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Solto a fumaça para cima e encaro o tempo nublado e penso no que fazer

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Solto a fumaça para cima e encaro o tempo nublado e penso no que fazer. O desgraçado do meu pai estava com o filho da puta do Cavalcante no mesmo restaurante que eu, o desgraçado do meu pai já conhecia o Cavalcante, mas eu não pensava que os dois se falavam ou teriam contato. O meu pai sumiu por um tempo do mapa, procurei o desgraçado para cumprir a promessa que fiz quando pequeno, mas nenhum dos meus homens o encontrou, mais do dia para a noite o desgraçado aparece dos quintos dos infernos na porra daquele restaurante.

Vitória não sabe do meu passado, nunca tive coragem de contar a ninguém, além dos meus irmãos. Ela já viu as marcas em meu peito, mas nunca me questionou sobre, e é isso que eu mais amo nela. Sei que Vitória merece alguém melhor que eu, ela merece alguém inteiro e livre de problemas; mas quem disse que ligo para isso? Vitória entrou na merda da minha vida e fez com que eu não me veja sozinho, não mais. Sei que ela mudou algo em mim e não quero perder isso.

Levanto-me da cadeira e jogo a bituca do cigarro fora, bebo o último gole de whisky e entro para dentro do apartamento, fecho a porta e coloco meu copo dentro da pia. Volto para a sala e olho em direção ao sofá, onde Vitória dorme com a minha camisa. Fico admirando a sua beleza e percebo que nunca namorei, antes de ser preso, o máximo que eu tinha eram casos de duas noites e sempre eram com garotas de programa. Nunca pensei em casar, ter família e morar com alguém, mas quando os meus olhos caíram sobre Vitória, todos esses pensamentos se esvaziam da minha cabeça.

Às vezes quando estou mamando, penso em como seria bom ter um pacotinho mamando em seu outro seio, ou em sua barriga grande carregando o fruto do nosso amor. Vitória até hoje foi a única mulher a conseguir arrancar esses pensamentos da minha cabeça, e sempre será ela, nenhuma outra. Caminho lentamente até o sofá e tiro a minha camiseta, deito-me ao seu lado e puxo o seu corpo contra o meu, enterro o meu rosto em pescoço e inspiro o cheiro do seu doce perfume. Fecho os meus olhos por um momento e aproveito essa aproximação com ela.

Ouço barulho de mensagens e percebo ser o toque do seu celular, tiro o meu rosto da curva do seu pescoço e pego o seu celular digitando a senha. Vitória havia dito que não queria mentiras em nosso relacionamento e para evitar discussões, dei a senha do meu celular e ela me deu a do seu. Abro o aplicativo de mensagem percebo ser de um número desconhecido, entro no contato e percebo que enviaram várias fotos, olho cada uma e percebo que são as mesmas que recebi no envelope. Olho cada uma e percebo que ele adicionou mais uma final, nessa estou colocando a cabeça do desgraçado do prefeito em um barril, onde tacamos fogo em seu corpo.

"Será que seu namoradinho realmente mudou? Cuidado, você pode ser a próxima a morrer. "

Essa é a mensagem que o desgraçado do Cavalgante deixa no final. Esse filho da puta está brincando com o fogo, eu ainda terei a cabeça desse policialzinho de quinta em minhas mãos. Apago todas as mensagens e bloqueio o seu contato, coloco o celular dela no local e me levanto do sofá. Subo as escadas silenciosamente e caminho em direção ao meu escritório, entro e fecho a porta. Pego o telefone reserva na gaveta e disco o número de uma das pessoas confiáveis que tenho, e que sei que não vai me dedurar para a polícia, e que ainda irá fazer um trabalho bem feito. O telefone começa a chamar e no terceiro toque ele atende.

Meu psicopata de gravata - Trilogia homens possessivosOnde histórias criam vida. Descubra agora