Saio do meu carro sentindo as gotas geladas caírem sobre o meu corpo e pego o elevador subindo direto para o hall do prédio, caminho pelo local e avisto as meninas da recepção.
— Bom dia! — Aceno para elas e caminho até o meu quarto aqui no prédio. Hoje cheguei um pouco atrasada, tive problemas com o meu carro e até consertar demorou horas.
Pela manhã ele não quis pegar e tive que ligar para um colega mecânico, ele rapidamente veio até mim e verificou o meu carro, constatando no fim que o motivo do problema era a bateria que havia descarregado. Por sorte ele tinha uma nova compatível com o meu carro em sua caminhonete e fez um rápido serviço, tive que pagar em dobro, pois, o tirei do conforto do seu lar em dia de folga.
Entro no cômodo trancando a porta e olho em volta, vendo que o quarto continua da mesma maneira que o deixei ontem. Tem algumas pessoas dentro desse hospital que não vão muito com a minha cara e isso elas fazem questão de deixar claro até com palavras, mas não me importo com isso.
Eu trabalhava em uma empresa de frota de caminhões, mas a pouco tempo o dono faleceu e seu filho tomou a presidência no local. Ele decidiu por trocar todos os funcionários, e principalmente os da administração. Fui demitida a uns sete meses, fiz bicos em algumas empresas, mas por esses tempos não me restou mais nada, então decidi por exercer na área de enfermagem.
Nunca exerci na área, tenho o curso, mas o fiz por pura pressão da minha mãe. Sempre tive pavor de sangue, quando vejo, sinto vontade de vomitar. Passei poucas e boas no curso, meus irmãos que os diga, era cada comentário que acredito que o professor passou a me odiar, chegando ao ponto de nem olhar em meu rosto durante as aulas.
Caminho até o meu guarda-roupa e visto uma calça branca e uma blusa de alça na mesma cor, colocando um sapato de salto baixo em meus pés. Coloco o meu crachá e prendo os meus cabelos em um alto coque e saio do quarto.
— Bom dia, Heitor. — Cumprimento meu colega e paro encostando na bancada.
— Bom dia. — Deseja me dando um rápido olhar e se abaixa para pegar a ficha do meu paciente. — Hoje um paciente será transferido da prisão Wakefield para cá. Nós não temos o horário exato da sua chegada, mas acredito que por essa tarde ou noite ele esteja aqui. — Fala tudo me entregando a ficha do mais novo paciente e sinto um arrepio, tanto pelo nome da prisão, quanto pela foto do homem.
Não mentirei e vocês podem até pensar que estou doida, mas ele é gostoso e aparenta ser aqueles mafiosos.
— Wakefield, mansão monstro? Certeza? — Pergunto apenas para confirmar.
— Sim, absoluta. — Diz clicando em algo no computador. — Pelo menos é isso que o diretor do presídio e o advogado dele me passaram. Qual o motivo da reação ao saber o nome do presídio? — Questiona me olhando, suspiro.
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Meu psicopata de gravata - Trilogia homens possessivos
RomanceLivro sendo reescrito. ▪︎ O que poderia dar errado ao cuidar de um dos principais "psicopatas" do país? Vitória formada em administração e enfermagem, se vê perdendo o emprego que tanto amava por conta de futilidades de um novo chefe. Sem saber o q...