Eu não entendia Alfonso Herrera.
Aquele beijo inesperado fez com que eu o entendesse menos ainda.
Aparentemente estava bravo comigo. Implicou comigo metade do dia, me ignorou completamente na outra metade e no fim do dia, me beijou com tanta paixão que fez com que eu perdesse o ar.
Quando ele saiu do camarim eu ainda tentava assimilar o que tinha acontecido.
Fiquei ali, escorada na mesa, me dividindo entre a raiva pelo seu comportamento e pelo amor que sentia por ele.
A linha entre o amor e o ódio é tênue.Depois de passar uns 15 minutos parada ali eu sai disparada a sua procura mas já era tarde demais: ele já havia deixado o estúdio.
Voltei ao camarim e peguei minhas coisas.
Sai do estúdio e com alguma dificuldade consegui tomar um táxi.
Estava ansiosa. Não resisti. Acabei ligando para Poncho.
"Alô? Poncho ?Poncho: Any. Oi "
Ele pareceu desconcertado.
Anahí: Já está em sua casa ?Poncho: Não. Na verdade, estou em um bar próximo ao estúdio.
Meu sangue gelou. Eu queria ir até lá. Mas queria estar mais arrumada.Eu queria provocá-lo. Mostrar que também posso deixar ele louco se eu quiser. Mostrar a ele que ele não está mexendo com qualquer uma.
Fiquei alguns minutos em silêncio, refletindo o que fazer.
Poncho: Anyyy ?? Tudo bem ai ?Anahí: Você ... Poderia vir até minha casa quando sair daí?
Houve mais alguns minutos de silêncio.
Poncho: eu ... olha ... eu ...
Ele parecia relutante e... também enrolava um pouco a língua, como se já tivesse bebido o suficiente para não ter mais tanto controle sobre si.
Eu aguardei em silêncio toda sua confusão.
Poncho: Não estou ... não sei. Você sabe ! Mesmo assim ... Tu tu tudo bem. Eu vou.
Anahí: Aguardo você.
Desliguei o telefone e refleti em silêncio o restante do percurso até em casa.
Cheguei e fui direto ao banho. Hidratei a pele, lavei os cabelos.Passei apenas um rímel e uma leve cobertura de base.
Penteei os cabelos e os sequei com secador, deixando a franjinha solta mas jogando-a um pouco de lado.Fui até o closet. Pensei em várias coisas para vestir. Me decidi por chocar sem pretensão.
Peguei uma camisola de seda preta. Ela era justa e tinha detalhes de renda nos dois lados da cintura e no colo. Era curta. Deixava grande parte de minhas pernas a mostra.
Me banhei em cremes e me perfumei e fui me sentar na sala assistindo televisão. Na verdade mal via o que estava passando. Minha cabeça estava ardendo em pensamentos.Em poucos minutos ouvi a campainha tocar. Meu coração foi a boca.
Repassei o plano em minha cabeça: Pedir que ele entre, sentar no sofá, perguntar sobre a implicância e sobre o beijo, ser bastante sensual, mandá-lo embora assim que conversarmos.assenti para mim mesma e fui o atender. Abri a porta lentamente.
Anahí: Oi.
Ele arregalou os olhos ao me ver. Foi engraçada a expressão que ele fez. Parecia realmente ter bebido bastante.
Poncho: Caramba Anahí! Que isso mulher!?
Anahí: Entra. Apontei pro sofá.Ele entrou sem tirar os olhos de mim. Não estava cambaleando, mas andava de maneira engraçada. Eu segurava o sorriso.
Ele se sentou e já se apressou.
Poncho: A gente é muito diferente. Você liga pra coisas que eu não me importo. Eu me estresso. Você tá um gata pqp.
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ABSURDA
RomansaSinopse Anahí era uma jovem de 20 anos, que após passar toda a vida fazendo pequenos papéis, está prestes a estrelar o seu primeiro grande papel na TV. Sonhadora e determinada ela agarra a oportunidade com unhas e dentes. Alfonso, 21 anos, destemi...