Distração

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Fazer Yoongi e Jimin pararem de chorar foi uma das coisas mais difíceis e demoradas que já precisei fazer. Levei os dois para tomar sorvete e nem isso pareceu ser o bastante para ao menos distraí-los. Foi uma verdadeira batalha, para falar a verdade.

No final da tarde encontramos Hoseok, ele ficou responsável por levar Yoongi ao cinema e depois para casa, prometendo que cuidaria muito bem do Min. Eu havia falado poucas vezes com o Jung, mas sabia que podia confiar nele.

Eu e Jimin fomos o caminho inteiro para casa no mais repleto silêncio. Eu não tinha o que lhe dizer, e ele não sabia também o que falar, então ele apenas chorava e eu fazia um carinho singelo em sua perna, tentando de alguma forma o acalmar.

Quando chegamos, meu namorado me abraçou com força e disse que me amava, em seguida agradecendo por eu ter o defendido do que Taehyung o disse. Como se eu fosse mesmo capaz de ouvir aquelas coisas e ainda permanecer em silêncio. Ninguém fala daquele jeito com o meu bebê!

— Vou trocar de roupa. — Ele disse meio triste ainda, subindo em seguida as escadas e se enfiando em nosso quarto.

Minha mãe estava em uma viagem com as amigas que a dei de presente, então apenas soltei um suspiro e também fui na direção das escadas. Adentrei o quarto e encontrei Jimin apenas de boxer em frente ao espelho, sorri maliciosamente com minha ideia — que era idiota — e andei até ele. O abracei por trás e depositei um beijo em seu pescoço, podendo ver a pele do local arrepiando-se com o toque.

— O que está fazendo? — Perguntou rindo fraco, me olhando pelo reflexo do espelho.

— Distraindo você. Posso? — Ele assentiu com as bochechas coradas, me fazendo sorrir.

Virei-o para mim e juntei nossas bocas calmamente, acariciando sua cintura ao mesmo tempo em que o beijava. Beijar Jimin era como um vício que eu tinha, eu apenas queria poder beijá-lo o tempo inteiro. Não me cansaria tão rapidamente. Na verdade, acho que nunca seria capaz de me cansar.

As mãos de Jimin, tão afoitas quanto as minhas, passearam por baixo da minha camiseta, me deixando com ainda mais vontade de jogá-lo em cima da cama e amar cada pedacinho de seu corpo mais uma vez.

Fui o empurrando até que ele caísse na cama, me puxando junto consigo e me fazendo rir pela forma que caí sobre ele. Minha camiseta foi parar no chão e no momento seguinte eu já pressionava minha boca em seu pescoço, mordendo sua pele, beijando, deixando as marquinhas que eu adorava ver. Eu nunca fazia forte o bastante para que ficassem roxas, apenas avermelhadas por umas horas, porque aí eu as refazia o tempo inteiro e Jimin adorava. Ou pelo menos é o que sempre me dizia.

— Kookie, quero tentar algo. — Sussurrou para mim enquanto ainda puxava meus cabelos e eu atacava com vontade seu pescoço.

— E o que você quer tentar, meu amor? — O olhei, percebendo as bochechas vermelhas. — Sou todo seu, pode fazer o que quiser comigo.

Jimin me empurrou para trás, me deixando deitado enquanto já beijava todo pedaço de pele minha que conseguia, logo tirando minha calça como se estivesse com uma pressa sem igual. Eu só fui entender o que ele queria fazer, quando sua boca se posicionou sobre meu membro mesmo com o tecido da boxer ainda ali. Senti o ar me faltar apenas por perceber que ele realmente faria aquilo.

O último tecido que me cobria foi retirado, Jimin me olhou como se estivesse em dúvida do que deveria ou não fazer. Mais um pensamento nada casto me passou pela cabeça, e por isso eu sentei na cama e o puxei para mais perto de mim, sussurrando em seu ouvido uma posição melhor para ficarmos: um belo meia nove.

Jimin corou tanto que me deu vontade de rir, mas eu não ousaria fazer tal coisa, porque ele parecia mesmo nervoso. É normal nervosismo quando se vai fazer algo diferente, não poderia julgá-lo nem que quisesse.

Nos arrumamos melhor, eu já tinha terminado de despi-lo também e agora o masturbava com tanta calma que ele deveria estar querendo me matar pela lentidão.

— Vai, amor. — Pedi com um sorriso, acariciando sua coxa com a outra mão para passar-lhe confiança. — É só ter cuidado, não tem muito como dar errado.

Ele assentiu, inclinando-se mais e começando a movimentar apenas sua mão em mim — algo que já era bom o suficiente. Eu não me demorei muito para estar sentindo seu membro quase na minha garganta, de tão fundo que eu o fazia ir. Jimin gemia enquanto colocava minha extensão por entre os lábios, me causando a vibração mais gostosa possível.

Eu me perdi inúmeras vezes no que fazia, porque ter Jimin naquela posição em cima de mim era um atentado contra minha sanidade. Eu não conseguia conter minhas mãos, as quais passeavam por suas pernas e também suas costas. Jimin fazia não parecer que aquela era a primeira vez que estava fazendo aquilo, porque era simplesmente muito bom.

Ele só pareceu se perder no instante em que subi minha mão até sua entrada e o penetrei com um de meus dígitos.

— J-Jungkook... — Gemeu arrastado, com aquele tom manhoso que despertava um Jungkook diferente do meu normal. Ah, Jimin sabia jogar comigo, sabia me deixar louco.

— Continua, amor. — Pedi com um tranquilo tom, logo voltando ao que fazia antes.

Jimin mais gemia do que outra coisa, mostrando que o meu objetivo tinha sido alcançado. Por pelo menos uma hora, ele estaria distraído e sem pensar em nada relacionado ao seu irmão.

Quando nos viramos na cama Jimin ficou sentado perigosamente sobre meu membro, ele movia-se para frente e para trás claramente me provocando. O segurei com mais firmeza e o derrubei para o lado, ficando por entre suas pernas e prendendo seus pulsos com uma das minhas mãos.

— Está gostando de provocar? — Perguntei com seu lábio inferior já sendo prensado por meus dentes. — É bom provocar, bebê?

— K-Kookie... — Apenas arfou e sussurrou meu nome, me deixando em um estado de delírio praticamente.

Ajeitei-me melhor e o penetrei sem avisá-lo, afinal eu já tinha o preparado e sabia que não iria machucá-lo ao fazer isso. Tudo, menos machucar meu bebê! Jimin se soltou da minha mão com força, prendendo seus braços ao redor de meus ombros e me puxando para mais perto de si.

Ele sabia como provocar, e eu como me vingar. Comecei me movimentando já rapidamente, saindo quase por inteiro para voltar com força. Eu sabia que acertava seu ponto com ainda mais facilidade ao fazer isso, por isso fazia. Eu gostava de provocá-lo, no entanto ele ainda era minha prioridade em qualquer momento.

Em certo momento diminuí a velocidade das investidas contra seu corpo, me abaixando o suficiente para poder beijá-lo. Ele dizia gostar dos meus beijos nesses momentos, porque tornava as coisas mais especiais. Jimin é o ser humano mais lindo e fofo, não é?

— Eu te amo, bebê. — Sussurrei com a boca rente à sua, o arrancando um sorriso e em seguida mais um gemido.

— E-eu também te... ahn, Kookie... — Interrompeu a si mesmo para gemer quando tornei a movimentar-me agilmente. Eu poderia rir, mas já não raciocinava para isso. — Também te amo.

Falou rapidamente, como se as palavras fossem fugir caso não as dissesse.

Não precisou de mais muito para fazê-lo chegar ao seu limite, e eu logo em seguida.

— Apesar de tudo que eu ouvi hoje, não me sinto um qualquer por ter ido para cama com você. — Sussurrou Jimin, aconchegando-se melhor em meus braços. — Porque não importa o que aconteça, ainda é você quem mais me faz sorrir, que seca minhas lágrimas, cuida de mim e me dá todo amor possível. Eu só... não vou mais ir atrás dele, talvez ele não queira mesmo mais falar comigo, eu entendo isso, respeito a vontade dele. Só não queria que as coisas acabassem assim, porém não vou impedi-lo. Eu o amo o bastante para deixá-lo ir.

— Você é tão mais adulto que ele. — Sorri orgulhoso. — Todos nós erramos, todos nós sofremos com isso. Mas eu também não me arrependo, amo você, isso é o que me importa.

E realmente era.

Jimin era o que me importava.

My Brother's Boyfriend | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora