O Rei - Livro 3 da trilogia Windsors

Capítulo 17

Aviso: 

Oi meus xuxus, como eu já comentei no meu Instagram, eu estou reescrevendo os livros da trilogia, porém, esse livro não passará por esse processo, apenas por algumas adequações, é por isso que eu optei por não seguir a risca a tradição de coroação britânica. Os ritos presentes nesse capítulo foram idealizados por mim para combinar com a estética que a trilogia terá na nova versão. 

Trarei mais noticias sobre ela em breve.

Louis Windsor

Por mais que eu não merecesse depois dos últimos acontecimentos, Ilícia não vacilou nenhuma vez ao me defender. Ela precisou ir ao hospital e receber pontos, mas o fez sem reclamar uma vez sequer.

Não consegui explicar as coisas para Deimants. Provavelmente a garota com quem eu tanto queria me casar já tinha arrumado as malas e desaparecido, tudo graças a um dos meus inúmeros problemas. Não tive coragem de perguntar se ela ainda estava no palácio para nenhum dos funcionários, e, mesmo que eu perguntasse, duvidava muito que ela quisesse falar comigo. Eu sequer lembrava direito o que aconteceu ali.

Eu não conseguia explicar como a decisão de Ilícia de mentir para me proteger tinha me abalado. Enquanto meus pais, que deviam ser responsáveis por me dar todo o amor do mundo, repudiavam aquilo e me humilhavam, Ilícia me acolheu e sem palavras disse que ia ficar tudo bem. Eu a machuquei e ela colocou isso de lado.

Não consegui ficar a sós com ela para conversar. Eu queria conversar. Não só com ela, mas com Deimants também. O palácio parecia ter virado de cabeça para baixo nas últimas 24 horas graças a coroação, então não tive muito sucesso em localizar qualquer pessoa ali dentro. Na verdade, escolhi me recolher em meus aposentos e ordenar que não fosse incomodado em hipótese alguma. Eu precisava de um pouquinho de descanso.

A água da banheira já estava ficando fria pelo tempo que eu estava ali dentro. Eu não lembrava quando tinha sido a última vez que tive o privilégio de tomar um banho longo e sem pressa. De fato, existe muito luxo e gloria em se tornar o monarca de um país, entretanto, o trabalho exaustivo anda de mãos dadas com todos esses privilégios. Eu ainda tinha muitas regalias, isso era fato, inclusive os treinos com o melhor preparador físico do Reino Unido em todas as manhãs.

Pendi a cabeça contra a louça da banheira e me encarei no espelho que descia do teto ao chão na minha parede. Podia facilmente imaginar Deimants ali comigo, isso se eu não tivesse estragado tudo permanentemente. Acabei corando violentamente por me pegar imaginando a princesa comigo na banheira. Eu não era assim. Porém, isso até que poderia se tornar uma realidade bem em breve se eu tomasse coragem de desengavetar o anel feito especialmente sob medida para a minha morena e a pedisse em casamento.

Se eu sobrevivesse a coroação no dia seguinte, chamaria Dei para conversar e contaria a verdade. Por dois anos, escondi a verdade dela, já estava mais do que na hora de dar um basta nisso e contar a verdade. Relacionamentos de verdade não duram se os parceiros não são sinceros. Se eu queria me casar com ela, torna-la minha rainha, eu precisava que, antes de tudo, ela soubesse quem eu era de verdade.

Não daria corda para que ela jogasse na minha cara futuramente que não sabia com quem estava se casando.

Afundei mais uma vez na banheira antes de me levantar e sair.

Eu tinha plena consciência que não era nenhum deus grego, mas eu tinha muito boa aparência. As olheiras tinham sumido há algumas semanas, as bochechas estavam com mais carne e cor e até mesmo meus olhos carregavam mais brilho. A única coisa realmente desleixada na minha aparência era a barba por fazer que recobria minha mandíbula. Eu a tiraria antes de amanhã na coroação, é óbvio.