Capítulo 1

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Simplesmente não sabia como vim parar aqui tão depressa. Suspirei tão profundamente que mal sei se conseguirei respirar profundo de novo. Olhei ao redor. Ah, sim, me lembro muito bem como vim para aqui... Levei o copo entre meus lábios e bebi o álcool em um gole.

— Mais um. — Mandei. O garçom me olhou torto, mas colocou mais vodca no meu copo. Ergui meu o copo para ele. Acho. Não! Eu tenho total certeza que daqui apouco ele me jogará para fora bar.

Eu não estou nem aí. Minha vida estar uma bosta mesmo! E isso seria mais uma coisa horrível que aconteceu somente hoje. Só hoje! E engolir a vodca em um gole. Desceu queimado a garganta.

Depois de algumas horas jogada no balcão do bar, encarava o copo vazio em minha frente, como se fosse minha única salvação nesse momento, que sim, agora era a única coisa que conseguia pensar, em beber e beber um pouco mais, um pouco mais.

Deveria arrastar minhas pernas para casa.... Ou para qualquer lugar menos aquele apartamento caído aos pedaços. Humm. Talvez aqueles dois imbecis estejam ainda na cama gargalhados da minha cara, quando, sem querer, os peguei no flagrante na minha cama. Suspirei fundo. Não tenho mais teto. Ótimo. Não serei obriga os ver mais.

Virei mais um copo, depois mais outro, e mais outro. Amanhã não vou nem mim lembrar no que estou a fazendo nesse exato momento — em um bar enchendo a cara, e com amargura da minha vida.

E bebi mais e mais.

— Olá? — Suou uma voz masculina grave ao meu lado.

Virei de lado, um pouquinho torta. Estou prestes a dormir no balcão, ou vomita no terno dele. Mas será vomita mesmo.

— Eaí. — Disse eu de mau gosto.

— Estou vendo que não teve um bom-dia.

Consertei na cadeira. Entortei minha cabeça para olhá-lo melhor.

— Literalmente. — Soltei um longo suspiro.

— O que aconteceu? A propósito me chamo Caio. — Complementou ele.

Observei-o longamente. Ele veste um terno azul escuro e seu cabelo estar um pouco bagunçado, parece que acabou de sair do seu escritório topado.

Hmmm.

— Tudo e todos contra a mim. — Dei um sorriso estranho. Acho que é a bebida que ingerir. Lhe observei mais um pouquinho, analisei o homem de cima a baixo, e olhei-o. — Sua roupa é um arraso, Caio. — O elogio.

— Obrigado. Mas acho que tem uma pessoa fora contra a você. — Revelou.

Encaro-o.

— É mesmo? Quem é?

Ele aponta o dedo para o próprio peito.

— Eu.

Gargalho feita uma louca. Preciso ir para casa agora mesmo... Ops, não tenho mais casa.

Estou prestes a ser despejada do apartamento que alugo, ou alugava, porque tem cinco meses que não pago. E de lembra a cena terrível na minha casa... O meu quarto. Santo Cristo! Engulo um bolo na garganta.

— Sei. — Olhei para o copo vazio na minha frente. Apontei o dedo para o copo. O garçom de cara feia encheu somente com um dedinho. Engolir, e bato o copo no balcão. Me levanto, mas volto me sentar mais uma vez. — Que merda. — Reclamo. Não consigo ficar de pé.

— O que aconteceu jovem bela bêbada? — Quis saber mais, me perguntado pela segunda vez. Eu acho.

Giro minha mão.

O CONTRATOOnde histórias criam vida. Descubra agora