Capítulo 20

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POV Sarah Andrade

Alguns dias se passaram desde a praia. Juliette e eu estávamos bem mais próximas.

Acabou que depois daquele dia na praia eu descobri que Juliette estava mesmo me provocando quando subiu nas minhas costas. Ela estava me provocando de um jeito erótico.

Claro que não deixei barato, e foi assim que começamos um joguinho de sedução. Eu sabia que não passava de um jogo, que não existia absolutamente nada entre nós duas, quero dizer, Juliette sempre fez parecer isso.

Ela sabia ser uma maldita provocadorazinha, e a maioria das vezes eu caia na dela, mas fora isso, ela era uma ótima amiga. Mesmo quando a tensão sexual entre a gente era visível, nunca deixávamos isso atrapalhar a amizade.

Desde a última vez, Caio não tinha mais comunicado nenhuma corrida, o que era completamente estranho já que ele nunca passava de uma semana. Resolvi ligar pra ele pra saber o que estava acontecendo e ele disse que estava ocupado com algo do meu interesse. Isso me deixou curiosa mas ele não contou absolutamente nada, o que era frustrante.

Faltava pouco para as férias. Nem havia sentindo o tempo passar, mas passou. Lucas, Gilberto e Bianca queriam fazer uma festa de encerramento das aulas. "A" festa, com muita bebida, música e claro comida também, a pedido de Juliette, que estava animada pra festa.

Estávamos no quarto de Rafa, na casa dos Andrades, planejando tudo sobre a festa.

— Vamos chamar a faculdade toda, claro. — Bianca disse sentada na cama de Rafa com uma prancheta na mão, igual a de Lucas e Gilberto. Não disse? Eles realmente se animaram com isso.

— Tem que ser a escola inteira? Tem umas amigas da Sarah, que eu não quero que vão— Juliette disse emburrada, me fazendo soltar uma risada.

Ela estava muito brava comigo desde ontem porque eu havia esquecido de me encontrar com ela depois de ter dormido na casa de Mary, uma loira da minha sala. Era sempre assim agora, eu ficava com uma mulher e Juliette fechava a cara. Eu não sabia se era um ciúme de amiga ou tinha algo a mais.

Eu nunca tive um sinal concreto de que ela fosse afim de mim, apesar das nossas provocações e de todos falarem que sim, mas eu sabia que pelo menos da minha parte, eu obviamente sentia alguma coisa por ela. Mas no momento, era como se fossemos melhores amigas.

Juliette era quase como Viviane, divertida e sensual, mas eu não via Juliette como uma irmã do mesmo jeito que via Juliette, e mesmo com todas nossas provocações, nós nunca avançamos nada, nem um beijo e nem nada, isso era frustrante pra mim, mas pra ela era só um jogo.

Claro que não ia ficar esperando, sei lá, Juliette criar algum sentimento além de amizade por mim. Eu continuava saindo e dormindo com as mulheres que eu sempre dormia, isso não era um problema.

— A Sarah pode ir pegar. — Lucas me indicou. Eu não tinha nem ouvido, mas concordei. Eles estavam separando as funções da festa.

— Eu vou com ela. — Rafa se prontificou. Agradeci mentalmente. — E como vamos fazer para os nossos pais saírem de casa?

— Carla tem um plano. Não se preocupa, minha rosa. — Bianca disse num tom galante, me fazendo revirar os olhos.

Bia tinha decidido que iria tentar conquistar Rafa, mesmo Rafa tendo namorando. Ela era claramente apaixonada por Rafa, e Rafa sabia disso. No fundo ela também gostava de Bia, mas não largava o namorado sertanejo hetero top.

— Certo, então cada um já sabe suas funções. Daqui alguns dias teremos a melhor festa de fim de aulas do mundo. — Lucas disse animado.

[...]

— Sarah! Você nem esta assistindo o filme. — Juliette disse irritada.

Estávamos no meu quarto, como sempre fazíamos depois da raiva de Juliette por mim passar, assistindo um filme que ela havia escolhido e que eu não estava nem um pouco afim de ver.

— Desculpa Ju. Estou com sono. — confessei.

— Isso é culpa sua. Ninguém mandou ter dormido na casa daquela lá. — ela me acusou sentando na cama.

— Ah não Ju! Para de brigar comigo. — exclamei manhosa agarrando sua cintura. — Deita aqui comigo. — disse puxando ela.

Ela nem protestou e se deitou do meu lado, me deixando ficar agarrada na sua cintura com a cabeça apoiada na sua barriga.

— Você não presta, Andrade

— Eu sei.

— Um carinha lá da minha sala deu em cima de mim — Juliette falou do nada me fazendo ficar em alerta.

— Como é o nome dele? — Perguntei logo querendo saber quem era esse cara que estava dando em cima da minha Ju.

— É um tal de Microbiano, Acrebeliano... Sei la! o pessoal da sala chama ele de Bil.

Eu conhecia o Bil, ele era muito bonito e gente boa, mas as pessoas diziam que ele era muito mulherengo.

— Esse Bil ai pega todas as mulheres, viu? — Falei.

— Pois eu achei ele muito legal — Juliette disse  ficando de frente pra mim.

— Você sempre acha que todo mundo é muito legal! — Disse revirando os olhos.

— Lá vem a voz da razão — Juliette disse também revirando os olhos.

— Não, não é ser a voz da razão!

— Você sempre tem razão, sua galega do pão doce! — Juliette falou montando em cima de mim. Ela literalmente montou, com uma perna de cada lado sentada na minha perna.

Puta que pariu!

— Quando a pessoa é "muito legal" eu acabo desconfiando. — Falei continuando meu argumento e tentando fingir que não estava nervosa.

— Então eu to desconfiada de tu porque tu é muito legal!

— Ah, eu sou muito legal? — Perguntei virando a cabeça para o lado.

— É! — Ela afirmou ainda em cima de mim.

— Você acha que eu sou muito legal? — Perguntei de novo.

— Eu acho!

Comecei a fazer cócegas nas laterais da barriga de Juliette que começou a rir e se contorcer caindo para o lado da cama. Logo ela se deitou comigo ainda fazendo cócegas e eu fiquei por cima, parcialmente deitada em cima dela.

Eu e Juliette nos encaramos intensamente e eu desci minha cabeça em direção a barriga dela. Comecei a dar pequenas mordidinhas em sua barriga e ouvi elas soltar um suspiro satisfeito e se acomodar na cama.

Resolvi arriscar ainda mais e subi um pouco sua blusa distribuindo mordidas por toda região. Juliette enterrou a mão no meu cabelo, me incentivando a continuar. Ela estava ofegante.

Nesses poucos dias, eu já tinha provocado Juliette o suficiente pra saber quando ela estava ou não excitada.

Abandonei a região de sua barriga e subi para o pescoço, onde deixei um belo chupão, enquanto minhas mãos percorriam toda sua barriga descoberta.

Vi Juliette tentando levantar minha blusa e foi aí que eu senti que era hora de parar.

Street Racer - sarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora