Capítulo 23 - Como não criar expectativas, Pesquisar.

168 6 2
                                    


Poncho não me deixou tirar o figurino.

"amanhã você devolve, a gente tá perdendo tempo" - disse ele.

Peguei minhas coisas e saímos apressados.

Poncho parecia um louco desvairado. Estava estranhamente empolgado.

Eu estava particularmente achando uma graça sua agitação.

Ambos estávamos vestindo o uniforme de gravação das cenas no colégio. Não vou mentir que acho essa roupinha um mimo.

Entramos no carro de Poncho. Ele ligou o som do carro em uma rádio local.

Para nossa surpresa, estava tocando Rebelde, música tema da novela.

Caímos na risada. Seguimos performando a música no carro, fazendo caras e bocas.

A música acabou mas continuamos cantando e performando as músicas que passaram posteriormente até chegarmos em casa.

Poncho estacionou, tirou uma mochilinha do banco de trás e saiu do carro. Eu sai também e subimos.

Anahi: Vou tomar um banho e me trocar rapidinho. Você conhece bem a casa então fique a vontade.

Poncho: Nada de banho senhora! Ponha uma blusinha lá, coloca um perfume no corpo e vamos depressa!

Anahí: Que? Seu porco ! Passamos o dia no trabalho. Vou tomar banho e o senhor também !

O olhei com raiva nos olhos.

Poncho: Para de frescura Anahí! Nem deu pra sujar. 

Ele falava divertido.

Anahí: Jesus! Você está brincando né ?

Poncho: Mulher eu odeio tomar banho. Só  tomo porque é necessário e neste momento, não é necessário.

Fiquei em choque. Eu era a deusa da higiene pessoal e estava ali ouvindo tamanha blasfêmia.

Anahí: Que horror Alfonso! eeeeergh. Se quer que eu vá com você vai tomar banho SIM!

Ele revirou os olhos me encarando como quem diz " é sério ?" 

Eu também o encarei com firmeza no olhar. 

Poncho: Aff! Ta bom, tá bom. Mas não vamos demorar tá bem ?

Anahi: Rapidinho, rapidinho. 

Ele deu de ombros e seguiu rumo ao banheiro.

Eu segui para meu quarto e fui direto para suite tomar banho.

Como prometido não demorei banhar.

Saí e fui depressa arrumar o que vestir. Estava optando por roupas mais justas. Por incrível que pareça elas disfarçavam mais minha magreza extrema do que roupas muito largas.

Vesti uma blusa azul clara com um decote profundo até o incio do abdômen e um short saia preto, justo e curto.

Enquanto me maquiava, ouvi Alfonso bater na porta insistentemente.

"vamos any! não vai dar pra aproveitar muito se enrolar" - ele gritava.

"Calma, já vou" respondia eu tranquilamente.

Fiz uma maquiagem simples. Meus cabelos estavam soltos. A franja também. Estava usando muitos apliques para disfarçar a queda de cabelo e o quanto eles estavam quebradiços, por isso, optei por deixá-lo como estava. 

Me senti pronta e abri a porta.

Poncho estava escorado na parede com a cabeça sobre o braço.

Sai do quarto e ele me encarou. Seu olhar pegava fogo.

Poncho: Essa cor lhe caiu bem demais! 

Disse ele com olhar embasbacado.

Anahi: Obrigada - dei de ombros - Vamos ?

Ele estava gatinho demais. Vestia uma camisa azul escura, quase preta. Uma calça jeans no mesmo tom. Uma toquinha cinza na cabeça. Mas usava chinelos.

Poncho constantemente assassinava a moda. Uma lastima.

Descemos. 

Anahi: Acho melhor irmos de táxi. Você vai beber né ?

Poncho: Mas deixo meu  carro aqui ?

Anahi: É melhor! Aliás, melhor você ficar por aqui hoje não ? O quarto de hospedes está a disposição.

ABSURDAOnde histórias criam vida. Descubra agora