Street Racer - sariette

Capítulo 17

Pov Juliette Freire

— Olha quem resolveu aparecer. — ouvi Bianca falar assim que desci as escadas daquela mansão enorme.

— Tá se sentindo melhor? — Vitória disse vindo ao meu encontro e me abraçando.

(autora: sim gnt eu tb tenho ranço da viih cuspe mas na fic ela é uma pessoa legal lidem com isso! kkkk)

Desde que as ameaças de Bárbara haviam começado eu não tinha falado com a garota nenhuma vez, e eu sentia falta do seu jeito fofo e preocupado.
— Estou bem. — menti. Era claro que eu não estava bem. — Cadê todo mundo? — perguntei reparando que só tinha nós três na cozinha.

— Estão na piscina lá fora, menos Sarah que foi comprar café. Nós meio que comemos tudo e esquecemos de vocês duas. — Bianca disse — Bom, vou pra piscina também, só vim pegar uma latinha de refri. — disse saindo deixando apenas eu e Viih.
— Juli, posso te dar um conselho? — Viih disse me guiando pra sala de estar e sentando no sofá. — Sarah é uma boa pessoa de verdade. Ela tem esse jeitão todo mas ela é incrível. Não deixe sua birra de infância nem as minhocas que a Bárbara colocou na sua cabeça te afastar de uma pessoa tão maravilhosa como a Sarah. — suspirei pesado quando ela terminou de falar.
Ela não esperou nenhuma resposta minha, só me deu um beijo na testa e me deixou lá pensando no que ela havia acabado de dizer.

Eu sabia que Sarah não era nada do que eu pensava, e sabia que deveria ouvir o conselho de Vitória. Eu queria Sarah na minha vida, mas não sabia se ela iria me querer na dela depois de tudo o que eu fiz. Quero dizer, eu acusei ela, eu espionei ela, invadi a privacidade dela, ofendi ela e ainda fiz ela me salvar de uma psicopata, e, ao contrário de mim, ela foi gentil.
Vitória e Bianca tinham razão sobre ela: Sarah seria a melhor pessoa que eu poderia ter na minha vida se eu não tivesse sido tão babaca.

— Ei, você tá aí. — a voz rouca me despertou quando cruzou a porta.

Ela estava com uma expressão despreocupada, seus olhos verdes estavam cobertos pelo óculos escuro, o cabelo jogado pro lado de qualquer jeito dava todo o charme Andrade.

Era óbvio que Sarah era linda, eu entendia porque naquela  faculdade todo mundo tinha vontade de dar pra ela, acho que até homens queriam dar pra ela.

— Trouxe café. — ela disse sorrindo balançando o saco que tinha nas mãos. Foi impossível não sorrir de volta.

— Sua mão está melhor? — Perguntei.

— Depois do seu incrível trabalho fazendo curativos que quase imobilizaram ela? — ela disse divertida soltando uma risadinha. Sorri pensando em como ela parecia querer deixar o clima entre a gente mais leve. — Bom, eu não sabia o que você gostava então eu trouxe café normal e alguns muffins de banana. Eu lembro que quando éramos pequenas você gostava tanto de banana que um dia quase me bateu por morder um pedaço da sua. — ela riu me fazendo rir.

Fiquei meio surpresa, eu amo bananas e isso não é segredo, mas Sarah lembrar disso era tão bom quanto esses muffins. Estranhamente fez meu coração aquecer.

— Isso tá incrível! — dei uma terceira mordida no bolinho.

Ficamos em um silêncio confortável terminando de tomar café.

— Vai querer entrar na piscina?

— Não sei, acho que não é uma boa. — respondi sincera.

Eu não estava me sentindo disposta.

Depois que Sarah saiu do quarto ontem, tomei um banho relaxante e tentei dormir, mas cada vez que piscava os olhos eu lembrava de Bárbara e do seu jeito nojento de tentar tirar minha roupa. Eu precisava esquecer isso.

— Juliette, eu sei que o que você passou foi um trauma, você precisa se distrair um pouco pra superar isso, mas se você não quiser eu vou entender. Vai no seu tempo, ok?

Ela era tão preocupada e eu só conseguia pensar no quanto eu fui idiota.