Julie está com sua banda no auge. Como já era previsto, o show no Orpheum foi o maior sucesso, fazendo com que o nome "Julie and the phantoms" fosse conhecido tanto dentro, quanto fora de Los Angeles, trazendo finalmente o sucesso que eles tanto alm...
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Se eu estava chateado pelo que eu vi na escola? Com certeza. Não quis ficar pra ver o final da cena e preferia não saber o que aconteceu.
Eu só pensei e sumi, mas meus pensamentos me trouxeram para o quarto da Julie, o que chega ser ironicamente engraçado.
O perfume dela está em todos os lugares, eu não tinha a intenção de ficar ali muito tempo, mas acordar com ela mexendo no meu cabelo foi uma das sensações mais gostosas que eu já senti, principalmente ao vê-la corada novamente, acho que eu nunca vou me acostumar com essa visão!
Eu não fazia idéia de que ela visitava os meus pais, sendo que eu mesmo não faço isso há dias, mas de certa forma, saber que ela mantém contato com eles me deixa muito feliz, ela é como a ponte que me liga à eles de novo e com ela eu sei que eles podem contar sempre.
Mas sensação nenhuma se compara a que eu estou sentindo agora, eu tinha a total certeza, absoluta, que assim como eu, ela também quer isso, ela quer estar comigo assim como eu quero estar com ela, nossa conexão vai além da música, vai além do fato de ambos sabermos como é sentir falta de alguém que amamos.
A conexão... O sentimento que eu sinto pela Julie é diferente de qualquer coisa que já senti antes por qualquer pessoa, ela me faz alguém melhor e eu nem sabia que era possível sentir isso, considerando que estou morto.
Estávamos tão próximos um do outro que eu quase podia sentir meu coração batendo junto com o dela, minha testa encostada na dela, nossa respiração se misturando.... E tudo ficou escuro.
— Olá, Luke! — A voz ecoou pela sala escura enquanto eu tentava entender o que estava acontecendo e onde eu estava. — Não parece surpreso em me ver.
— Eu não estou te vendo, talvez seja por isso. — Foi impossível controlar a ironia, eu sabia que ele apareceria uma hora ou outra.
— Quanta hostilidade... — Aquela frase me causou arrepios e uma sensação horrível de nostalgia. — Vou ajuda-lo a enxergar melhor!
As luzes se acenderam e estávamos no Orpheum, por que estávamos no Orpheum? Olhei por todo o local vazio e me virei dando de cara com o Caleb sentado em uma mesa na área VIP naquela pose de Barbie dele.
— Ah, agora estou te vendo... E ainda não estou surpreso! O que estamos fazendo aqui e por que me trouxe aqui?
Ele fez um sinal de silêncio pra mim e indicou para eu olhar para o palco novamente.
O som do amplificador ecoou pelo salão seguido pelo som da guitarra sendo conectada... Isso era....
— UM... DOIS... TRÊS.... QUATRO....
A voz do Alex se sobressaiu entre os sons das baquetas. Quando me virei, estávamos lá, nós quatro, detonando no palco antes da apresentação que seria nosso passaporte para o sucesso.
