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Encosto-me na parede sentindo as minhas pernas tremerem e falhar, e olho novamente para os dois tracinhos

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Encosto-me na parede sentindo as minhas pernas tremerem e falhar, e olho novamente para os dois tracinhos. Isso não pode estar acontecendo, fui descuidada na questão do anticoncepcional. Temo pela reação de Hedrick, nós nunca falamos sobre criança e ele nunca mostrou interesse em dizer sobre. Mas já vi muitas mulheres dizendo que esses testes de farmácia não são cem por cento. Quero fazer primeiro o teste de sangue, e caso de positivo, direi ao Hedrick.

— Vitória, ficou entupida no banheiro? Quer que eu chame um encanador para te desentupir? — Ouço a voz do Hedrick por de trás da porta e reviro os olhos pelo seu senso de humor incrível. Seco as lagrimas dos meus olhos e passo uma água no rosto, guardando o teste de gravidez dentro do meu moletom. Ajeito o meu cabelo e destranco a porta, vendo Hedrick parado no batente da porta e o mesmo me analisa por inteira, centímetro por centímetro.

— Esteve chorando! — Ele nem pergunta, apenas afirma me olhando seriamente. — Por que estava chorando? — Se aproxima, me puxando contra o seu corpo. Ele passa a mão sobre as minhas costas com carinho e inspiro o seu perfume.

— Não é nada, estou apenas com dor de cabeça. — Sussurro beijando os seus lábios e o mesmo me olha com um olhar desconfiado de quem diz: tenho cara de otário por acaso? Hedrick apenas me olha seriamente e não diz nada. Afasto-me do seu corpo e caminho em direção ao closet, retiro o teste do bolso do moletom discretamente e os coloco em uma caixa com chave. Procuro uma roupa confortável e a visto, pego a minha mochila e saio de dentro do closet.

— Está pronta? — Pergunta colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e apenas assinto olhando para os seus olhos. Hedrick entrelaça a sua mão na minha e pega a mochila do meu ombro. Saímos do apartamento em silêncio e entramos no elevador, apertando o botão para descer para a garagem. Ashton e os meninos voltaram para o Brasil, mais disseram que logo-logo estariam de volta para resolverem outros assuntos com o Hedrick.

— Obrigada. — Agradeço quando Hedrick abre a porta do passageiro para mim. Sento-me no banco e coloco a mochila no banco de trás.

— Por nada. — Diz fechando a porta, Hedrick se senta no banco do motorista, nós estamos indo para um jogo de futebol, ontem ele me disse ter esse costume antigamente. Eles sempre tiravam um dia da semana para irem jogar com os ex-colegas da faculdade.

Hedrick vai o caminho conversando comigo e olho para o lado, vendo que estamos no centro da cidade, olho tudo à minha volta e vejo pessoas andando apressadamente em direção a pontos de ônibus e correndo atrás de táxis. Não gosto de morar em cidade grande, por isso decidi por morar mais para a parte das cidades pequenas. Sinto o carro frear e olho para o portão a nossa frente, vendo que se trata de um hospital e maternidade.

— O que estamos fazendo aqui? — Indago sentindo minhas mãos soarem, porcaria! Olho em direção a ele e o vejo pegando um papel com o homem que está na guarita.

Meu psicopata de gravata - Trilogia homens possessivosOnde histórias criam vida. Descubra agora