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Danielle

Eu parecia uma estátua.

- Danielle? - ele sacodiu a mão na frente do meu rosto.

Dispertei do choque e olhei para ele.

- E você queria o que? Que eu ficasse e fizesse café da manhã pra você? - cruzei os braços.

- Eu não perguntei isso. Só estou curioso pra saber porque motivo saiu correndo naquele dia.

- Acho que sua reputação responde a pergunta.

- Tudo bem. Eu reconheço isso. Mas não quero que ache que sou um babaca. Tem muito tempo que não faço isso...

- Olha Gabriel, estávamos bêbados, gente bêbada comete erros terríveis. - dei de ombros. - Vamos apenas esquecer?

- Você que sabe. Obrigada pela consulta, até amanhã. - ele saiu.

Soltei todo o ar que nem mesmo eu sabia que estava prendendo todo esse tempo.

Atendi a todos os outros. Estava me arrumando pra sair quando recebi uma mensagem. Marília me chamou para um churrasco na casa dela agora a tarde. Guardei minhas coisas e sai. Chegando lá, alguns dos meninos já estavam na piscina.

- Fala Dra. Aceita uma? - Rafinha apontou para a garrafa de Budweiser.

- Claro! Mas não precisa me chamar de Dra fora do CT. Apenas Dani.

- Ah, já gostei dela, simpática e adora uma cerveja. - disse Gerson.

Todos rimos.

A campainha tocou e antes que atendesse, fui até o andar de cima me encontra no com Marília.

- Ei. - Chamei pela brecha. Mari estava colocando um biquíni.

- Até que enfim. Amarra aqui. - ela virou.

- Por que não me disse pra eu passar em casa e pegar meu maiô? - perguntei enquanto amarrava.

- Maio? - ela gargalhou. Quantos anos você tem? 60?

- Fica quieta!

Ela foi até o armário e tirou dois biquínis.

- Aqui. ,- jogou na cama. - não uso a anos, vai ficar lindos em você.

Hesitei. Mas vesti.

- Nossa!!! Agora vamos descer.

Descemos até a área da piscina. Adivinhem quem havia chegado??? Ele mesmo, Gabriel.

Gabriel

- Agora me fala, seu filha da mãe! Porque não me disse??? - perguntei para Everton.

- E estragar a surpresa? - ele sorriu. - Pelo menos agora, não precisa mais ficar me infernizando pedindo o número dela. - ele terminou de se vestir e pegou suas chaves.

Bufei.

- Você é um cuzão mesmo. Mas para sua alegria ela prefere esquecer o que aconteceu.

- Para sua tristeza. - gargalhou. - Enfim, vai fazer o que depois daqui? Vai ter churras lá em casa.

- Talvez eu apareça. - torci o lábio. - ela vai?

- Ih, tá apaixonado jogador? E sim, Marília deve ter chamado ela.

Revirei os olhos.

Peguei minhas chaves e fui até meu apartamento. Tomei um banho rápido e vesti uma roupa. Coloquei um perfume e sai.

Chegando na casa dos Ribeiro, eu já tinha visto o carro da Danielle estacionado. Era um eco sport vermelho, o mesmo que vi ela saindo do CT. Estacionei, e sai do carro indo em direção a porta. Toquei a campainha.

- O cachorrão chegou!! - Gerson abriu a porta. Demos um toque e eu entrei.

- Pega! - Diego jogou uma garrafa de Bud pra mim.

Começamos a jogar conversa fora, até Marília descer junto com Danielle. E eu pensando que não tinha como ela ficar mais bonita. Ela como sempre, nem olhou para onde eu estava. Apenas pegou outra cerveja e entrou na piscina com a Marília.

- Ou malucão! Fecha a boca! - Gerson deu um tapa no meu queixo.

- Vai se foder. - mostrei o dedo.

- Por que não dá um toque nela? - perguntou Rafinha

- Ele já fez até mais do que isso caro amigo. - Everton soltou.

- Mesmo assim ela tá te esnobando? - Diego soltou uma gargalhada.

- Tô fudido mesmo. - murmurei.

É você - GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora