Julie está com sua banda no auge. Como já era previsto, o show no Orpheum foi o maior sucesso, fazendo com que o nome "Julie and the phantoms" fosse conhecido tanto dentro, quanto fora de Los Angeles, trazendo finalmente o sucesso que eles tanto alm...
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— JULES... — O grito atravessou a porta do quarto que nem parecia que estava fechada, meu olhos relutantes, não queriam se abrir, cobri cabeça com a coberta e coloquei o travesseiro em cima para abafar o som, quem sabe assim eu conseguiria pelo menos mais cinco minutos — Garota, você vai se atrasar para a aula, levanta dessa cama sua lerda. — Cobrir a cabeça foi com certeza quase tão inútil quanto minhas tentativas de ignorar o Luke; uma total perda de tempo, já que e questão de segundos, a coberta foi puxada.
— Só mais cinco minutos, Flynn. — Insisti na tentativa de convence-la a me deixar dormir só mais um pouquinho, eu realmente estava cansada.
— Nem cinco, nem um. Temos um teste de Álgebra hoje e sabe que seu pai vai te obrigar a sair da banda se perder outro teste, ou ja se esqueceu o que aconteceu da última vez?
— Porque você não me acordou.... — Eu mal tive tempo de terminar a frase quando senti uma travesseirada nas minhas costas
— E acha que estou aqui pra que? Anda, levanta!
— Ta, já vou descer. Vou me arrumar!
Bufei de raiva, odeio quando ela tem razão sobre coisas tão óbvias, talvez ela estivesse tentando se redimir? Talvez. Ninguém manda ser um pessoa tão "LITERAL",como ela mesma diz. Mesmo sem olha-la diretamente, sabia que estava rindo da situação, temos uma ligação tão intensa que é possível saber o que uma sente antes mesmo que a outra diga, e eu adoro isso. A porta se fecha e eu suspiro profundamente praticamente me arrastando para levantar.
Estava preocupada com esse teste, eu não havia estudado, estava tão ocupada com as coisas da banda, minha vida estava tão confusa e tão corrida nos últimos dias que estava tudo uma enorme loucura, eu tinha que lidar com tudo praticamente sozinha, ou quase sozinha, mas uma coisa que eu tento fazer sempre, desde a apresentação do Orpheum é conversar com a minha mãe. Desde aquela noite eu realmente comecei a achar que minha mãe esta sempre por trás de tudo de bom que acontece na minha vida e tenho certeza que onde quer que ela esteja, ela está olhando por mim.
— Oi mamãe, faz um tempinho que a gente não conversa né, então deixa eu te atualizar de tudo que tem acontecido nos últimos dias. Os meninos e eu recebemos uma ligação da Andi Parker, a empresária da Destiny e ela disse que queria marcar uma reunião com a banda e o papai disse que eu só poderia ir se tirasse uma nota boa nessa prova, nós nem tínhamos mais esperanças de que algum dia ela entraria em contato, mas tinha que ser justo perto de uma prova? Obviamente os meninos e eu ficamos muito empolgados, e o papai e o Carlos felizes por nós. Ele tem perguntado cada vez mais sobre os meninos e eu não sei mais como fugir do assunto, o Carlos descobriu por conta própria, ou quase isso. Na manhã seguinte do Orpheum, o Luke disse que o Carlos desejou "boa sorte" pra eles antes do show, e agora ele praticamente mora na garagem pra tentar ver os meninos, é engraçado, até porque ele mal sabe que os meninos estão lá olhando pra ele, e até respondendo as perguntas que ele faz. E ele tem tido um pequeno interesse em aprender a tocar piano, o Alex disse que viu ele tentando tocar, e isso me fez lembrar quando éramos crianças e ficávamos tocando enquanto ele tentava cantar, talvez a música realmente esteja na família, mesmo que ele seja o "garoto do rap".....
— JULIE....
— Eu tenho que ir agora, se não vou me atrasar mais ainda. Mais tarde termino de te contar as coisas. — Foi o tempo de eu pegar minha mochila —já que estava me trocando enquanto estava falando com a minha mãe— e descer as escadas correndo — To pronta..
— Que bom, porque ainda falta uma hora para nosso horário de sair....
— Espera, o que? Então por que você me acordou falando que eu estou atrasada? — Ok, se ela não fosse minha melhor amiga eu faria ela engolir a tigela de cereal
— Pra você ter tempo de pelo menos tomar um café da manhã antes de sair, sua ingrata! — Isso fazia tanto sentido que a única coisa que eu pude fazer foi sorrir
— O que eu faria sem você?!
— Iria de mal a pior! — Ela disse piscando sutilmente o olho esquerdo enquanto me entregava a outra tigela. A Flynn sempre teve um jeito diferente de fazer sentido, e vindo dela, as coisas mais sem sentido, fazem sentido, eu deveria ter imaginado que teria algo por trás de toda essa pressa toda pra me fazer levantar, e eu preciso dizer que foi genial, as palavras não precisavam ser ditas, ela sabia que eu estava grata por ela ter me acordado. — Notícias dos Fantasmas? — A pergunta soou mais como um sussurro entre olhares ao redor para garantir que ninguém estava perto, o que me fez pensar onde está o papai e o Carlos?
— Ainda não. Eles estavam tentando descobrir onde o Caleb está. O Luke acha que pode bancar uma de Sherlock Holmes e encontrar o Caleb antes que ele apronte mais alguma coisa, mas as vezes eu sinto que eles estão escondendo algo de mim.
— Por que eles esconderiam algo de você?
— Essa é uma ótima pergunta! Sempre que eu pergunto, eles mudam de assunto, ou simplesmente somem.
— Com certeza sutileza não é o forte deles!
— Eu acho que eles nem conhecem essa palavra.
— Mas se eles estão escondendo algo, o que seria?
— Não sei, da última vez que eles tentaram esconder algo de mim, era sobre eles estarem "morrendo", depois disso tenho até medo de descobrir se eles estão ou não escondendo alguma coisa, porque se eles realmente estiverem, não deve ser algo bom....
Trilha sonora: Artista: Luke Combs Música: Beautiful Crazy
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