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Daniele
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- Você já namorou meninas mais velhas? - perguntei.

- Nossa! Idosa! - brincou. - temos uma diferença bem pequena.

Nós rimos.

Eu e Tuller já estávamos conversando a um bom tempo na rede próximo a tenda da festa. Eu estava deitada no braço dele e ele fazendo carinho no meu cabelo. Ele era inteligente e muito gentil, fora que segundo ele não havia namorado muitas meninas mesmo sendo jogado de futebol.

- Evitaria um beijo nosso? - ele perguntou de supetão e eu mal raciocinei.

- Hã? Como assim?

O jogador riu de lado.

- Se eu te beijasse agora, você deixaria ou pararia? - ele se aproximou do meu rosto e nossas respirações se misturaram.

Pisquei algumas vezes pra ver se era sonho, ou se realmente aquele homem maravilhoso estava a um passo de me beijar. Nosso beijo se encaixou como uma luva. Sua boca era macia e por mais álcool que ele tenha ingerido naquela noite, seu hálito era suave e mentolado. Depois que dei espaço para sua língua, o beijo se tornou mais quente e foi buscando o desejo de estarmos mais próximos. Tuller colocou sua mão em minha cintura e depois desceu até minha coxa. Já eu, coloquei minha mão direito em seu rosto e depois subi para seu cabelo. Ele me puxou pra mais próximo e colou nossos corpos. Eu estava em febre, meu coração batia rápido e acompanhava o dele em batimentos descompassados.

Um pigarro me fez dar um pulo na rede. Tuller puxou a almofada para seu short na tentativa de esconder sua ereção.

- é... Foi não atrapalhar... - Bruno Henrique nós interrompeu. - Mas Dani, preciso falar com você...

- Tá. - me recompôs e levantei da rede indo até um pouco mais a frente com Bruno.

- Mano, a Marília tá muito bêbada, o Everton tá cuidando dela lá em cima, fora os outros que também passaram da conta na bebida. O Gabriel encheu a cara, ficou com ciúme de você e saiu de carro. - ele parecia super preocupada com o amigo. - Por favor, sei que você não tem a obrigação, mas ele não pode sair por aí assim. A única pessoa que pode parar ele é você. - Bruno me olhou como se eu fosse sua única esperança.

Hesitei por um momento e respirei fundo.

- Ok. - concordei em ajudar. Eu não queria que no final ainda dissessem que a culpa foi minha. Nunca perdoaria se acontecesse algo com ele. Então, voltei até a rede e comuniquei Tuller.

- Você não precisa fazer isso, ele não merece. - ele estava certo, mas era o certo a se fazer.

- Eu sei Tuller, mas eu nao quero me sentir responsável por algo que pude evitar. - sai dali sem ter reposta. Ele não gostou. Mas eu não posso ir contra meus princípios por causa de macho nenhum.

Corri até o estacionamento e senti um alívio quando vi o carro do Gabriel ainda estacionado. Me aproximei do vidro e ele estava com a cabeça abaixada no volante. Bati na porta e ele m se quer se mexeu, então, abri a porta.

- Gabriel? - toquei sei braço.

- Daniele? - perguntou com a voz falhada. - última pessoa que eu esperava ver.

- não se empolgue, não estou aqui por 100% da minha vontade. - ironizei. - vem, vamos voltar pra mansão.

- Não...- fez manha. - Quero ir pra minha casa. - ele estava com o total de zero condições de fazer qualquer coisa.

- Você não pode sair assim. Pode sofrer um acidente, por favor...

Hesitou.

Deus, me perdoe mas não tive escolha. Além do mais, ele é o pai mesmo.

- Por nós. - coloquei a mão na minha barriga.

Gabriel retirou a chave da ignição e colocou na minha mão. Desceu do carro e me seguiu até a mansão.

- Você consegue tomar um banho? Precisa se gelado.

Ele concordou com a cabeça.

Abrir a porta para sair.

- Daniele?

- hum?

- Pode ficar aqui? Eu queria ficar mais próximo de vocês dois.

E eu me amoleci toda. Era só pra não deixar aquele otario fazer merda. E agora vou dormir com ele.

- Tudo bem, tô te esperando sair do banho. - voltei me sentei na cama.

É você - GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora