XIX
A carruagem se afastava lentamente, dentro dela o Visconde passava o indicador pelos lábios, a imagem do padre ainda fresca na memória. Um sorriso ladino surgindo nos lábios, quando saira de casa mais cedo, esperava ver uma cópia do antigo reverendo e não alguém tão jovem e belo. Não podia julgar o jovem senhor Park, que deixara tão explícito para si que estava atraído pelo mesmo. Se ao menos soubesse algo sobre a índole daquele padre poderia tirar algum proveito como havia feito com Solomon, a diferença era que, com o jovem padre seus planos seriam mais prazerosos, faria questão de tomá-lo para si. Mordeu o lábio inferior ao lembrar do perfume que aquela pele exalava e aquela boca, Ah, como desejaria prová-lá , levou a mão livre em direção a virilha, se ao menos fosse um ser da noite, faria questão de caçar aquele padre e roubar-lhe toda a inocência.
Suspirou frustrado, seus pensamentos indecorosos lhe renderam uma maldita ereção, estava na hora de mandar chamar Sungwoon, ao menos tinha ele, por hora bastaria. Assim que chegasse em casa ordenaria que buscassem o loiro no bordel, já estava com saudade do mesmo. Além de que tinha assuntos para tratar com ele, precisava se colocar por dentro do que aconteceu durante sua ausência,e depois repassar para o folgado que estava hospedado em sua casa.Quando recebeu a mensagem que deveria retornar para Vila, não achava que teria um companheiro de viagem nem que o mesmo ficaria em sua casa. Entretanto, apenas acatou o que lhe fora ordenado a fazer, mesmo que tal ordem não lhe agradasse, pois sabia que Lord Kim não estava de bom humor, haviam chegado perto porém, no último momento, a pista que tinha esfriou o que apenas contribuiu para o humor do Duque piorar, se é que alguma vez esteve bom.
A carruagem parou e logo a porta foi aberta, Hyun desceu virou-se para o cavaleriço.
— Vá até o bordel e me traga Sungwoon, não demore. Odeio esperar. – Proferiu virando e subindo os degraus que levavam até a porta, esta que sem demora foi aberta pela governanta.
Os empregados do Visconde sabiam que o mesmo detestava ter que esperar ou bater à porta, por isso sempre que ele saia,um serviçal ficava de vigia para evitar despertar a ira do loiro. Temiam as punições deferidas pelo seu senhor, sua fama na vila não fora conquistada sem motivos.
— Voltaste cedo. - Ouviu a voz irritante de seu hóspede proferir. — Não encontrastes o padre?
— Pelo contrário meu caro, o conheci e devo dizer, só preciso encontrar sua fraqueza e o terei em minhas mãos. – Falou indo até a mesa de bebidas e servindo-se de um pouco de licor.
— Como tens certeza que esse tem alguma?
— Todos têm, meu caro. Todos os membros do clero escondem alguma sujeira por detrás de máscaras bondosas. A própria Igreja esconde sua sujeira, sabes bem do que falo.
— Oh, certamente que sei. Mas me diga, como descobrirá o que este esconde?
— Tenho olhos por toda essa vila e fora dela, agora mesmo mandei chamar minha cadelinha mais fiel.
Viu o moreno rir. — Creio que desejaras privacidade. Bom, disseste me que há um bordel na vila, não? Irei até lá.
— Não acredito que esteja aberto a essa hora.
— Terão que abrir para mim. - Viu o outro proferir antes de sair da sala e desaparecendo de suas vistas.
Virou o líquido que tinha no copo e ordenou a um criado que preparasse seu banho.
✤
Sungwoon foi acordado as pressas por Jennie, lhe informando que o Visconde havia chegado e desejava vê-lo. Não demorou em sair da cama, tomou um banho e se arrumou rapidamente. Agora dentro da carruagem que o levava até a presença do mesmo, pensava em como a sorte lhe sorria, não precisaria esperar muito para colocar aquele maldito padre no lugar, quem sabe o Visconde daria um jeito de sumir com o mesmo dali como fizera com o antigo reverendo.
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Bloody Sins 🍒Jikook🍒
Vampiros||•🍷•Concluída•🍒•|| Até onde um voto celibatário pode proteger uma alma ou até mesmo o próprio corpo? Padre Jeon fez seu juramento, levar o perdão e a palavra do amor de Deus a toda alma viva, jamais julgar ou condenar os filhos do pai ,tentar lh...