Uma garota no auge dos seus dezessete anos, quase perto do tão sonhado dezoito anos, com seus cabelos ruivos naturais e sua voz que faz qualquer um se apaixonar.
Liz, filha mais velha do casal Arthur e Bella, se vê encantada com um homem misterioso...
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O que aconteceria se de uma hora para outra a sua vida inteira que você viveu fosse uma mentira?
Tudo o que te contaram desde quando você se entende por gente, como nasceu, seus primeira pessoa, porque você é diferente dos seus irmãos?
Eu estou passando por isso agora, meus pais estão a minha frente e ao meu lado estão meus irmãos, ouvindo a história que me ocorreu há cerca de quase dezoito anos atrás.
Fui deixado pela minha outra mãe na porta da casa do meu pai em uma pequena cesta e uma carta.
‐Agora tudo faz sentindo. - Murmuro com minhas lágrimas escorrendo. - Sou a diferente, não sou filha de vocês, por isso meus cabelos e olhos não são iguais aos seus.
-Não, meu amor. Você é minha filha sim, desde que te peguei em meus braços naquele dia. Você me trouxe a luz que eu precisava em minha vida - Meu pai se agacha ao meu lado e me abraça apertado, minha mãe vem e faz o mesmo, querendo demonstrar que me ama mesmo sem ter vindo dela.
-Cadê a carta que vocês falaram ? Eu preciso ler ! - Digo saindo dos seus braços.
-Liz, você tem certeza? - Minha mãe pergunta segurando um das minhas mãos.
-Absoluta. - Digo sem ter muita certeza nas minhas palavras.
-Vá com seu pai amor, eu tenho que falar com seus irmãos. - Minha mãe dá um beijo em meus cabelos e seguro a mão do meu pai, que está estendida a mim e saímos da sala e vamos até o seu quarto.
Em uma das suas gavetas que está trancada, ele tira um envelope.
-Quer privacidade ou eu posso ficar ? - Meu pai me pergunta, mas sei que ele quer me consolar e, sinceramente o que mais desejo em seu colo para chorar e me sentir segura.
- Pode ficar papai, sabe que sempre irei precisar de vocês. - O abraço e me sento na cama ao seu lado e começo a ler a carta.
Minhas lágrimas que até a uns minutos estavam acessadas, voltam a cair com mais intensidade. A cada palavra lida, sinto a dor, sinto a tristeza se apossar de mim.
Quando termino de ler, abraço meu pai e choro como uma verdadeira criança.
♡
Em meu quarto depois de um belo banho, deitada em minha cama, penso em como seria horrível meu futuro se acaso a minha outra mãe não tivesse me deixado em frente a casa de meu pai. Agradeço a Deus por esse nova oportunidade de vida.
Meu celular toca ao som de " Mercy " e sei que deve ser apenas duas pessoas que estão querendo saber de mim, Alicia ou Vinicius.
Olho e visor e é a Ali.
-Oii
-Oii amiga, como você está?
-Eu tô bem - Seguro minhas lágrimas que querem voltar a descer.
-Liz, eu te conheço sei que está tentando controlar as lágrimas. Amiga o que houve ? Me diz o que aconteceu ?! - Ela pergunta toda desesperada.
- Depois eu te conto, tá. Agora não é a melhor hora. - Tento fugir dessa conversa.
-Outra hora nada. É hoje mesmo. Quer vir aqui em casa para desabafar ou quer que eu vá até aí ?
Desisto de tentar fazer ela esquecer esse assunto e respondo ela.
-Ta, daqui a pouco eu apareço aí.
-Tá Certo, vou preparar um enorme pote de sorvete para nós. Te amo.
-Te amo também. - Desligo e vou me trocar e vou até lá.
Visto um calça jeans e uma blusa simples azul e deixo meus cabelos em um rabo de cavalo e desço até a sala, encontrando apenas minha mãe.
-Mãe, vou até a casa da Alicia, eu volto mais tarde ou amanhã.
-Filha, leve os seguranças e chame o motorista.
-Não precisa. Vou pegar um táxi mesmo.
-Liz, você sabe que seu pai não gosta que a gente ande sem no mínimo dois seguranças. - Ela me olha preocupada.
-Eu sei disso mãe, mas só hoje por favor. Qual a chance de justo hoje acontecer alguma coisa ? Nenhuma.
Ela tenta recusar mais uma vez, só que desiste.
-Tem razão filha, só peço para que tome cuidado e me avise quando chegar e quando sair. Se seu pai ele me mata e te mata junto.
- Mata nada, papai nos ama rsrs
-Verdade. Bom não vou mais te atrasar vai lá. Cuidado em. - Dou um abraço e um beijo em sua bochecha e saio de casa.
Na casa da Alicia, conversamos muito. Chorei mais um pouco em seus braços e ela me amparou como sempre, falou do seu namoro com Vinícius. Quando olhei a olha já era quase onze horas, me despedi da minha amiga, avisei a minha mãe que já ia para casa e fui até andando até o ponto do táxi.
O caminho escuro me amedrontava, mas eu seguia firme, sem desistir de ir. Entro em um beco onde tem pouca luz e vou orando para que nada de mal me aconteça.
-Olha só o que temos aqui -Um cara entra pelo beco e vem até a minha direção.
-Um brinquedinho pra gente - Outro cara entra e dá um sorriso mostrando seus dentes amarelados.
Paro no meio do caminho e vou a direção oposta.
-Não foge da gente não ruiva, eu sei que você quer a gente.
-Amamos um ruiva, prometo que você não vai se lembrar de nada.
-ME DEIXEM EM PAZ.- Corro tentando fugir deles, mas o dos dentes amarelados me segura e começa a beijar meu pescoço. Tento fugir, me debato, mas o outro me segura e também começa a me beijar.
-ME SOLTEM. SOCORROOOO! - Grito e choro por toda situação que passo. Pensando que seria o meu fim.
Sinto quando um deles caem, fazendo com o cara dos dentes amarelados se desequilibrar e me soltar. Saio de perto e assisto o homem encapuzado bater nos dois, enquanto um soltava sangue o outro apanhava e assim até os dois estarem desmaiados.
-Você está bem ? - Ele olha para mim com seus olhos verdes preocupados .
Me arrepio só de ouvir e concordo com a cabeça. O agradeço pelo meu salvamento.
-De nada. Tome cuidado quando andar por aqui. Adeus - Ele se vai da mesma maneira que apareceu, misteriosamente.
Antes de ir, gravo seus olhos em minha mente. Espero que um dia eu o encontre novamente, o meu salvador.
