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Gabriel

- O que aconteceu dessa vez? - Everton perguntou. Estávamos na arquibancada.

- Minha cara está tão explícita desse jeito?

- Bastante. - ele riu. - Conta, o que houve?

- Daniele. - ele revirou os olhos. - Ela me perguntou se eu gostava dela.

- Aí você respondeu que gostava, ela fingiu não acreditar e agora está se fazendo de difícil. - ele riu pelo nariz. - seja bem vindo ao mundo feminino meu amigo. - deu depois tapas nas minhas costas.

- Não foi isso. - avancei a cabeça.

- Ué, então o que você respondeu?

- Eu não respondi nada. - olhei para meu amigo boquiaberto.

- Você fez o que?! - ele arregalou os olhos. - Cara, você não é bem da cabeça.

- Ela me pegou de surpresa, eu não esperava por isso. - olhei para o campo. - Everton, meu último relacionamento foi fake, foi sufocante, foi...- suspirei. - Na hora eu não soube lidar com a situação.

- Eu te entendo. Mas com essa aproximação de vocês, o menino que ela esperava ouvir e que você gosta dela. - ele tinha razão.

- E agora?

- Agora que você sabe que o que ela estava esperando era um "gosto de você" tá na hora de você pensar sobre isso. - ele virou pra frente. - Todos nós somos casados, com filhos... Mas um dia passamos por algo parecido. Sentimento é algo extremamente importante, inclusive para as mulheres. - ele me olhou. - Diz pra mim, aqui agora. Você gosta dela?

- Se eu gosto dela? - ri pelo nariz. - Everton, depois que ela apareceu na minha vida. Eu só penso nela, quase enlouqueci quando ela se afastou de mim e tenho pavor que isso aconteça de novo. Quando eu tô com ela, eu não quero mais sair de perto dela. Eu tô apaixonado.

- nossa cara, da próxima vez me avisa que eu trago um lenço pra eu usar. - ele coçou os olhos.

- Vai se fuder Ribeiro.

Ele riu.

- Tá esperando o que pra ir falar com ela?

- Você acha que devo? Tipo, agora?

- Vai que é tua tafarel! - meu amigo me incentivou. Levantei determinado. Segui até seu consultório e antes que eu abrisse a porta, ouvi uma conversa.

- Daniele, só uma chance. Ele não vai ser capaz de te fazer feliz. Ele nem deve gostar de você.

- Você responde por ele agora?

Tuller riu pelo nariz.

- Ele por acaso já disse que gostava de você?

- eu acho que você está se metendo demais.

- Tuller, me solta!

- Ou! Que porra é essa?! - entrei com tudo na sala. - Tuller, eu vou contar até 2 pra você soltar ela.

- De novo Gabigol? Não cansa de atrapalhar a conversa alheia? 

- Tuller eu te avisei.

Ele riu pelo nariz.

Não vi mais nada. Quando o sangue jorrou do nariz de Tuller, foi quando eu cai na real. Daniele havia saído da sala e a comissão técnica presente naquele dia apareceu como mágica.

[..

Depois do ocorrido no CT eu não vi mais Daniele. Levei um esporro do jesus que prometeu não contar para o presidente do clube sobre o fato.

Hoje era quinta. Dia de vídeo game na casa do Gerson. Mas o Benedito não queria jogar videogame. Ele nos levou até um cassino localizado no porão de um prédio na zona Sul. Estacionamos o carro do lado de fora e todos estávamos só o cagaço menos Gerson que estava super empolgado com a ideia.

- Não parece seguro... - falei.

- Cara, é só um joguinho, depois vamos embora. - insistiu.

- Se eu for preso, a Marília me mata. - Everton choramingou.

Nós entramos. Era tudo meus escuro, mas bem colorido. Lâmpadas de lede enfeitavam todo o local e o barulho dos cassinos ecoa por todo o canto. Eu nunca havia ido a um lugar como esse e sinceramente, parecia divertido. depois de algumas apostas e moedas nas maquininhas eu e Everton estávamos muito empolgado com a quantidade de dinheiros que poderíamos ganhar naquela noite. Gerson estava muito bêbado e cheio de mulher em volta era o que ele mais gostava na vida. Infelizmente fomos do céu ao inferno quando 3 batidas super forte quase derrubaram a porta do mini cassino.

Eu e Everton rapidamente tentamos esconder o dinheiro em algum local seguro da nossa roupa e sair imediatamente do local por outra porta. Gerson que lutasse para sair dali.

- Todos parados, é a polícia!

- Caralho, fudeu.

Fomos detidos.

[...]

- Daniele?

- Gabriel?

- Daniele, eu fui preso.

É você - GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora