Capítulo 18

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Christopher von Uckermann

Desde que Alfonso tinha chegado, eu estava cada segundo mais nervoso, nada me acalmava, tudo piorava e eu fiquei extremamente irritadiço, o que tornou quase impossível dormir durante à noite, todos os sentimentos estavam mais intensos.

- Tem certeza que vamos hoje à noite? - Alfonso pergunta e antes da minha resposta ele já assente como se tivesse entendido. - Ok, iremos hoje. - Ele respira fundo. - Por que está tão nervoso assim?

- Não sei. - Eu estava perdido em um milhão de pensamentos. - Eu tenho medo do que vamos encontrar lá. - Suspirei.

- Espero que nada, de verdade. - Poncho disse pensativo. - Que ali no máximo pode ser uma casa pra alugar, não é? - Ele riu sem vontade e eu revirei os olhos.

- Por favor, Alfonso, nem você acredita nisso. - Ele maneou a cabeça.

***

O dia tinha custado a passar e quando começou a escurecer eu decidi me arrumar.

Meu banho foi rápido e a escolha do terno também, algo me dizia que seria de extrema necessidade o uso dele.

- Pronto? - Assenti para Alfonso. - Hora de irmos, irmão.

- É isso. - Falei quase sem voz.

Nós saímos em direção ao carro, o nervoso era nítido e nos acompanhou durante todo o caminho.

A casa era em uma região afastada, cheia de seguranças com armas até os dentes.

- Fodeu! Hoje a gente morre. - Alfonso falou com a voz trêmula.

- Cala a boca! - Respirei fundo. - A gente vai descobrir e sair ileso. - Poncho concordou.

Nós paramos o carro longe o suficiente, fomos caminhando com calma, mal olhávamos um para cara do outro, meu coração estava disparado, poderia encontrar qualquer coisa ali, em uma casa que estava em meu nome.

Quando chegamos na porta, os seguranças me encararam com um ar estranho, começaram a chamar no rádio falando algo que eu não pude entender, tentei afastar todos os meus pensamentos e cheguei mais perto.

- Documento. - Um armário falou para Poncho e me ignorou.

- Ele está comigo, meu assessor. - O segurança assentiu.

- Hoje pelo jeito é dia da família e equipe conhecer a casa. - Arqueei a sobrancelha. - O contador novo do seu pai está aí.

- Compreendo. - Na verdade, não compreendia nada. - Podemos entrar? - O segurança concordou com a cabeça e abriu a porta.

Seguimos por um corredor absurdamente escuro e Alfonso se aproximou, estávamos os dois com muito medo.

Encontramos com outro segurança, mas dessa vez o cara era mudo, apenas nos indicou um lugar para o qual nós nos dirigimos.

- É agora. - Falei e Poncho respirou fundo.

Assim que entramos, uma luz de balada tomou conta, havia mulheres e homens para todos os lados, era algo feio e nojento demais para que eu mantivesse o mínimo de foco, Alfonso permanecia ao meu lado e era nítido que ele estava segurando sua melhor cara de quem estava em choque.

- Aquele ali é o Christian? - Falei e logo traguei a saliva.

- Aparentemente não somos só nós dois que sabemos desse lugarzinho um tanto... - Alfonso fez uma pausa encarando todo o lugar. - Peculiar, se é que posso dizer isso.

- Vem, vamos atrás dele, mas precisamos nos esconder. - Dei um tapa no ombro de Alfonso.

- É isso.

Christian saiu de um bar improvisado e foi para um corredor, aquele lugar era um verdadeiro inferno, a música eletrônica era alta demais e nesse corredor os gritos, alguns gemidos ultrapassavam o normal. O marido de Maite acompanhava tudo com os olhos arregalados e uma aflição nítida, quase tão grande quanto a minha e de Alfonso.

Uma garota passou por nós vomitando e um homem gritava algo que para mim foi inaudível, eu não queria decorar o que estava ali, por mim eu sairia correndo, mas antes eu precisava saber o porque de Chávez ainda estar aqui.

Quando ele entrou em um quarto, o pude ouvir gritar em choque e antes que ele saísse de lá quase correndo, me virei de costas e puxei Poncho comigo, aquilo foi um péssimo modo de me esconder, mas o desespero e a vontade de sair de lá de Christian era tão grande que ele não notou a sua volta.

- Acho melhor a gente também ir embora daqui. - Poncho falou meio sem jeito tentando me tirar do corredor.

- Tudo bem, isso aqui está realmente... Horrível. - Falei tentando desviar da sujeira que a menina fez.

Conforme saíamos, fomos abordados algumas vezes por algumas mulheres, mas conseguimos sair pela tangente de maneira quase ágil. A saída foi rápida e prática,  assim que tomamos uma distância agradável do lugar, eu encostei na porta do carro e vomitei.

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N/A: hello.
Vamos às teorias, como as meninas vão reagir?

Quero saber tudo o que acham!

Comentem, votem e eu volto.

beijinhosssssss :*

Nada Convencional: A Última Torre.Onde histórias criam vida. Descubra agora