Capítulo 22

827 86 85
                                    

Dulce María

Quando cheguei em casa, tomei um remédio e dormi por pelo menos duas horas, a única coisa de útil, foi que a crise de enxaqueca tinha dado uma  trégua.

Eu me levantei e fui tomar um banho, coloquei uma calça de moletom, uma regata e fui direto para a cozinha, fiz um chá e fiquei na varanda olhando os prédios enquanto eu fumava.

Toda e qualquer pergunta que vinha na minha cabeça que já tinha alguma resposta, já estava em branco.

Em um desses devaneios, meu interfone tocou e meu coração disparou, tinha chegado a hora.

- Pode mandar subir.

--

Christopher von Uckermann

O voo pareceu infinito e na minha cabeça passaram um milhão de situações prováveis, nenhuma delas fazia sentido, mas o que me deixava com mais medo, era probabilidade da Dulce não acreditar em mim e pela mensagem dela, era algo que poderia acontecer. Ela sabia de alguma coisa a mais, agora o que?

Anahí e Alfonso eram outra preocupação, o que tinha acontecido para ele me deixar? O que tinha acontecido para minha irmã me ignorar? Tudo bem, nós dois não estávamos tão próximos, mas ela nunca deixava de me responder, nem se a resposta fosse um xingamento.

Eu sai do aeroporto e fui para minha casa deixar as malas e tomar um banho antes de sair, Belinda não estava lá, nenhum sinal dela. 

Em cima da cama havia um pedaço de papel.


"Obrigada por tudo e todo o seu carinho Chris, me desculpe caso algo tenha saído fora do rumo, mas saiba que você é um homem de luz.

Estou indo morar com meu ex-noivo, acho que dessa vez as coisas darão certo.

Siga sempre firme!

Você merece sempre ser feliz!

                                                                                    Com amor, Beli"


Um sorriso singelo saiu no meu rosto, Belinda havia sido importante e ela também merecia ser feliz, se tudo saísse como o planejado, voltaria aqui apenas para ajeitar minhas coisas e voltar para meu antigo apartamento.

O trajeto do elevador até a garagem foi outra tortura, assim que entrei no carro, coloquei em uma rádio aleatória e para ajudar a piorar, Audioslave começou a cantar e eu o acompanhei.

Estacionei o carro e como um ritual eu fiquei sentado lá dentro por algum tempo, meu coração parecia que ia sair do peito a qualquer momento. Respirei fundo algumas vezes e tomei coragem de sair e ir até o interfone.

- Quem é?

- Christopher. 

- Só um minuto.

Anahí veio em direção a porta com uma fúria iminente no olhar que fez meu coração parar pro pelo menos dois segundo.

- Olá! - Disse acenando, ela arqueou a sobrancelha e cruzou os braços na altura do peito.

- O que está fazendo aqui? - Ela semicerrou os olhos e eu respirei fundo.

Nada Convencional: A Última Torre.Onde histórias criam vida. Descubra agora