Encaro as horas em meu relógio e bufo ao perceber que está longe do meu horário para poder voltar para casa. Vitória precisou ir ao hospital resolver o caso do Zyan e não gostei de saber disso. Não vou com a cara daquele holandês de meia tigela, ele tem cara de safado.
— Pensando na Vitória ou no Holandês? — Apolo entra na minha sala e jogo o lápis que seguro na mão em sua direção, e logo vejo o mesmo entrando em contato com a sua testa, o fazendo gritar. — Idiota, na próxima irei socar ele no meio do seu cú. — Diz bravo e passa a mão na testa, tentando aliviar a dor.
— Tenta a sorte. — Respondo bebendo um pouco d'água e o mesmo se joga na cadeira, quase a quebrando. — Pensa que está na sua casa? — Pergunto de expressão fechada e me sinto irritado.
— Amanheceu de mau-humor? Quer que eu chame o holandês para te acalmar? — Zoa e taco dessa vez a caneca de plástico em sua direção, mas o filho da puta a pega, jogando-a contra mim. Coloco a minha mão sobre o nariz e o olho bravo.
— Vaza da minha sala, antes que eu te mate. — Grito e ele saí correndo quando vê eu colocando a mão nas costas. Pego um saco de gelo no frigobar e coloco sobre o nariz. Volto a fazer o meu trabalho tranquilamente e mal vejo a hora de poder ir para casa.
— Senhor? — Olho para a secretaria e queria saber o motivo dela ainda estar aqui na empresa, deveria ter demitido ela a tempos. Conversei com o Apolo semana passada e o mesmo ainda não resolveu porra nenhuma.
— O que você quer? — Pergunto abaixando o meu olhar para o notebook novamente, evitando olhar em sua direção.
— Chegou esses papéis para o senhor. — Me entrega e o pego, vendo que se trata da empresa do Ashton.
— Obrigado. — Agradeço e ela se vira para sair, mas a chamo, ela se vira com um sorriso largo nos lábios e reviro os olhos. — Na próxima que entrar na minha sala sem bater, eu irei te demitir. — Deixo avisado e ela saí da sala pedindo desculpa e pisoando como uma criança birrenta.
Volto ao trabalho e guardo os papéis da empresa do Ashton na minha pasta. Rodo a minha cadeira e olho para a vista através da grande parede de vidro. Essa cidade não faz mais o meu tipo, é muito movimentada, parei de gostar disso há muito tempo. Fico assim por um tempo e deixo a vista levar os meus pensamentos para longe. Sinto mãos em meus olhos do nada e a seguro, sentido uma aliança. Abro um sorriso e nem preciso de tanto esforço para saber quem é. Viro-me na cadeira e a puxo para o meu colo, Vitória solta uma risada baixa e abro um sorriso amando esse som.
— Quem te trouxe aqui? — Pergunto depositando um beijo em seus lábios e ela coloca a sua mão em meu peito, onde faz um leve carinho.
— Peguei um táxi. — Sussurra encostando a sua cabeça em meu peito, a abraço pela sua cintura e deixo um beijo em seu cabelo.
— Almoçou? — Coloco a minha mão sobre a sua barriga e abro um sorriso ao ver que ela está cada vez maior.
— Ainda não, vim aqui para te chamar para almoçar. — Diz acariciando o meu cabelo e não gosto de saber que ela está sem comer nada desde de manhã.
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Meu psicopata de gravata - Trilogia homens possessivos
RomanceLivro sendo reescrito. ▪︎ O que poderia dar errado ao cuidar de um dos principais "psicopatas" do país? Vitória formada em administração e enfermagem, se vê perdendo o emprego que tanto amava por conta de futilidades de um novo chefe. Sem saber o q...