Olho para Hedrick de cima a baixo e me sinto curiosa para saber o que aconteceu lá no último andar. Ainda me sinto mal por ter atropelado aquele homem, temo pela minha liberdade. E se ele morreu? Eu não quero ser a culpada de ter tirado a vida de alguém, mas também não queria ser a culpada por deixar o pai do meu filho(a) ser morto. Eu estava entre a cruz e a espada, e a minha única ação foi ter jogado aquele carro contra o homem.
— Está pensando em quê? — Pergunta colocando a toalha sobre o pendurador e caminha até mim, apenas com uma cueca e segura em minha cintura. Encaro os seus olhos e o vejo com o semblante preocupado e agradecido, o que eu não faço por esse homem?
— E se aquele homem morreu? — Sussurro baixo, encostando a minha cabeça em seu peito nu. — Não quero ser culpada pela morte de alguém. — Digo angustiada e ele alisa a minha cintura de forma lenta e carinhosa, parecendo querer me confortar.
— Se morreu, já foi tarde. — Hedrick diz parecendo não sentir nada e dou um leve tapa em seu peito, ouvindo o mesmo soltar uma baixa risada. — Se você não tivesse atropelado ele, provavelmente seria eu a pessoa morta naquele chão, não se culpe. — Fala levantando o meu queixo com o dedo indicador e me dá um selinho. Fico agarrada ao seu corpo por mais alguns minutos e logo nos afastamos, vestindo a roupa que Theodoro nos trouxe. Saímos do quarto de mãos dada e descemos em direção a sala, vendo todos sentados.
— Agora sim, quero saber tudo que aconteceu lá. — Natanael é o primeiro a falar e ele é o que eu mais gosto, ele é divertido pra caramba e quando se junta com o Kauê, fica melhor ainda. Hedrick se senta na poltrona ao lado do sofá e me puxa em direção ao seu colo, sento-me em suas pernas e o mesmo acaricia a minha coxa de forma lenta.
— Estava voltando do almoço com a Vitória e assim que paramos no meu andar senti que havia algo de estranho, eu pedi para Vitória descer e me esperar no carro. — Hedrick faz uma pausa e olho em volta, vendo Natanael com um balde de pipoca nas mãos e Kauê que segura um copo gigante de refrigerante, eles dois são uma piada! — Eu estava armado e aproveitei para deixar um presente para o Cavalcante. Ele estava gritando igual um louco querendo a minha cabeça e dispus do momento para atirar em sua coxa, mas como não estava com o silenciador, os homens dele viram e sai nas carreiras para o elevador. As portas têm o sistema de fechamento rápido, mas quando elas estavam se fechando, uma muralha de músculos estava apontando uma pistola em minha direção e sem pensar mostrei o dedo do meio a ele e atirei em sua cabeça. — Ele diz e os meninos caem na risada, Brian até engasgou com o suco que estava tomando.
— Você caiu de cabeça no chão quando criança? — Ashton pergunta negando com a cabeça e vejo K9 aos fundos sorrindo para o celular, ali tem.
— Que eu saiba não, agora deixa eu continuar. — Diz fazendo ele revirar os olhos. — Quando o elevador chegou no subsolo, um dos homens do Cavalcante estava me esperando com um fuzil nas mãos, eu ia matar ele, mas Vitória foi mais rápida e o atropelou, fazendo o coitado voar longe. — Termina de falar e todos estão me encarando com os olhos arregalados e com expressão de surpresos.
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Meu psicopata de gravata - Trilogia homens possessivos
RomanceLivro sendo reescrito. ▪︎ O que poderia dar errado ao cuidar de um dos principais "psicopatas" do país? Vitória formada em administração e enfermagem, se vê perdendo o emprego que tanto amava por conta de futilidades de um novo chefe. Sem saber o q...