𝐈𝐅 𝐘𝐎𝐔 𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐒𝐎𝐌𝐄𝐎𝐍𝐄...

4.3K 597 178
                                    

28 DE JUNHO DE 19851 ANO, 7 MESES E 23 DIAS DEPOIS

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

28 DE JUNHO DE 1985
1 ANO, 7 MESES E 23 DIAS DEPOIS...

A cidade de Hawkins era agora uma cidade fantasma, tudo graças à abertura do novo Starcourt Mall que levava todos os clientes de Hawkins para si. Estava tão vazio que não seria surpresa para ninguém ver uma erva daninha rolando pelas ruas desertas.

Era difícil para as pessoas que trabalhavam nos pequenos comércios em Hawkins conseguirem lucros porque o novo shopping estava levando tudo embora. No geral, os negócios estavam lentos, desanimadores e enfadonhos.

Linda Schwartz era costureira de ombreiras em uma pequena loja de tecidos chamada Padded!. Ninguém entrava na loja por causa do novíssimo Hess's no shopping. O vazio em toda a cidade deu-lhe mais tempo para pensar e todo aquele pensamento excessivo a levou a se lembrar de sua filha.

Fazia um ano que Amanda tinha desaparecido e seu memorial havia acontecido (foi realizado no dia de seu aniversário para homenageá-la). Alguns dos alunos de sua aula de Ciências foram apresentar suas condolências a Linda, sendo Will Byers um deles. Ele disse que sabia como era estar em um lugar escuro, frio e sombrio como aquele porque, literalmente, esteve em um local assim. Às vezes, ele sentia que ainda estava lá. Os médicos que fizeram testes nele disseram que era algo chamado "Transtorno de Estresse Pós-traumático", ou TEPT, para abreviar.

O termo ainda era relativamente novo e os sintomas ainda estavam sendo pesquisados ​​e descobertos. Will era o principal paciente quando se tratava dessas coisas, pois ele tinha a maioria dos sintomas que eram estudados. Então ele entendia como era.

Linda também falava com Joyce sobre isso de vez em quando, de mãe para mãe. Joyce contou a ela tudo sobre o pânico que sentiu por perder Will para um... monstro que o fez entrar no mundo dele. Foi de partir o coração ver seu filho (não tão pequeno naquele exato momento, porque ele era mais alto que ela agora) encharcado de suor e chorando no meio da noite por causa de um pesadelo que teve.

Ela entendia como era.

Hopper deu as caras um pouco mais tarde, abrindo-se para Linda sobre sua falecida filha Sara, que havia falecido de câncer. Ele disse que ficou um caco quando soube da notícia, e foi isso que o fez desmoronar de pouco a pouco, bebendo as alturas para inibir sua dor e se divorciando de sua agora ex esposa. Era um vazio que ele nunca poderia preencher, mesmo com El por perto, que era uma grande melhoria em sua vida.

Ele entendia como era também.

Foi bom para Linda ter algum tipo de suporte. Ela não saberia o que faria sem eles. Ela provavelmente não estaria aqui, se fosse honesta.

Foi difícil para ela quando o pai de Amanda foi embora, então ela teve que criar Amanda sozinha. Mas agora que a garota se foi, Linda não sabia o que fazer. A mulher não era realmente o tipo de pessoa que se afogava em sua dor com vinho, então ela limpava a casa excessivamente, esfregando até a mais ínfima sujeira e imperfeições. Ajudou um pouco porque a manteu distraída, mas quando ela terminava, todos os seus pensamentos se voltavam para sua pequena novamente.

Seu trabalho era bom o suficiente para lhe dar um tempo de folga para o luto, mas Linda se recusou porque a folga só pioraria as coisas e ela precisava se distrair. Em pouco tempo, a mulher conseguiu superar os cinco estágios da depressão e deixar de pensar em sua filha, não importa o quanto doesse.

Agora ela estava sentada em um banquinho atrás do balcão do Padded!, um pouco entediada com o trabalho lento.

∆×∆

Em um túnel longo e sinuoso, havia algo quebrando e rasgando as vinhas mortas... eram mãos. As mãos se puxaram para fora e removeram o que parecia ser uma espécie de tubo de alimentação de sua boca. Tossindo e cuspindo, o que parecia ser uma pessoa se levantou, limpou a poeira e olhou em volta procurando por uma saída.

Ela sabia que a única saída era tentar tirar o máximo de vinhas do caminho da parede do túnel, mas não havia como. A única maneira era escalar.

Em seguida, ouviu-se uma espécie de som estático, o tipo de som que se ouve quando muda de estação no rádio ou canal na TV. A cabeça coberta de goma se virou para a direção do som, mas logo percebeu que o barulho vinha de dentro de sua cabeça. Se fosse realmente o que pensava, a pessoa poderia enviar uma mensagem para quem estivesse ouvindo.

O alguém "mudou" a estação dentro de sua cabeça para uma que não tivesse vozes, somente o chiado, então seus olhos se fecharam e se concentraram na estática.

- Olá? Meu nome é Amanda Schwartz. Se você pode me ouvir, estou presa em um túnel e preciso de ajuda. Repito: meu nome é Amanda Schwartz. Se você pode me ouvir, estou presa em um túnel e eu preciso de ajuda.

✓ | 𝐀𝐒 𝐀𝐁𝐎𝐕𝐄, 𝐒𝐎 𝐁𝐄𝐋𝐎𝐖, 𝘴𝘵𝘳𝘢𝘯𝘨𝘦𝘳 𝘵𝘩𝘪𝘯𝘨𝘴Onde histórias criam vida. Descubra agora