Capítulo 25

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Christopher von Uckermann

Minha noite tinha sido nada menos do que infernal, sem nenhuma dúvida uma das piores da minha vida perdendo apenas para a noite que eu soube que Dulce tinha perdido o nosso filho.

Meu relacionamento com ela tinha sido realmente relâmpago, a intensidade ali me assusta até hoje, mas é com ela que eu quero passar todos os dias da minha vida, então a única coisa a ser feita, era lutar por isso, por ela... por nós.

A manhã seguinte foi bem caótica, regada a dor de cabeça e crises espontâneas de choro. 

- Que sensação horrível! - Esbravejei. - Eu preciso sair de casa.

Bebé Ratón: Tô indo aí, não consigo mais ficar sozinho!

Anahí não demorou à responder.

Bebé Furacão: Te espero e te amo!

Quase saí correndo em direção ao elevador e por sinal as chaves do carro também quase foram esquecidas, eu iria aproveitar esse momento para tentar tirar todo o sofrimento de mim e colocar na nossa base de pesquisas.

Quando entrei no carro, liguei o rádio e novamente Audioslave tocava, a mesma música. Like a stone ecoou pelo ambiente e antes mesmo de ligar o carro um arrepio percorreu por toda minha espinha.

- I was lost in the pages of a book full of death, reading how we'll die alone and if we're good, we'll lay to rest. Anywhere we wanna go... - Cantarolei junto com a música. 

(Que estava perdido nas páginas de um livro cheio de morte, lendo como morreremos sozinhos e se formos bons nos deitaremos para descansar. Em qualquer lugar que quisermos ir.)

Eu realmente estava perdido nas páginas de um livro cheio de morte, minha vida tinha virado de ponta cabeça. Enquanto eu dirigia e cantarolava, só ela vinha na minha mente e ao invés de mudar de estação de rádio, continuei me torturando.

- In your house, I long to be, room by room... Patiently! I'll wait for you there... Like a stone. I'll wait for you there, alone... Alone. - Dei um murro no volante. - Porra!

(Na sua casa, eu quero ficar, cômodo a cômodo... Pacientemente! Vou esperar por você lá... Como uma pedra. Vou esperar por você lá, sozinho... Sozinho)

O resto do caminho até a casa de Anahí foi silencioso, eu tinha desligado o rádio e tentei fugir dos meus próprios pensamentos.

Estacionei em frente a garagem de Any e ela estava parada no portão observando cada movimento meu. Desliguei o carro e respirei fundo antes de descer e ir de encontro ao abraço da minha irmã caçula.

- Estamos juntos, Chris! - Ela disse tentando se sustentar nas pontas dos pés. - Tudo vai dar certo, você vai ver. Logo ela vai voltar para nós... Para você. - Anahí falou enquanto se soltava do abraço e segurava meu rosto, eu assenti. - Vem, vamos entrar.

Nós nos acomodamos na sala, que estava cheia de papéis e notebooks espalhados.

- Não parou? - Ela negou com a cabeça. - Só piorou depois do flagra dela né?

- Ela pintou o cabelo de vermelho de novo Chris, da primeira vez que isso aconteceu, foi porque ela queria mostrar que estava tudo bem com ela...

- E não estava. - Any concordou.

- Eu sei que não sou e não fui a melhor amiga da Dul, mas a gente se conhece faz anos, tem algo muito errado ali. - Eu revirei os olhos e Anahí, fez careta. - Eu sei que é óbvio, mas... A! Chris, achei um pouco mais de coisinhas. - Any disse sorridente.

- Tipo? - Arqueei a sobrancelha.

- Maite e Christian voltaram a conversar com o advogado do tal Velasco... Dessa vez o dinheiro vai fazê-lo ficar em silêncio. - Seu tom era apreensivo.

- Pelo menos esperamos isso. - Falei sem vontade.

- Nem papai cobriria aquela quantia. - Concordei com a cabeça fazendo cara de dor. - Enfim, não citaram você, mas ele comentou sobre Cláudio ter contratado ele e caso perguntassem, falasse que tinha vindo de você. - Fechei os olhos e respirei fundo. - O cliente dele foi preso por estupro por conta de uma das meninas que trabalham na... casa - Senti na hora meu estomago revirar. - É, pesado. - Ela respirou fundo. - As menores são as empregadas, são criadas para num futuro, já maiores se sujeitarem a qualquer coisa, enfim... Não quero falar disso, mesmo sendo necessário porque são os crimes de Víctor e Cláudio.

- Exatamente. - Entrelacei minhas mãos e as apoiei nas minhas pernas. - Algo mais? 

- Pesquisando em tudo aqui, Víctor deu uma brecha... - O sorriso voltou para o rosto de Anahí. - Ele fez uma retirada do exato valor que o advogado recebeu, foi um erro muito...

- Juvenil. - Ela concordou. - Só não temos para onde esse dinheiro foi, então estaca zero. - Falei em um tom óbvio.

- Assim você me magoa irmãozinho. - Anahí colocou a mão no peito fingindo se sentir ofendida. - Digamos que eu sei procurar laranjas que receberam essa quantia no meio tempo...

- E você achou isso no nome de quem? - Perguntei aflito.

- Vamos apenas esperar a Maite, Christian e Poncho chegarem, a noticia vem com meu noivinho genial! 

- Eu quero um uísque!

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N/A: hellooooooooooo

Anahí gênia, Christopher na fossa...

O que mais nos espera?

Comentem, votem e eu volto!

beijinhosssssssssss :*

Nada Convencional: A Última Torre.Onde histórias criam vida. Descubra agora