Uma garota no auge dos seus dezessete anos, quase perto do tão sonhado dezoito anos, com seus cabelos ruivos naturais e sua voz que faz qualquer um se apaixonar.
Liz, filha mais velha do casal Arthur e Bella, se vê encantada com um homem misterioso...
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LIZ
Abro os olhos, com uma certa dificuldade por me sentir zonza, olho ao redor e percebo rapidamente que eu não estou em meu quarto, me sento e começo a reparar com cuidado o local onde eu estou.
É um quarto escuro, onde só tem duas camas bem afastadas, uma delas é onde estou sentada e em frente há um armário preto.
Me sinto aterrorizada.
O que houve ontem?
Eu só me lembro de Enrico e eu estarmos tomando café e chá, e...
ENRICO! Será que ele é quem estava trabalhando pro meu progenitor ?
Meu Deus! Ele me enganou.
Um pouco tonta, me levanto e vou em direção a porta do quarto e tento abri-la. Sem sucesso.
Está fechada.
Começo a bater desesperadamente, e gritando por socorro. Bato até sentir as minhas mãos doerem e ninguém vem abrir para mim.
Onde eu estou ?
Meus pais e meus irmãos como será que estão?
Deus, me ajude a sair daqui, por favor !
Desistindo e cansada de gritar, escorrego ao lado da porta e desabo em lágrimas.
♡
Horas depois, com uma imensa sede alastrada em minha garganta, cansada de gritar, cansada de chorar, ouço o barulho do trinco se abrindo e saio depressa de frente da porta e espero em pé, alguém me tirar desse inferno.
Um cara alto e com o aspecto de mal entra dentro e fica me olhando por segundos.
- Olha só, finalmente a princesinha acordou. - Ele diz e dá um sorriso maldoso.
- Quem é você? Como eu vim parar aqui? EU QUERO SAIR DAQUI, TÁ ME OUVINDO? - Grito a última parte da frase sem conseguir me controlar.
- Calma lindinha. Você está em casa agora.
-Você...é..um..alguém que trabalha pra ele? - não menciono que seja meu pai, porque nunca será e não falo que poderia ser meu progenitor porque não sei nada sobre como ele pode se sentir e agir logo em seguida.
-Não, não. Sou seu irmãozinho. Uns dois anos mais velho que você. Papai está te aguardando na mesa para irmos tomar um lanche. - Ele fala calmamente para mim, me analisando debaixo para cima. - Como uma linda família. - E coloca no rosto o sorriso estranho dele.
