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Não era verdade. Não pode ser. Amanda não poderia estar morta. Poderia?
Fazendo um pouco de conta, fazia cerca de um ano e meio desde que ela desapareceu. Portanto, era possível que ela pudesse ter morrido nos túneis. Sem comida ou água por um ano pode fazer muito por uma pessoa.
Amanda largou o panfleto e deu um passo para trás tentando entender o que acabara de ler. Lágrimas brotaram de seus olhos enquanto ela saia correndo da loja.
A garota chorou e chorou mais um pouco, em nenhum momento segurando os soluços porque nessa vez ela não podia se proibir de sentir. Seu pai dizia a ela que chorar não levaria a lugar nenhum e ela não conseguiria nada com isso quando machucou o joelho depois de cair da bicicleta quando tinha sete anos.
Ela teve que conter as lágrimas quando ele aplicou o álcool para evitar que a ferida piorasse. Foi uma lição difícil, mas foi uma lição aprendida porque ela se recusou a chorar a partir daquele momento. Ela nem mesmo chorou quando seu pai se foi porque ela sabia que não era o que ele gostaria. Amanda ligou a "estática" em sua cabeça e implorou.
— Alguém, por favor! Se você pode me ouvir, meu nome é Amanda Schwartz e eu preciso de ajuda.
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As pessoas diziam que uma vez era por incidente, duas era coincidência e três era um padrão. Então, quando Will ouviu a mensagem estática em sua cabeça pela terceira vez naquele dia, ele pegou seu rádio, foi direto para o banheiro e o ligou em um canal vazio.
— Olá? — Ele perguntou, e então soltou o botão para deixar a estática continuar. — Você pode me ouvir?
— Olá? — A voz urgente, porém trêmula, perguntou em troca. — Quem é?
— Will. Will Byers. Quem é você? — Houve silêncio e então a voz falou, um pouco sufocada.
— Eu sei que você não vai acreditar em mim, mas preciso que saiba que sou Amanda. Amanda Schwartz. Mandy para os mais próximos, mas você não precisava saber disso. Eu vou, ou melhor, fui para Hawkins Middle School.
