Inspiro e expiro duas vezes e olho para frente, observando Hedrick andar de um lado para o outro com o telefone no ouvido. Apoio a minha mão sobre a minha barriga e a acaricio, sentindo o meu peito inflar de puro amor. Não tenho como descrever como me sinto, visto que eu nem sei o que sinto, a não ser o enorme amor que me abate.
— Para de andar para lá e para cá, está me deixando nervosa, Hedrick. — Indago alto, fazendo meu marido pular de susto e colocar a mão sobre o coração, para em seguida assentir com a cabeça em minha direção.
Desvio o meu olhar dele e início o exercício de respiração, enquanto sento-me na cama e desço, calçando os meus pés em uma pantufa macia e quentinha. Vou em direção a janela e passo a mão em minha enorme barriga, deixando um pequeno sorriso escapar por entre os meus lábios. Deixei avisado ao obstetra que queria tentar parto normal, mas antes ele disse para eu ver primeiro como tudo vai desenrolar nesse tempo em que estou tranquila.
— Os meninos já chegaram, eles estão na recepção. — Meu marido diz enquanto me vê caminhando em direção a cama e assinto, fechando os olhos. — Ashton e Kathryna pediram para fazermos vídeo-chamada assim que os bebês nascerem. — Hedrick conta se aproximando de mim e assinto, apoiando os meus braços na cama. Deixo o meu bumbum empinado e começo a realizar os movimentos que a médica me ensinou. Inspiro o ar profundamente ao sentir outra contração vindo e mordo os meus lábios, tentando deixar o meu corpo o mais relaxado possível.
Ashton e Kathryna acabaram por ficar em Seattle, já que os dois tiveram que voltar a ter o controle na empresa, então a pequena Maya nasceu lá, em um parto de dez horas. Kathryna ligou ainda essa semana e me disse como ocorreu tudo; ela estava em uma reunião com alguns sócios na sua empresa quando a bolsa estourou, ela relatou que não havia sentido nada pela manhã e nem pela tarde, então foi uma enorme surpresa para ela e o seu marido. Maya é uma linda bebê, puxando os traços do Ashton e a calmaria dele.
— Dói muito? — Sinto a sua mão enlaçar a minha cintura e apoio a minha cabeça em seu ombro, mantendo os meus olhos fechados e o exercício, sentindo um chute do meu bebê perto da minha costela, fazendo-me arfar de dor.
— Sim, mas quando as contrações vêm, parece que a dor triplica. — Resmungo para ele e apoio a cabeça em minhas mãos, sentindo ele acariciar a minha barriga com as pontas dos dedos, como se estivesse com medo de me machucar. — Pensei que as contrações de treino eram ruins, mas essa daqui são bem mais doloridas. — Expresso mordiscando os meus lábios.
— Estarei o tempo inteiro ao seu lado, amor. — Meu marido murmura e me endireito, virando-me e abraçando a sua cintura. — Estou morrendo de ansiedade, mal vejo a hora de poder olhar os rostinhos dos nossos bebês. — Ele sussurra encostando a sua boca no topo da minha cabeça e fecho os olhos, agarrando o braço dele com as minhas unhas assim que sinto uma forte contração me atingir, fazendo-me soltar um gemido esganiçado e forçar a cabeça contra o peito do Hedrick. — Assim você me quebra, Vic. — Ele geme de dor e diminuo a força das minhas unhas em seu braço. — Quer fazer o Alongamento Pélvico? Ou deseja tomar um suco? — Hedrick pergunta preocupado e encaro os seus olhos, vendo que o mesmo está temeroso. — Li que o suco de abacaxi ajuda a induzir o parto, isso deve ajudar agora, né? — Questiona parecendo um garotinho e nego com a cabeça, abrindo um enorme sorriso em sua direção.
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Meu psicopata de gravata - Trilogia homens possessivos
RomanceLivro sendo reescrito. ▪︎ O que poderia dar errado ao cuidar de um dos principais "psicopatas" do país? Vitória formada em administração e enfermagem, se vê perdendo o emprego que tanto amava por conta de futilidades de um novo chefe. Sem saber o q...