dificuldade por me estar a agredir. O meu corpo doía muito, todo ele. Eu contorcia-me de dores mas nem isso fazia-o parar, ele aparentava estar possuído.

“Cala-te.”, ordena. Eu estava deitada no meio do chão enrolada, de maneira a tentar proteger o mais que podia o meu copo, enquanto me dava pontapés. “Não te quero com o Styles.”. Por momentos pára de me pontapear e põem-se de cócoras à minha altura. “Ouviste?”, não respondi nada. “Ouviste, fodasse? Responde!”, agora puxava o meu cabelo e eu assenti. “Quero palavras.”, ordena.

“S-sim…”, falo com certa dificuldade, o que o faz sorrir e largar o meu cabelo.

“Este é por seres uma menina má.”, o seu punho embate contra a minha cara dorida. “Este é por teres continuado a falar com o Styles.”, outro se segue. “Este é por teres feito o que o que fizeste.” E sinto novamente uma dor contra a minha face.

Ele continuava a fazer com que o seu punho embatesse mais vezes na minha cara e com os argumentos, mas a sua voz estava cada vez mais longe e os meus olhos começavam a ver desfocado que foi inevitável fecha-los. Preto. Preto, era o que eu via.

FIQUEI TÃO FELIZ MAS TÃO FELIZ PORQUE A HISTÓRIA CHEGOU A MAIS DE 2K DE READS EM UM MÊS ! HOJE FAZ UM MÊS QUE COMECEI ESTA HISTÓRIA E NÃO PODERIA ESTAR MAIS FELIZ :3 OBRIGADA PELOS COMENTÁRIOS, PELOS VOTOS E POR LEREM ! 

ESPERO QUE GOSTEM DESTE CAPITULO E QUE VOTEM :3 

AMANHÃ COMEÇAM NOVAMENTE AS AULAS DA PARAGEM DE CARNAVAL , OH :C 

BEIJINHOS E MILHOÕES DE OBRIGADAS , 

- nês* 

Elastic Heart - h.s.Onde histórias criam vida. Descubra agora