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Observo os gêmeos acordados ao lado da Vitória e deixo um pequeno sorriso escapar, ao mesmo tempo, em que me levanto e pego o celular, registrando o momento

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Observo os gêmeos acordados ao lado da Vitória e deixo um pequeno sorriso escapar, ao mesmo tempo, em que me levanto e pego o celular, registrando o momento. Meus pequenos são os bebês mais lindos que já vi, e não consigo desviar o olhar deles por um minuto sequer.

Nós não conseguimos identificar a quem eles puxou, já que os dois ainda tem carinha amassada. Vitória acredita que eles puxaram ela, mas não tenho cem por cento de certeza nisso, já que consigo identificar alguns traços meus de quando criança. Mas nós dois temos certezas de uma coisa, eles serão lindos, assim como os pais.

— Hedrick, pega ele aqui. — Ouço a voz cansada da Vic e me aproximo da cama, higienizando as minhas mãos e pegando o meu menininho nos braços, aconchegando ele contra o meu peito. — A Zoe está com fome, acredito que daqui a alguns segundos ela abra o berreiro. — Diz divertida e passa a pontinha do dedo sobre a bochechinha da nossa menininha, que por sua vez parece bem sonolenta.

Sento-me na beirada da cama e admiro as mulheres da minha vida, enquanto dou leves batidinhas nas costinhas do meu menininho. Gosto de participar das tarefas dos meus bebês, então sou o único que pode faze-los arrotar.

— Ela está fazendo biquinho. — Digo baixinho e Vitória encara a pequena, abrindo um sorriso e passando a mão sobre a barriguinha da nossa menina, que suspira para em seguida fazer cara de choro. — Ela abrirá o berreiro em, três... dois... um... — Começo a contagem e assim que termino ouço o fino choro da minha menina.

Vitória a pega nos braços com cuidado e a ajeita contra o seu braço, logo descendo a alça do seu sutiã e oferece o peito para a bebê, que por sua vez ainda solta uns resmungos antes de agarrar o bico do seio da mãe. Zoe é uma bebê escandalosa e eu com certeza desejaria ter as forças dos seus pulmões, já que meus irmãos disseram que dá para ouvir os seus gritos lá do outro lado da rua.

Minha esposa saiu do hospital a três semanas e confesso que nos primeiros dias foram difíceis para ela e para mim. Ela sentiu alguns desconfortos no começo, então nem sempre conseguia ficar se levantando para buscar os gêmeos no quarto ao lado. Vivo vinte e quatro horas ao lado deles, mas nos primeiros dias em casa precisei ir até à filial da empresa que abrimos aqui, para assinar alguns papeis para poder me afastar durante alguns meses. Então, nem sempre estava ao lado dela para apoiar. Vitória não teve problemas com a amamentação por conta de mim, então não passamos por aquele sufoco de seios doendo ou choro durante a madrugada.

Agora está tudo sobre controle, menos os meus irmãos, que por suas vezes vivem no quarto do gêmeos. A casa está lotada de brinquedos que eles nem são capazes de brincar ainda. O quarto deles tem berços para caso o neném acorde de noite, e os dois estudaram sobre formas de ajudar o bebê caso sintam alguma dor.

Eles estão bem empenhados para serem ótimos tios e gosto de ver essa atitude deles. Eles querem dar uma infância boa aos pequenos, e sou grato por tudo isso, já que nenhum de nós tivemos a oportunidade de sermos crianças normais. Nós três temos traumas incuráveis e em nenhum momento desejamos deixa-los sem afeto e atenção.

Meu psicopata de gravata - Trilogia homens possessivosOnde histórias criam vida. Descubra agora