Pov Juliette Freire
— E você simplesmente correu? — perguntei sem acreditar que ela fez isso com o Lucas.
— O que mais eu poderia fazer? Talvez ele esteja envolvido com tudo aquilo!
— Agindo estranho desse jeito ele vai desconfiar. — Rafaella falou.
Estávamos no carro voltando da faculdade. Decidimos passar no delivery e pra comprar comida chinesa. Eu queria pizza, mas elas me ganharam em quantidade de votos.
— Disse a rainha dos que sabem disfarçar. — debochei, lembrando que ela correu de Sarah.
— Tanto faz, só sei que vamos acabar com isso hoje. Que horas vamos sair? — Rafaella perguntou.
— Logo depois delas. Vamos seguir elas e ver onde tudo isso vai dar. — respondi — Ei, onde está Thaís? — perguntei sentindo falta da minha irmã mais nova.
— Ela disse que iria dormir na casa de Carla hoje. — Rafaella respondeu.
— Será que Carla também é perigosa? — Gil perguntou assustado.
— Não vimos o carro dela ontem. Mas acho que não, quer dizer, Sarah não levaria ela pra esse tipo de coisa.
— Vamos descobrir tudo isso hoje. — disse firme.
[...]
— Oi filhas, como foi o dia? — minha mãe perguntou assim que entramos em casa.
— Foi legal, trouxemos comida chinesas! — disse animada.
— Oba, sushi! — a voz do meu pai soou animada quando ele apareceu.
— Alejandro isso é comida japonesa! — minha mãe disse rindo, acabamos rindo da cara de decepção do meu pai. — Então, Rafaella, tem falado com o Daniel?— Ahn... não muito. Nossos horários não estão batendo.
— Querida, por que não termina com esse bobo? — meu pai disse me fazendo explodir numa gargalhada.— Pai! — Rafa repreendeu. Eu estava quase com falta de ar de tanto rir e Gilberto não está muito diferente.
— Pai, não ofenda a bobão! — pedi rindo, fazendo todo mundo rir ainda mais. Menos Rafa que fechou a cara pra nós dois.— O que foi? — Ele disse num tom inocente, pra ela. — Bom, foi ótimo ver vocês minhas meninas lindas, mas agora seu velho vai trabalhar. — disse dando um beijo na testa de cada uma é um beijinho na mama. — Ah! Querida, Maria pediu para que eu avisasse pra você dar um pulinho lá. Estou indo. — disse, pegando o jaleco branco e batendo a porta.
Depois de comer toda a comida, ficamos na sala de TV assistindo um filme qualquer.Eu estava trocando mensagens com Bárbara, explicando que não poderia sair com ela hoje, o que ela não gostou nada. É claro que não contei pra ela o que íamos fazer, ela jamais deixaria. Bárbara era super protetora comigo, ela odiava que eu chegasse perto de Sarah, o que eu realmente entendia.
— Já são 22hrs, eu preciso de café pra ficar acordado. — Gilberto disse se levantando.
— Trás pra mim? — pedi fazendo biquinho.
— Pra mim também. — Rafa entrou na onde e fez biquinho junto comigo. Gil bufou revirando os olhos e saiu. — O que acha que vamos encontrar hoje?
— Eu não sei, mas, não vou ficar surpresa se for uma festa cheia de drogados. — respondi.
— Vou ligar pro Caon. Vou pro seu quarto mais tarde. — ela disse saindo.[...]
Quando faltava quinze minutos para dar o horário em que normalmente elas saiam, subi pro meu quarto, onde íamos esperar os Andrades saírem.
Gil e Rafa entraram no quarto e fomos direto pra janela vigiar a casa da frente.
— Não acredito que está com um binóculos! — olhei pra Gil, chocada.
— Bicha, isso é o que os detetives usam. — ele respondeu sem tirar sua atenção da casa da frente. — EI! Estou vendo elas na garagem. MEU DEUS, THAÍS ESTÁ JUNTO COM ELAS! — arregalei os olhos chocada arrancando o binóculos da mão de Gilberto.Vi Thaís entrando saltitante na parte de trás do carro de Sarah, junto com Carla, e logo atrás o carro de Lucas e o de Biaca. Puta merda! O que Thaís estava fazendo la?
— Vamos! — disse correndo pra garagem assim que vi os carros sendo ligados.
Descemos em disparada praticamente pulando dentro do carro. Rafaella arrancou, quase fazendo o carro morrer. Ela era uma péssima motorista. Acelerou o carro seguindo os três carros da frente.
— Um bora mulher, não podemos perder elas de vista! — praticamente gritei.— Alguém está vendo o carro delas? — Perguntou. Deus! Eu estava me sentindo num filme de perseguição.
— Ali o carro da Bianca. — Gil apontou.
— Temos que manter uma distância razoável, não vamos esquecer que eles conhecem nosso carro. — Rafa disse enquanto dirigia pela avenida.
— Elas entraram ali, naquela estradinha de terra! — Gil apontou de novo.
— Não, elas foram pela outra! — eu disse.
— Pelo sangue do cordeiro, pra onde eu vou? — Rafa disse perdida.
— VIRA AQUI, BICHA! — Gilberto gritou me assustando e assustando Rafa que jogo o carro entrando na estradinha. — Viu? Olha o carro delas virando lá na frente. — bufei, voltando a atenção pros carros da frente.
— Vai logo ou vamos perder elas de novo. — eu disse pra Rafa. Quando fizemos a curva logo de cara tinha dois caminhos diferentes e nenhum sinal dos Andrades. — Merda! Eu disse.— Juliette, cala a boca. — Rafaella disse irritada.
— Vamos escolher um caminho. — Gil sugeriu. — Entra nessa da esquerda. Rafaella virou acelerando o carro.
— Acho que não era por aqui. — Rafaella disse alguns minutos depois.
— Jura? Eu percebi isso MEIA HORA ATRÁS! — exclamei irritada — Fala sério estamos perdidas e nunca vamos encontrar eles!
— Eu vou voltar. — Rafa disse já manobrando o carro. Mulesta! Tínhamos perdido a chance de descobrir tudo.
— Ei espera! — Gilberto disse. — Estão ouvindo isso? — Eu conseguia ouvir um pouco distante uma música eletrônica alta.
— Será que elas estão lá? — Rafa perguntou incerta.
— É claro que estão! Essa é a única coisa que tem aqui nesse meio do nada! — Gilberto afirmou.
— Ele tem razão. Já estamos perdidas mesmo, não custa tentar ir até lá. — eu disse.
Rafa começou a dirigir em direção a música alta, virando em lugares onde a música parecia tocar mais alto.
— Ouviram esse barulho de carros? — perguntei quando me assustei com o barulho.
— Parece em alta velocidade. — Gilberto concluiu.
— Vamos, continua indo.
— Acho que é na rua do lado. — Gilberto disse. Rafa virou na próxima rua e o som tinha ficado bem mais alto e eu ouvia gente gritando e aplaudindo. — Olha ali o carro da Bianca.
— Para aqui Rafaella. — disse a ela. — Precisamos ir mais perto, eu não consigo ver nada.
— Parece um tipo de festa. Esses traficantes sabem mesmo como disfarçar. — Rafaella disse irônica.
— Não acho uma boa ideia ir até lá — Gil disse com medo. Revirei os olhos.
— Gil, Thaís está nesse lugar, nós precisamos tirar ela de lá. — disse já abrindo a porta do carro.
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Street Racer - sariette
FanfictionA fama dos Andrades sempre deu o que falar no Rio de Janeiro, sempre unidos e com suas jaquetas de couro. De dia eram alunas normais cursando o ensino superior, a noite atrás dos volantes, disputavam rachas ilegais. O vício dos Andrades por adrenal...