Arista Malfoy - | First Book |

𝒸𝒽𝒶𝓅𝓉𝑒𝓇 𝓈𝑒𝓋𝑒𝓃

A sala de Estudo dos Trouxas era a sala de aula mais curiosa que Arista já vira.

As carteiras tinham um formato diferente e não eram separadas em duplas, na verdade cada um possuía sua própria mesa. Ao redor do aposento também havia objetos curiosos, pendurados na parede, em cima de prateleiras, por todo o lado.

Isso a deixou extremamente animada.

Não tinham muitos alunos lá dentro, visto que os estudantes da Grifinória deveriam dividir a aula com os da Sonserina. Arista sabia que a maioria de seus colegas de casa estavam na aula de Adivinhação, e os de Sonserina não pareciam ter muito interesse naquela classe.

Ansiosa para descobrir o que eram todas aquelas coisas esquisitas espalhadas pela sala e entender mais sobre a cultura trouxa, Arista acomodou-se em uma das primeiras carteiras, trocando sorrisos com a professora que ainda esperava todos os alunos entrarem na sala para se apresentar.

Arista observou a mulher com curiosidade enquanto ela arrumava seus pertences em uma grande mesa que ficava no canto da sala. A bruxa era loira e usava vestes diferentes de todos os outros professores, provavelmente eram vestes completamente trouxas.

Por um momento, a Malfoy desejou poder se vestir como ela e perambular pelo castelo.

- Bom dia, querida. - Arista ouviu uma voz rouca no pé de seu ouvido, e virou-se imediatamente.

- Nott! - sibilou ela.

Theodore estava sentado na carteira logo atrás da Malfoy, sorrindo com escárnio para ela enquanto apoiava as duas mãos atrás da cabeça. Ele parecia se divertir com a forma que o rosto de Arista ficava vermelho de raiva só de vê-lo ali.

- O que você está fazendo aqui, praga? - perguntou ela entredentes, se segurando para não gritar com o garoto.

- O que mais eu estaria fazendo? Vim entender mais sobre...- Theodore fez uma careta - Trouxas.

- Vá embora agora mesmo. - naquele momento, tudo o que Arista mais queria era empurrá-lo porta afora.

- E perder a oportunidade de passar um tempo com você, minha querida? Acho que não. - ele aproximou-se para sussurrar de novo, e Arista empurrou o cotovelo no peito dele com força.

Theodore gemeu de dor, mas em seguida soltou uma risada divertida, voltando a relaxar em sua carteira como se fosse o dono do lugar.

Aquilo só podia ser algum tipo de tortura. Vai ver, Lúcio Malfoy resolveu deixar Arista louca de uma vez e estava pagando Theodore Nott para fazer o serviço. Não existia outra explicação para aquela praga estar na sua aula de Estudo dos Trouxas.

- Como você sabia que eu ia cursar essa aula? - perguntou Arista de repente, usando seu tom mais ameaçador ao se virar para o sonserino, que ainda ria debochado.

- Seu irmão deixou escapar em algum momento durante as férias, não precisei me esforçar muito para trocar meu horário. - contou ele.

Draco era mesmo um asno.

- E por que diabretes você fez isso, sua praga?

- Bom, seus pais e meu pai me impuseram a terrível missão de amansar você. - contou Theodore com uma calma surpreendente e irritante, olhando para o teto como se estivesse pensando. - Você ouviu no jantar, não ouviu? Nós dois devemos nos ca...

Arista praticamente saltou por cima da carteira de Nott, tapando a boca dele com as mãos. O garoto caiu na gargalhada, e a vontade de esganá-lo apenas aumentava.