Brooklyn, New York.
Nicola POV
- Olha só quem chegou! – Luana gritou ao abrir a porta.
- Nic?! – ouvi a voz de Sabrina vindo do interior do apartamento.
A ruiva me puxou para um abraço.
- Oi Lua. Tava com saudade. – nos separamos e eu entrei enquanto ela fechava a porta.
- Então somos duas, meu amor.
- Nic! Cozinha! – Sabrina gritou.
Luana passou a mão pelo meu ombro e fomos para o outro cômodo. Sá estava preparando um drink para a gente.
- Drink em plena terça à noite? – sentei na cadeira que compunha a mesa redonda.
- Sua amiga aí que pediu! – apontou para a dona da casa.
- O ritual ainda é o mesmo?
- Sim! – respondeu Lua batendo palminhas frenéticas na frente do rosto. – Fiquem aqui que eu volto agora. – e saiu correndo dali.
Tomávamos drinks para nos soltar e comemorar e vinho para desabafar e relaxar a mente e o corpo. Quando olhei para a que ficou comigo, com uma interrogação no rosto, ela só levantou os ombros.
- Estou tão por fora quanto você. – virou um pouco o corpo e acenou com a mão em rendição. Voltou sua atenção para os copos na bancada.
- All the single ladies? – Luana apareceu na entrada da cozinha com as mãos na cintura. – Não eu! – e jogou a mão direita na frente do rosto, exibindo um lindo anel solitário.
- Como assim? – Sá parou o que estava fazendo e foi na direção da ruiva.
- Sua amiga está comprometida! – sua risada transbordava felicidade.
- Gente, como assim? – repeti a pergunta e levantei da cadeira.
- Quero meu drink primeiro pra contar todos os detalhes.
- Chantagista! – foi até a bancada e pegou o copo, entregando para ela e depois o meu. Fomos todas para a sala.
- Despeja. – ordenei quando estávamos sentadas no tapete na frente do sofá.
Ela levou o copo até a boca e sorveu um pouco da bebida, com um sorrisinho debochado.
- Para com isso, Luana! – Sabrina já estava ficando irritada.
- Dylan, o nome dele é Dylan. Já tem uns quatro meses que comecei a ficar com ele, e ontem fui surpreendida com o pedido de namoro.
- E como você conheceu ele? – perguntei e só então bebi. – Nossa, isso tá gostoso demais, amiga! – olhei para a morena.
- De nada. – dei uma risadinha.
- Sim, meu primeiro contato com o Dy foi o máximo. – riu lembrando. – Eu estava na casa de xerox e precisava de 1 dólar. Ele tava lá e simplesmente enfiou a mão no bolso da calça e me deu. Eu disse que não precisava e todo aquele drama, daí ele disse que se eu quisesse pagar era só passar meu número pra ele.
- Meu Deus, que investida maravilhosa! – falei rindo.
- Homem esperto! – a outra completou.
- Ai, meu homem é tudo. – Luana olhou pra cima viajando em suas lembranças.
Ela continuou contando os detalhes do primeiro encontro, do primeiro beijo e da primeira noite juntos. Essa última não foi tão detalhada, a pedidos da morena.
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Nicola (HIATUS PARA EDIÇÃO)
RandomAté que ponto um homem luta pelo direito de amar? Até que ponto uma mulher suporta a dor da omissão? Nicola não acredita no mesmo que eles. Mas terá de acreditar para manter-se viva dentro de si.