Capítulo 27

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Laura

No domingo de manhã, estamos em frente a porta da casa dos pais de Caio. Marcia abriu a porta com um imerso sorriso.

— Laura, querida. — Diz Marcia, apertando-me em seu abraço quente. Ela me soltou e olha para mim. — Que bom que vieram.

— É claro que nós iriamos vim! — Sorri. Olhei seu vestido florido. — Nossa! Que vestido fabuloso, Marcia.

Marcia sorriu.

— Obrigada, querida. Entre. Caio, querido.

Deixei eles para trás, entrei na mansão em direção a sala de estar. Pamela e Gabriel estão sentado conversado animadamente. No outro sofá está Breno mexendo no celular.

— Bom dia. — Chego animada.

— Bom dia. — Responde Pamela e Gabriel ao mesmo tempo. Breno só acena.

Pamela ficou de pé, abraçando-me. Gabriel assentiu para mim. Sentei ao lado de Breno.

— O que aconteceu, cara? — Observo seu rosto. Seu olho esquerdo está voltando como era antes, sem o roxo ao redor do olho.

Breno dar de ombros.

— O mesmo domingo de sempre. — Ele encosta as costas no sofá. — Você está animada, Laura. O que meu irmão lhe deu em? — Ele me mostrou um sorriso travesso.

Dei um empurrão no ombro dele.

— O que eu me lembro nada, mas... — Suspirei fundo, olhei para o casal apaixonante a minha frente, Caio e Marcia entrando na sala de estar. — Sempre quis ter uma família assim, sabe?

Sorrir. Mas eu tinha que lembra que, essa família feliz que eu entrei de por causa do jogo está chegando ao fim, e nunca foi minha família de verdade.

Breno me cutuca.

— Agora você ficou séria, Laura. — Analisou-me. O olhei. Negado o que ele tinha acabado de me dizer.

Você, caro Breno, tem uma ótima observação.

— Não é nada. — Voltei a olhar Marcia e Caio sentado ao lado de Gabriel, Caio ao lado de Pamela, mim fuzilado com o olhar.

— Parece que é. — Ele encara o irmão. — Ele acha que é também. — Ergueu o queixo para o irmão.

— Ele sente sua falta, Breno. — Sussurrei. Breno olhou do irmão a mim.

— Acha?

— Acho.

— Laura preciso falar contigo. — Ecoa a voz rouca de Caio. Eu e Breno encaramos ele.

— Depois. — Digo. Voltei para Breno. — E sobre aquela história com Isadora, Breno? — Ergui minha sobrancelha.

Breno riu.

— Não é nada sério. — Disse.

Mentiroso.

— Laura.

Quando levantei meu rosto, Caio está parado com a mão estirada para mim pegar. Semicerrei meus olhos.

Marcia deu um risinho e Pamela resmungou algo no ouvido do marido. Já Breno revirou os olhos.

Encarei sua mão e seu rosto ao mesmo tempo. Mesmo assim aceitei sua mão. É o jogo, né mesmo, Caio? Caio me puxou para escada.

Quando chegamos em seu quarto, ele trancou a porta atrás de mim. Semicerrei meus olhos.

Sentei na beirada da cama cruzado meus braços.

— Pensei que fosse somente minha imaginação, mas acho que não é. — Digo.

Caio aproxima da cama, com os braços caídos cada lado do corpo. Ergui meus olhos para lhe encara.

— O que, não é?

Mostrei um sorrisinho que, eu não irei lhe contar facilmente cara.

— O que quer falar comigo. Foi isso que você me trouxe até aqui, né mesmo?

Fiquei de pé, caminhado até a janela que dar para ver o jardim. E a vista daqui é perfeita. Lembro-me no dia que Breno me levou até lá e sentamos no branco.

— Não. — Encarei.

— Não? O que é então?

Caio encosta as costas na lateral da janela, braços cruzados me encarando.

— O que você pretende com a aproximação com Breno? É uma segunda opção depois que eu ganhar a presidência e que, depois que o contrato terminar ficar com ele?

Arregalei meus olhos. O que esse cretino que dizer que eu sou uma interesseira?

Levei minha mão na cara dele. Caio arregalou os olhos.

Sussurrei baixinho.

— O que você acha que eu sou? — Gostaria de gritar e acabar com isso agora mesmo. — Quando essa merda acabar. — Sorri. — Quando isso chegar ao fim, isso que VOCÊ me jogou em seu jogo acabar. — Mostrei mais um sorriso. — Você nunca mais vai me ver. Tá entendendo? NUNCA!

Quando dei um passo para fugi deste discursão de merda, ele segurou meu braço. Me virei encarando seu rosto. Como queria quebrá-lo todo por pensar que eu sou uma mulher que tronca de homem como troca de roupa, ou por pensar que eu sou interesseira.

Ele não me conhece. Ah, não. Não me conhece mesmo.

— Eu não queria que...

— Que pensasse assim? — Ergui minhas sobrancelhas. — Mas foi exatamente isso que você queria que eu pensasse, Caio. Diga-me se não foi exatamente isso?

Ele sacudiu a cabeça negado.

— Eu estava com...

Com o que eu pensava que estaria...

— Ciúmes? — Sorri. — Me poupe disso, Caio. Você só pensa no seu próprio nariz. Seja honesto consigo mesmo. Você não consegue ama ninguém que não seja o poder. — Encarei seus olhos. — Foi por isso que você me deu aquele contrato para assinar. Raiva? Magoa? Solidão? Trabalho? Quais, Caio. Quais?

Puxei meu braço.

— Nenhum deles. — Disse.

Girei meus calcanhares. Coloquei meu braço na cintura.

— No começo sim. Eu quero ganhar a presidência de Breno, sim. E meu pai só iria perceber que fiquei responsável pela empresa se eu me comportasse como tal. Mas depois, depois foi ficado diferente. — Ele me olha diferente. — Você é diferente Laura. — Ele engoliu em seco. — Eu me sinto mais aberto como nunca fui. E eu gosto de me sentir assim.

— Devo pedir que estenda o contrato, ou automaticamente seria finalmente cancelada?

Caio desviou o olhar de mim e encarou a janela. Encara o jardim. Então seus olhos voltar para mim, mas duros.

— Não. Amanhã será o fim do que te prende a mim. — Mostrou um sorriso forçado. — Acho que está feliz por isso.

Então ele passar por mim se me olhar. Destrancou a porta, mas de sair disse, sem me olhar.

— Lembre-se que o contrato não chegou ao fim. Ainda tem hoje e amanhã.

E saiu.

Saiu.

O CONTRATOOnde histórias criam vida. Descubra agora