Capitulo 32 - Entre a dor e a glória

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Em pouco tempo, era a segunda vez que me encontrava naquela situação. Imóvel. Em uma cama de hospital.

Acordei sentido muita dor e extremamente assustada.

Um médico vestido de azul se aproximou e disse : vamos ter que operar.

Murmurei um " que ? " ao que ele respondeu:

A bala atingiu um pouco acima do estômago. Precisa-mos tira-la daí. Vamos seda-la novamente tá bem?!

Assenti.

Em poucos minutos, tudo estava escuro de novo.

Em minha mente estava eu, vestida de Mia Colluci cantando salva-me, rodeada de anjos. Então, Poncho apareceu sorrindo, se aproximou de mim e sussurrou em meu ouvido: por isso você deve continuar respirando. O mundo ainda precisa te ouvir !

Naquele momento eu soube: Ainda não era minha hora. Senti o conforto naquele momento inconsciente e me entreguei aquele sonho doce que se repetiu por horas e horas até que enfim, meus olhos se abriram.

Com a alma tranquila abri os olhos. Eu havia vencido mais um momento de tormenta e sentia que estava livre novamente.

Não parece ser saudável, mas eu estava me acostumando com a montanha russa que minha vida se tornara.

Do ódio ao amor. Da alegria a tristeza. Da dor a glória.

Tudo se transformava em questão de minutos.

De certa forma, eu me sentia forte, como se acontecesse o que fosse, eu sairia de pé e pronta para os novos capítulos.

Tentei me mover mas senti uma dor extrema. Vi que não estava tão bem assim.
Arfei  um "Aí " doloroso.

Assim que me ouviu poncho saltou: ela acordou!

Se lançou em cima de mim feito um louco.

Beijou minha testa, nariz, e os lábios.

Seu beijo era nervoso, rápido, ardente , eufórico, forte... tão forte que acabou me machucando me fazendo soltar um outro " ai" em meio aos seus lábios.

Ele se afastou se desculpando.

Poncho: meu Deus any. Desculpa se te machuquei!

Ele delicadamente se sentou na beirada da cama e acariciou meus cabelos.

Poncho: é que eu estou feliz demais por ver seus olhos abertos.

O olhar de Poncho era preocupado e barrava litros de lágrimas que estavam prestes a descer.

Ele se curvou e me beijou novamente. Dessa vez com maciez e cuidado, me permitindo retribuir.

Logo me lembrei que havia prometido me resguardar e tentei sair de seu beijo, mas no fundo, estar ali era tudo o que eu queria.

Ele se afastou sorrindo.

Poncho: Eu já quase te perdi 2 vezes. Agora não saio mais do seu lado.

Sorri amarelo.

Analisei o ambiente. Além de Poncho, no quarto também estava minha mãe e irmã, Maite e Christian.

Senti intensa vergonha ao perceber que todos viram poncho me beijar.

Minhas bochechas coraram.

Minha mãe se aproximou dando tapinhas nas costas de Alfonso.

Ela estava chorando silenciosamente.

Tisha: Deixa um pouco dela pra mim.
- disse para Poncho, que levantou.

Ela se aproximou de mim.

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